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O dia que Mayrton Bahia partiu para cima de Renato Russo e botou dedo na cara dele

Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de março de 2023

O produtor Mayrton Bahia trabalhou diretamente com a Legião Urbana e produziu quase todos os álbuns da banda. Em entrevista no Corredor 5, ele contou detalhes de como foi esse período.

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

"Eu tive dois momentos que me estressei com o Renato Russo e parti para cima dele. Ele se assustou, porque sempre fui calmo e tranquilo. Depois que fizemos o ‘2’, foi um disco desgastante. Explodiu logo de cara. Aí, tiveram que começar a fazer show e dar entrevista. A vida deles mudou completamente. Só que tinha que fazer o terceiro disco, mas eles não tinham parado para pensar. Não tinham tempo e não planejaram. A ideia foi pegar músicas que já existiam de antes. Às vezes, eu tinha que convencer o Renato de que aquela melodia estava boa. No terceiro disco, deu esse baque. É o disco ‘Que País É Este’. Eles regravaram coisas antigas, foi o disco mais rápido. O Bonfá tinha feito uma música no teclado, que seria instrumental. Eu falei para o Renato botar letra, que seria mais legal. Insisti para o Renato botar letra e ele não queria. Eu falei que se ele não fizesse a letra, eu não ia soltar o disco.

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Ele ficou puto da vida. Saiu xingando que nem criança, batendo o pé. Bateu a porta do estúdio e fui embora. Ele voltou um dia depois. Eu estava na mesa mixando e ele chegou bem sério. Entrou, pegou um papel, amassou e jogou em cima da minha mesa. Ele falou: ‘Toma sua letra’. Peguei, desembolei, li e falei que era ótimo. Ele cantou e era a música ‘Angra dos Reis’. Depois, ele me agradeceu. A outra vez foi no ‘Quatro Estações’. Durou um ano essa produção. Eu quebrei, virei produtor freelancer. Eu tinha um cast enorme e fui pedir aumento. Eu morava dentro do estúdio. Fiz sete discos em 1985. Eu era assalariado e eles não pagavam royalties para produtores. Eu topei ficar de free lancer e comecei a receber royalties. Era época de crise econômica no Brasil, uma atrás da outra. O dono falou que não estava conseguindo aumentar o salário e propôs de eu receber 0,05% de tudo que eu produzia. Fechei na hora.

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Em três meses, comecei a ganhar mais do que os diretores da EMI, juntando meu cast todo. Começou um desconforto e houve uma grande mudança na indústria. Entro para fazer o ‘Quatro Estações’ sem salário. Só que peguei a crise da banda. Fiquei um ano de free lancer e nada saía. Teve a crise com o Renato Rocha. Eles ganhavam muito, mas estavam com atritos internos. Tinha que juntar todos no estúdio para fazer a música do zero. Eu tinha acertado pelo disco e apostava nos royalties. O Renato Russo não tinha ideias para músicas. Eu marcava com o Renato Rocha e ele vinha nos dias que não tinha ensaio. Ele tinha um sítio e estava fazendo as coisas dele. Começou a pressão e nada de sair música. Chegou um momento que eu saía de Niterói, passava na casa do Renato Russo para pegar ele para levar para o estúdio para fazer música. Ele ficava conversando e contando casos, mas não compunha.

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Eu estava já sem dinheiro para a gasolina do carro. Nesse meio tempo, o atrito com o Renato Rocha implode. Eles diziam que se o Rocha saísse, a banda acabaria. Eu falei que não era bem assim. Um dia, ele foi no estúdio e eu perguntei se ele queria sair da banda. Chamei os outros três no estúdio e disse que tinha que tirar o Renato Rocha. Eu dei o empurrão e eles tomaram a decisão. Depois, fiquei amigo do Renato Rocha em outras bandas. Então, estávamos na música ‘Monte Castelo’, que era complicada e cheia de camadas. Não tinha letra. Fui arrumando e mixando. Aí, eu estava ajustando a voz, arrancando os cabelos e o Renato disse: ‘Está uma droga’. Eu fiquei puto, subi na cadeira e falei: ‘Esse disco vai sair com você ou sem você’. Eu botei o dedo na cara dele. Falei para ele ficar quieto. Ele sentou e não deu um pio".

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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