Marty Friedman sobre seu solo em "Tornado of Souls": "Acho que tive sorte"
Por André Garcia
Postado em 04 de maio de 2023
Marty Friedman confessou desconhecer o que faz de seu solo em "Tornado of Souls" extraordinário: "Toco de improviso e torço para que minha intuição me leve onde quero ir. Acho que tive sorte naquele."
Marty sempre será lembrado por fazer parte de um seleto grupo de músicos que conseguiram durar 10 anos no Megadeth (de 1990 a 2000). Mais que isso, ele é até hoje possivelmente um dos mais queridos pelos fãs dos muitos guitarristas que já passaram pela banda (quase um Randy Rhoads de Dave Mustaine), por sua contribuição em trabalhos como a obra-prima "Rust in Peace" (1990).
Um dos maiores hits do "Rust in Peace" é a faixa "Tornado of Souls", que se destaca por um dos mais icônicos solos da carreira de Friedman. Em recente entrevista para a Ultimate Guitar, ele relembrou que o criou exatamente da mesma forma que qualquer outro.
"No que diz respeito ao processo de criação [do solo de 'Tornado of Souls'], foi literalmente exatamente o mesmo de qualquer outro solo que fiz no Megadeth — ou em qualquer outro que fiz na minha carreira solo (ou qualquer um que fiz para qualquer artista): eu simplesmente toco de improviso. Tento intuir o que a música me faz sentir, e simplesmente deixo rolar. Às vezes acerto de primeira, outras, levo 100 tentativas até sair algo que eu goste."
"Quanto a 'Tornado Of Souls', a única coisa que me vem à cabeça é como [aquele solo] é longo. Se você reparar, aqueles solos que o pessoal considera, sabe, os grandes solos (tipo, Pink Floyd, Led Zeppelin… 'Layla', 'Free Bird'...), todos os grandes solos de guitarra famosos são longos. São muito, muito longos."
O guitar hero brincou que o perigo de fazer um solo longo é que ele "dá ao guitarrista corda para se enforcar". "Se você esgota tudo nos oito primeiros compassos, não tem para onde ir nos próximos 36. Não sei quantos compassos [o solo de] 'Tornado of Souls' tem, mas se você vai fazer um solo longo como aquele, é bom que você conte uma história — você tem que embarcar em uma jornada. Há aqueles que conseguem planejar essas coisas, mas eu meio que toco de improviso e torço para que minha intuição me leve onde quero ir. E acho que tive sorte naquele momento, mas sinto que qualquer solo meu vai fazer basicamente a mesma coisa estruturalmente que aquele faz".
Quarto álbum do Megadeth, "Rust in Peace" levou Dave Mustaine e companhia a mais um grande passo em sua consolidação na primeira prateleira do heavy metal. Não são poucos os fãs de thrash metal que o consideram o melhor álbum que o gênero já produziu. Em 1991, foi indicado ao Grammy de Melhor Performance de Metal, enquanto "Hangar 18" faturou o Kerrang! de Melhor Música. Segundo o site setlist.fm, "Tornado of Souls" é a décima música mais tocada pelo Megadeth ao vivo. A faixa é a décima (e até o momento em que esta matéria foi escrita) última a ultrapassar a marca de mil execuções.
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