Carlos Maltz, ex-Engenheiros do Hawaii, diz quando rock errou: "Útil igual Coca sem gás"
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de junho de 2024
Muitos artistas, jornalistas e demais atuantes da indústria da música já se debruçaram a pensar sobre o motivo pelo qual o rock não é mais o mesmo. Com menos popularidade e mais dificuldade de dialogar com os jovens, o estilo que era força nos anos 1980 no Brasil hoje vive momento de baixa.
No seu Instagram oficial, Carlos Maltz, ex-baterista dos Engenheiros do Hawaii, refletiu sobre o momento que o rock teria errado. Ele explica que o gênero musical que sempre foi contra o sistema e com alma rebelde acabou eventualmente se tornando quem criticava.
"O rock errou? Sim, o rock errou. O rock errou quando aderiu. Errou quando não percebeu que seu adversário, o 'sistema', era mais inteligente e mais versátil do que ele. Errou quando não percebeu que o que era anti-sistema nos anos 1960 virou o próprio sistema agora. E o rock virou 'uma banda numa propagandda do govverno global'. Virou 'rock oficial'. E rock oficial é tão útil quando Coca-cola sem gás ou camisinha furada".
Rock em baixa?
Em outra oportunidade, Mariana Leivas, produtora cultural, deu sua opinião ao Corredor 5 sobre o motivo que levou o rock a não estar mais no mainstream. "Hoje, acabou ficando num lugar que são uns tiozões que botam bandana na cabeça para ver o Sepultura. Precisa modernizar isso. Ficou com um pessoal meio reacionário e a sociedade não estava para esse lado. O rock precisa se conectar com as pautas mais sociais do que se acontece hoje. No rock sempre teve machismo e hoje o feminismo está sendo muito discutido. Só tem homem com visão antiga. A música é muito ligada a comportamento", explicou.
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