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Por Gustavo Maiato
Postado em 25 de julho de 2024
A baixista e vocalista Fernanda Lira, da Crypta, teve uma infância parecida com a de muitos brasileiros nos anos 1990 que diz respeito ao consumo de música.
Ou seja: ouvia hits de bandas como É o Tchan, Raimundos e Kiss, com letras notadamente "para maiores de 18 anos", sem a malícia para entender o que estava cantando. Em palestra no Teatro Cena Hum, em Curitiba, Lira comentou sobre o assunto.
Palestra sobre carreira musical com Fernanda Lira da Crypta em Curitiba esta semana"Olha, vou dar uma resposta que vou ser cancelada? [risos] Sim, ouvia. Minha mãe e minha tia ouviam muito e me empurravam várias coisas. Por isso É o Tchan é normal. Nos domingos, eu dançava Spice Girls. Ouvia rock nacional na rádio.
Meu pai, que é metaleiro, não curte muito. Então, ouvia muito Titãs, quando lançou o ‘Acústico’. Gostava também de Cássia Eller. Quando eu era criança, ouvia Raimundos! Hoje, paro para ouvir as letras direito e penso: ‘Cristo, Pai!’ ‘Acho que ela viajou que eu era um picolé. Me lambe’. Eu com seis anos de idade cantando isso!
A mesma coisa quando ouvia ‘Goin’ Blind’, do Kiss, que fala de um cara com 93 anos de idade se apaixonando por uma menina de 16. Mas eu cantava todo o disco do Raimundos. Eu ouvia rock nacional, mas por influência. O que ouvia mesmo é o metal".
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