O álbum do Metallica que deve servir de inspiração para o próximo, segundo Kirk Hammett
Por Gustavo Maiato
Postado em 25 de março de 2025
O Metallica já passou por diversas sonoridades ao longo de suas décadas de carreira. No começo o som era mais cru e orgânico e depois acabou mais lento e inspirado pelas bandas da década de 1990. Mas como será que vai soar o próximo disco da banda, que sucederá o aclamado "72 Seasons"?
Em entrevista publicada pelo Ultimate Guitar, o guitarrista Kirk Hammett refletiu sobre os próximos caminhos sonoros da lendária banda de thrash metal americana. "Tenho 767 novas ideias para o próximo álbum. É um pesadelo passar por tudo isso, sério. E sou eu o responsável por tudo. Eu não dou conta…", disse Hammett, entre risos. "Não vejo a gente começando a gravar o próximo disco por pelo menos mais um ano, porque ainda estamos finalizando a turnê de 72 Seasons."


O M72 World Tour, que passou por diversas cidades da América do Norte e Europa em 2023 e 2024, ainda inclui datas em locais como Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Só depois disso a banda pretende fazer uma breve pausa — e, então, voltar a compor e gravar. "Acho que vamos tirar um pequeno descanso, não muito longo, e aí voltamos com tudo", adiantou.
Voltar aos anos 1990? "Não é uma má ideia"
Durante a entrevista, Hammett foi provocado com a possibilidade de o Metallica revisitar a sonoridade de discos como "Load" (1996) e "Reload" (1997), que marcaram a fase mais experimental da banda após o sucesso estrondoso de "The Black Album".

"Quem sabe? Podemos simplesmente dizer: ‘Ok, vamos voltar aos anos 90’. Não é uma má ideia! Ainda não falamos isso entre nós, mas...", comentou. "É interessante porque, quando ‘Load’ e ‘Reload’ saíram, houve muita rejeição. Mas hoje em dia, encontro fãs que amam essa fase."
Segundo ele, faixas como "Fuel" e "Until It Sleeps" ganharam novo status entre o público mais recente: "A gente toca ‘Fuel’ e as pessoas vão à loucura. Tocamos ‘Until It Sleeps’ e todo mundo canta cada palavra. É meio como quando eu era adolescente: ouvia todos os álbuns do ‘Led Zeppelin’, menos o ‘Zeppelin III’, porque era mais acústico e eu queria só a parte agressiva. Mas com o tempo, passei a amar o III e ver como ele é maravilhoso."

Mesmo com uma carreira consagrada e uma agenda intensa, Kirk Hammett afirma que ainda não pensa em diminuir o ritmo — muito pelo contrário. "Tenho 62 anos, e muitos artistas nessa idade já estão encerrando suas carreiras. Eu sinto que ainda estou subindo a montanha. Ainda não cheguei ao topo. Não atingi o vértice da pirâmide. Ainda estou subindo, cara."

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