Quem é melhor, Ringo Starr ou Charlie Watts? John Lennon tinha a resposta
Por Bruce William
Postado em 22 de março de 2025
Embora a citação "Ringo Starr não era nem o melhor baterista dos Beatles" seja frequentemente atribuída a John Lennon, a verdade é que ele nunca disse isso. A frase, na verdade, surgiu como uma piada de um comediante chamado Jasper Carrott, mas acabou sendo repetida tantas vezes que muitos acreditam que foi Lennon quem a proferiu. Na realidade, o ex-Beatle sempre defendeu Ringo e chegou a colocá-lo acima de outros grandes bateristas da época.
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Starr frequentemente enfrenta críticas injustas, com alguns alegando que ele não era um baterista técnico ou inovador. No entanto, seu estilo simples e eficiente foi essencial para a sonoridade dos Beatles. Inspirado por bateristas de jazz, ele acreditava que a bateria deveria servir à música como um todo, sem necessidade de solos ou extravagâncias. "Eu nunca ouvi só a bateria, eu escutava a faixa inteira", disse Ringo durante uma conversa com Dave Grohl.
Curiosamente, Charlie Watts, dos Rolling Stones, tinha uma abordagem semelhante. Também influenciado pelo jazz, ele acreditava que a bateria deveria se encaixar na música, sem excessos. "Eu não gosto de solos de bateria. Admiro quem os faz, mas prefiro tocar com a banda", disse Watts.

Apesar dessa semelhança, Lennon não gostava do fato de que Watts era mais respeitado do que Ringo. "Sempre me incomodou que Charlie recebesse mais crédito só porque era mais 'artístico', conhecia jazz e fazia cartuns", comentou o ex-Beatle. Ele via seu companheiro de banda como um músico de nível equivalente - ou até superior - ao baterista dos Stones, aponta a Far Out.
Na comparação direta entre as bandas, Lennon foi enfático: "Se você comparar o baixo de Paul com o dos Rolling Stones, e comparar a bateria de Ringo com a de Charlie Watts, eles são iguais ou até melhores". Para ele, os Beatles não deviam nada aos Stones em termos de musicalidade. E, além das palavras, Lennon demonstrou sua admiração por Ringo na prática. Mesmo após o fim dos Beatles, ele o chamou para tocar no álbum "Mind Games" (1973), reafirmando sua confiança no talento do baterista.

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