O ótimo álbum dos anos 1990 criado por banda que vivia período de esgotamento
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de junho de 2025
Formado em 1988, o Paradise Lost começou sua trajetória com uma poderosa fusão de death e doom metal, marcada por uma sonoridade melancólica. Com o passar do tempo, o grupo inglês incorporou elementos mais melódicos, consolidando-se como pioneiro do gothic metal.
Essa transição musical, iniciada no terceiro álbum, "Shades of God" (1992), atingiu o ápice em junho de 1995 com o lançamento do aclamado "Draconian Times". Considerado um dos melhores trabalhos do quinteto, o disco manteve a atmosfera densa dos primeiros lançamentos, mas trouxe composições mais acessíveis e marcantes, como "Hallowed Land" e "The Last Time". Canções intensas, como "Once Solemn" e "Shadowkings", também se destacam.
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Curiosamente, "Draconian Times" foi criado em meio a um período turbulento para os integrantes. Em entrevista à Metal Hammer, o guitarrista Greg Mackintosh revelou que a banda já sentia necessidade de uma pausa quando começou a compor o álbum.
"Gravamos o ‘Icon’ [1993] e depois saímos em turnê com o Kreator e o Morbid Angel nos Estados Unidos. Em seguida, fizemos a turnê ‘Chaos A.D.’ com o Sepultura na Europa, e nos disseram para gravar um novo álbum imediatamente.
Mal pudemos ir para casa por alguns anos, porque era turnê, gravação, turnê, gravação e, quando você toca esse estilo de música por tanto tempo sem uma pausa, é impossível não sentir vontade de mudar. É como trabalhar numa fábrica — embora seja uma boa fábrica, com bebidas de graça. Precisávamos de variação; precisávamos de uma mudança. Foi um período de certo esgotamento."
Mesmo desgastados, os músicos começaram a trabalhar em "Draconian Times", buscando novas referências para o som da banda. Greg destacou que o álbum foi concebido como uma versão mais sofisticada de seu antecessor, "Icon".
"Como não tivemos tempo de folga e escrevíamos as músicas na estrada, penso no ‘Draconian Times’ como a versão chique do ‘Icon’. Adotamos esse novo estilo no ‘Icon’ e o aperfeiçoamos no ‘Draconian Times’. Buscamos influências de produção em bandas como Rush e Queensryche, porque queríamos que o álbum tivesse um som quase de estádio. Pensávamos em referências como The Cult, tentando deixar o com o mais polido e preciso possível."
O esforço valeu a pena: 30 anos após seu lançamento, "Draconian Times" segue relevante, com faixas que são presença garantida nos shows do Paradise Lost. Se você ainda não conhece esse marco dos anos 1990, ouça agora no player abaixo e aproveite!
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