O insano "teste de tortura" a que Eddie Van Halen submetia seus amplificadores
Por André Garcia
Postado em 28 de julho de 2025
O mundo do rock é feito por músicos lendários que brilham com o trabalho de profissionais que atuam nos bastidores e muitas vezes não recebem o merecido reconhecimento. Um exemplo é Dave Friedman — técnico de som e gênio da eletrônica musical que desde os 18 anos faz manutenção e modificação de amplificadores, além de construir seus próprios também.
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Ao longo das décadas, seus serviços foram prestados a nomes como Steve Stevens, Joe Bonamassa, Richie Sambora, Dave Grohl e Jerry Cantrell. Sua notoriedade veio também dele ter sido responsável por fazer os amplificadores de ninguém menos que o compulsivamente exigente Eddie Van Halen.
Conforme publicado pela Guitar, em recente entrevista no The Jeremy White Show, ele foi questionado se havia verdade em uma das histórias inacreditáveis sobre Eddie. Reza a lenda que ele, para testar um amplificador, tocava uma nota na guitarra e deixava ela lá com o som sustentado pela microfonia por dias e dias.
"Ele realmente fazia isso… Ele batia nas cordas da guitarra, a colocava no chão, aumentava o volume do amplificador, saía de seu estúdio e o deixava ligado por, tipo, dias. E ainda estava fazendo som quando ele voltava! Aquilo era o teste de tortura dele."
Dave relembrou ainda a incessante busca do guitarrista por levar seu equipamento sempre além de seus limites:
"Sabe, ele era um cara que sempre queria mais. Se tivesse um potenciômetro que pudesse girar mais para cima, ele queria mais daquilo. Um milhão de anos atrás, ele queria mais de seu Marshall, então encontrou maneiras de [fazê-lo]. 'Aqui está um variac; ele diminui o volume, mas soa legal!' Ele sempre queria mais, e acho que talvez tenha ido longe demais depois de um tempo."
Em entrevista de 1978 para a Classic Rock, Eddie Van Halen relembrou os experimentos que fazia já em sua primeira guitarra:
"[Foi uma] Sears Teisco Del Rey, com três captadores. Eu achava que quanto mais captadores tivesse, melhor era a guitarra. Quanto mais potenciômetros tivesse, e tal. Hoje em dia, tenho apenas uma cópia caseira de uma Strat, com um captador só, e um controle de volume. Bem simples. Parece uma Strat, mas tem um lugar em San Dimas, Califórnia, chamado Charvel Guitars, onde eles as fazem customizadas. A minha não foi feita customizada, era um braço de sucata e um corpo mexido que eu tinha largado pela casa. Eu quis experimentar construir minha própria guitarra, para que eu pudesse ter o som que eu queria."
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