Dimebag Darrell: as 13 músicas de metal favoritas do guitarrista do Pantera
Por Igor Miranda
Postado em 09 de dezembro de 2020
Em março de 1993, o guitarrista Dimebag Darrell, do Pantera, escolheu suas 13 músicas de heavy metal favoritos em entrevista à revista "Guitar World". O músico nos deixou em 8 de dezembro de 2004, aos 38 anos, após ser assassinado a tiros durante um show do Damageplan, a banda que montou após o fim de seu projeto original.
Melhores e Maiores - Mais Listas
A lista de Dimebag abrange não só músicas de bandas típicas do heavy metal e suas ramificações, como, também, clássicos do hard rock. Nomes como Iron Maiden, Black Sabbath, Judas Priest, Def Leppard, Deep Purple, Kiss e ZZ Top aparecem no top 13 - que, originalmente, era um top 12, mas trouxe uma faixa adicional.
Veja, a seguir, as músicas de metal favoritas de Dimebag Darrell, além de trechos dos comentários feitos pelo guitarrista sobre cada música.
1. Ozzy Osbourne – Crazy Train
Dimebag Darrell: "A primeira vez que ouvi 'Crazy Train', eu estava caído na cama, definitivamente não querendo me levantar e ir para a escola, até que meu irmão Vinnie Paul entrou e aumentou o volume. Eu ouvi aquela linha de baixo de abertura e Ozzy falando 'I-I-I-I', então Randy Rhoads chegando com aquele riff clássico. Essa música simplesmente me chutou o traseiro. Saí da cama, me vesti e fui para a escola pontualmente pela primeira vez".
2. Judas Priest – Rapid Fire
Dimebag Darrell: "Glenn Tipton e K.K. Downing são os deuses da guitarra dupla. Eles quase se encaixam no molde de Jimmy Page como guitarristas clássicos. Tinham ótimos timbres e estilos únicos. E eu adoro os pequenos arranjos rápidos em 'Rapid Fire'. Muitos guitarristas não eram só ótimos, como também eram muito voltados para a banda. E é assim que eu abordo a guitarra no Pantera."
3. Deep Purple – Smoke on the Water
Dimebag Darrell: "Não precisa falar muito sobre essa música. É a melodia simples e definitiva. Foi a primeira música que aprendi. É simples, mas muito f*da. Prova que você pode tocar três notas e ainda torná-las matadoras".
4. Def Leppard – Rock Brigade
Dimebag Darrell: "O primeiro álbum do Leppard é ótimo. O guitarrista original, Pete Willis, era um ótimo músico. Eu me inspirei nele porque eu era um cara baixinho e novo, como ele. E ele estava por aí, já detonando. Ele me fez querer sair e tocar por aí".
5. Black Sabbath – Children of the Sea
Dimebag Darrell: "Costumávamos tocar essa música ao vivo. A introdução acústica tem uma ótima dinâmica, aí Tony (Iommi) entra em ação com um riff simples, mas forte, meio como 'Smoke on the Water'. Iommi tinha um som de guitarra monstruoso naquele álbum ('Heaven and Hell'). E tinha aquela técnica de vibrato que era tão rápida e matadora. Ele quase nunca faz um vibrato lento. Ele começou toda aquela coisa de afinações graves na guitarra".
6. AC/DC – Beating Around the Bush
Dimebag Darrell: "Não consigo falar o bastante sobre a forma como Angus Young toca. Ele se destaca dos outros músicos. Tem um som de guitarra muito original e um vibrato matador. Ele toca muito limpo, como se estivesse tocando em um Marshall no volume 12 sem o ganho. É uma distorção pura, não é barulhenta. 'Beating Around the Bush' destaca tudo isso".
7. Iron Maiden – Children of the Damned
Dimebag Darrell: "Adrian Smith e Dave Murray são f*das. Ambos têm aquele tom de captador de base. As partes principais de 'Children of the Damned' mostram isso. Eles não tocam muito rápido, mas tocam notas bem escolhidas e funcionam muito bem juntos. E eles têm ótimos timbres. Eles também tinham a capacidade de tocar coisas acústicas delicadas quando queriam, mas também podiam fritar na guitarra quando era apropriado."
8. Kiss – Shock Me
Dimebag Darrell: "Ace é deus, e o solo de 'Shock Me' é matador. A versão de estúdio tem muita produção nas partes de guitarra principal. Também adoro os efeitos, especialmente o phaser na última nota. Cara, eu fico todo nervoso apenas por falar de Kiss! O vibrato de Ace me cativou e sempre tento aplicá-lo ao meu toque. Ele conseguia extrair muito de uma única nota. Com ele, uma nota poderia tomar o lugar de 12 notas".
[an error occurred while processing this directive]9. Metallica – Motorbreath
Dimebag Darrell: "Amo os solos de Kirk Hammett, mas a base de James Hetfield é fenomenal. Ele é o deus dos riffs pesados e 'Motorbreath' é um bom exemplo de algo bem tocado, de forma rápida, galopante e bem arranjada. Cara, quando eu ouvi essa música pela primeira vez, eu não sabia o que era! Era tão pesada, mas realmente limpa. Essa música me ensinou a tocar bases limpas. Não conheço nenhum guitarrista que consiga fazer palhetada para baixo como James Hetfield".
10. Slayer – At Dawn They Sleep
Dimebag Darrell: "Esses caras têm um jeito de tocar pouco ortodoxo - não é normal [risos]. Eles fazem bases inacreditáveis. As músicas deles me ensinaram a tocar com coragem e agressividade. A parte do meio de 'At Dawn They Sleep' é muito legal também. Gosto de como eles simplesmente começam e param do nada. Eles nunca dão a você qualquer chance de entrar em uma música: assim que começa, eles estão batendo na sua cabeça, forte e rápido".
[an error occurred while processing this directive]11. UFO – Lights Out
Dimebag Darrell: "Músicas como 'Lights Out' me mostraram como compor. A base que fica por trás do solo é incrível - é fogo, é coragem, é viva, é totalmente improvisada! Tentamos manter isso no Pantera. Mesmo que não usemos uma faixa de guitarra base atrás dos meus solos, Rex e Vinnie mantêm as coisas funcionando quando eu solo".
12. Van Halen – Eruption
Dimebag Darrell: "Van Halen foi uma grande influência para mim e 'Eruption' se destaca. Eu era criança quando a ouvi pela primeira vez e não podia acreditar como Eddie simplesmente fazia aquilo com as cordas da guitarra. Ele tocava de uma forma agressiva e tirava um som imbatível. O efeito sonoro no final (dive bomb) fazia parecer que o mundo estava acabando. Eddie me fez olhar para a guitarra de uma maneira diferente - mais como uma ferramenta para mexer sem medo do que algo para se manusear com cuidado".
13. ZZ Top – Tush (bônus)
Dimebag Darrell: "Não toco tanto blues na guitarra, mas cresci com o som do blues do Texas. Para mim, blues é mais uma sensação e uma vibe, não é como sentar e falar: 'vou tocar blues agora.' E Billy (Gibbons) definitivamente toca com sentimento em 'Tush'. Adoro que ele deixa aquela nota soando até que ela some, então ele tira aquele barulho estridente".
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