Sepultura: melhores trabalhos com membros após formação clássica
Por Gabriel Oliveira Machado
Postado em 21 de abril de 2014
O fim do SEPULTURA clássico, no fim de 1996 ainda é um dos mais marcantes e polêmicos acontecimentos do metal nacional e até mesmo mundial. Muitos dizem que a banda morreu, outros defendem que continuam bons e produtivos, e existem aqueles que admiram apenas as obras dos irmãos Cavalera ou de Andreas Kisser, sem ouvir o outro lado. É inegável que as três bandas que se surgiram após essa separação (incluindo o CAVALERA CONSPIRACY, anos mais tarde) lançaram bons trabalhos. Aqui estão alguns ótimos discos lançados pelos irmãos Cavalera e pelo próprio SEPULTURA sem Max, ou até sem Iggor.A lista não segue uma ordem, apenas lista os dez melhores trabalhos, sem dizer que um é melhor ou pior que o outro.
Nota: Não estão incluídos os trabalhos de Wagner Lamounier com o SARCÓFAGO ou os projetos posteriores de Jairo Guedes pois os dois membros não fizeram parte da formação considerada clássica da banda.
1-Enslaved-SOULFLY
O disco mais brutal da banda de Max Cavalera, Enslaved foi lançado em 2012 deixando de boca aberta muitos que criticavam o trabalho do SOULFLY. Com pegada rápida e extremamente agressiva, o disco incluía elementos de death e black metal ao moderno som característico da banda, sem perder características do grupo como os refrões grudentos e os riffs de Max. O excelente trabalho nas guitarras de Marc Rizzo e na bateria de David Kinkade merecem atenção.Destaque para World Scum, Legions e Plata O Plomo (com Max cantando em português)
2-The Mediator Between Hands And Head Must Be The Heart-SEPULTURA
O álbum de nome estranho e longo foi lançado no ano passado calando muitos que duvidavam da capacidade da formação atual do SEPULTURA. Com um trabalho incrível de todos os membros e a bateria monstruosa do mais novo integrante Eloy Casagrande o disco é rápido e brutal, com uma pegada entre o Thrash e o Death metal. Derrick urra como nunca provando ser um ótimo vocalista para o que se propõe a fazer. Destaques para as brutais Trauma Of War e The Vatican alem da primeira "balada" do grupo, Grief.
3-Inflikted-CAVALERA CONSPIRACY
O primeiro disco com os irmãos Cavalera desde o fim do SEPULTURA clássico, Inflikted é rápido e ao mesmo tempo com groove. Embora Iggor não esteja em sua melhor forma, ainda faz um trabalho bastante competente. Ao ouvir o álbum é inevitavel pensar em como ele seria se fosse gravado com Andreas Kisser, embora Marc Rizzo seja tambem um ótimo guitarrista. Destaque para a faixa título, Sanctuary e Must Kill.
4-Kairos-SEPULTURA
O album que mais pode ser chamado de clássico do "novo" SEPULTURA, Kairos teve ótima aceitação do publico e crítica e conseguiu soar bem sem copiar o passado. Sua turnê de divulgação passou por vários grandes festivais ao redor do mundo, e até hoje muitas de suas músicas são tocadas ao vivo, ao contrário de outros discos recentes da banda. Destaque para a faixa título, Relentless e Just One Fix, cover do MINISTRY
5-Prophecy-SOULFLY
Com "Prophecy" o SOULFLY largou a música mais experimental dos primeiros albuns e começou a investir no som mais agressivo que fez a fama de Max Cavalera. Embora o disco ainda tenha muito de experimentalismo, o que inclui até uma banda de Reggae, soa muito mais pesado e orgânico que os três anteriores. Sua turnê foi um sucesso, e suas músicas funcionam bem ao vivo até hoje, dez anos depois. Destaque para Prophecy, Living Sacrifice a curiosa Moses e Execution Style.
6-Blunt Force Trauma-CAVALERA CONSPIRACY
O segundo álbum do novo projeto dos irmãos Cavalera não conseguiu soar tão bom quanto o primeiro, nem teve a mesma repercussão. Mesmo assim é um trabalho de respeito, que mostra Max em boa forma vocal e Iggor com ainda mais groove e agressividade na bateria. As músicas são mais rápidas que no disco anterior. Sua turnê levou a banda para o Brasil duas vezes, primeiro abrindo para o IRON MAIDEN depois vindo em apresentações solo. Destaque para Warlord, Killing Inside, Torture e Thrasher
7-Dante XXI-SEPULTURA
Lançado em 2006, "Dante XXI" é o ultimo álbum do SEPULTURA com Iggor Cavalera nas baquetas. É diferente de tudo que a banda havia feito antes por ser um disco conceitual, baseado na obra "A Divina Comédia". As músicas são mais rápidas, com uma pegada mais hardcore, e incluem elementos mais experimentais como violinos. Foi um disco extremamente elogiado na sua época de lançamento. Destaques para Ostia, Convicted In Life e Dark Wood Of Error.
8-Dark Ages-SOULFLY
Se com "Prophecy" o Soulfly começou a ficar mais agressivo, resgatando as raízes de Max Cavalera, foi com "Dark Ages" que esse caminho foi definitivamente trilhado. O segundo álbum com o fiel escudeiro de Max, Marc Rizzo, tem velocidade, peso e groove na medida certa. Os refrões e riffs são incrivelmente pegajosos, e funcionam muito bem ao vivo. Destaque para Frontlines, Arise Again, Babylon e Molotov.
9-Conquer-SOULFLY
O sucessor de "Dark Ages" seguiu a mesma linha do album anterior, com Max mais "metal" e menos "tribal". Com a mesma formula de groove na bateria, riffs simples e grudentos, ótimos refrões e solos bem trabalhados, é um dos melhores trabalhos da banda. Destaques para Doom, The Beautiful People (cover de MARILYN MANSON) e Blood Fire War Hate.
10-Roorback-SEPULTURA
[an error occurred while processing this directive]Um dos discos mais ignorados do SEPULTURA, tanto pelos fãs quanto pela propria banda que não toca mais nenhuma de suas canções ao vivo. Uma pena, pois é um ótimo álbum. Roorback tem ótimos riffs, uma boa produção e marca uma fase importante na banda. Se com "Roots", "Against" e "Nation" o SEPULTURA entrou em uma fase mais experimental, com muitas participações especiais, instrumentos estranhos ao mundo do metal como violões, baixos acústicos e violinos, Roorback aboliu tudo isso de novo e investiu numa sonoridade mais orgânica, com músicas mais simples e diretas. Foi o que pavimentou o caminho para "Kairos" e "The Mediator..." os dois mais elogiados discos da fase atual. Sem dúvidas um album que merece atenção. Destaques para Mind War, Come Back Alive e Bullet The Blue Sky, cover do U2.
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