Sabaton: Suecos detonam novamente em disco com música sobre a FEB
Resenha - Heroes - Sabaton
Por Bruno Gava Tramontina
Postado em 25 de maio de 2014
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O novo álbum da banda sueca de power metal, Sabaton, intitulado "Heroes", é deveras excelente, não somente pelas letras impressionantes sobre acontecimentos históricos da segunda guerra mundial, mas também pela brilhante melodia das músicas em geral.
O álbum é iniciado por "Night Witches" que possui um ritmo contagiante, e é, sem dúvidas, uma das melhores canções do "Heroes", especialmente porque empolga os ouvintes de forma imediata. O disco logo segue com "No Bullets Fly", que na realidade, é aquele tipo de música que não importa quantas vezes você ouça, pois não enjoará de maneira alguma, além de contar com um refrão simplesmente fabuloso.
Bem, agora devo avisá-los que o momento mais fenomenal de todo o álbum chegou - para os brasileiros, obviamente -, por um simples motivo: a música é sobre a FEB (Força Expedicionária Brasileira) e "Smoking Snakes" é o nome da canção, merece destaque, pois relata a história de três heróis brasileiros (drei brasilianischen helden), que lutaram com muito orgulho por nosso país e deram suas vidas na batalha. Porém, devo confessar que ao mesmo instante, provoca uma frustração pelo fato de apenas ter conhecimento desta história por meio de uma banda sueca, é uma pena que o Brasil não reconheça os verdadeiros "heróis" da pátria.
Aliás, vale mencionar que um verso da música está em português: "Cobras fumantes, eterna é sua vitória" (o mais impressionante é que não consigo retirar esta frase da cabeça).
A próxima faixa, é "Inmate 4859", que para ser sincero, lembra e muito por sinal "Ruina Imperii" (canção do álbum Carolus Rex) e é, digamos assim, audível, visto que peca em originalidade, além de possuir uma instrumental monótona. Em seguida, podemos acompanhar uma genial obra de arte, conhecida por "To Hell and Back", que, na realidade, foi inspirada em Audie Murphy, um dos maiores soldados da história das guerras, tendo a oportunidade de receber diversas medalhas por seu desempenho nas mais diversas campanhas. O clipe também não passa despercebido, pois retrata as dificuldades enfrentadas pelos soldados no "pós-guerra".
Seguindo para a próxima faixa, que aliás é até complicado de explicar com palavras, o que sinto com "The Ballad of Bull", uma vez que a composição nos faz relaxar e pensar sobre os mais diversos tópicos... infelizmente penso que poderia ser menos repetitiva, talvez com um solo de "arrebentar os ossos", ou até mesmo uma insanidade "À la Sabaton", pois acaba se tornando tediante com o tempo. A próxima aventura de "Heroes" é "Resist and Bite", que por ser um single, é evidentemente mais comercial, então não provoca faíscas nos ouvidos, se formos analisar mais a fundo, nem mesmo o relato desta música é o mais assustador, ou criativo.
"Soldier of 3 Armies" é a próxima, e já arrebenta de início, com uma encantadora introdução de baterias, e os vocais do Joakim estão mais do que excelentes nesta faixa, e é exatamente por este tipo de canção que tenho orgulho de ouvir Sabaton. Aliás, até o tema da música, é uma completa absurdidade, pois nunca nem sequer imaginei que um soldado conseguiria lutar por três diferentes exércitos. "Far From The Fame" dá sequência a esta doideira, e, olha, pra ser honesto, se já consideram esta múisca excelente na versão de estúdio, recomendo que ouçam a versão ao vivo, pois supera toda e qualquer expectativa.
E para finalizar o álbum com chave de ouro, nada melhor que "Hearts of Iron", que além de estrofes muito bem escritas, apresenta um solo tranquilo e suave, perfeito para o fim, sem contar, as ótimas aparições de "7734" e "Man of War". Entretanto, com a maior honestidade, o cover de "For Whom The Bell Tolls" não me surpreendeu, porque a instrumental não chega a ser emocionante, e não oferece nostalgia ao ouvinte, e admito que a versão original é muito superior (e olha que nem sou um grande fã de Metallica, tanto que é a banda que eu considero menos interessante do "Big Four"), mas foi apenas uma tentativa dos suecos, nada que atrapalhe o álbum.
Veredicto: Um álbum grandioso, que apesar de não superar seu antecessor "Carolus Rex", é um "baita álbum" que diverte aos mais diversos fãs de metal.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
O clássico álbum ao vivo "At Budokan" que não foi gravado no Budokan
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos


A razão pela qual o Sabaton evita abordar conflitos modernos em suas letras
O festival em que Steve Harris implorou para tocar; "fico em qualquer hotel", disse
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


