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Resenha - Metal Opera Part II - Avantasia

Por Leandro Testa
Postado em 21 de setembro de 2002

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

A fim de combater a ociosidade durante as turnês do Edguy, Tobias Sammet começou a rascunhar um projeto que há muito povoava a sua mente: fazer um álbum com diversos cantores diferentes, músicos pelos quais ele se sentia influenciado. A idéia surgiu devido a uma experiência prévia com o vocalista do Blind Guardian, Hansi Kürsch, que participou do álbum Vain Glory Opera como convidado especial, incitando em ‘Tobi’ a aspiração de dar maiores proporções àquilo concretizado em tal ocasião. Para tanto, chamou um ‘batalhão’ de amigos, e os amigos dos amigos, dando forma ao que viria a ser o Avantasia, um trabalho conceitual focado num ‘mix’ da história da humanidade com aspectos religiosos/filosóficos do século XVII (época em que a trama se desenrola), e um outro elemento denominado fantasia, de onde se extraiu o termo "Avantasia", numa união com a palavra "Avalon", a ilha mística dos contos do Rei Arthur.

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Em janeiro de 2001 chegava às lojas "The Metal Opera Part I", um sucesso absoluto, de enorme aceitação do público, pois apesar de não trazer nada de revolucionário no tocante à parte instrumental, continha nada menos que nove vocalistas, sendo, obviamente, Sammet o principal. Quanto aos demais, cantavam pequenos trechos em determinadas músicas, consoante ao papel de cada uma das personagens na trama, ainda que um tal de ‘Ernie’ tenha participado bem mais do que os outros (desempenhado-o muito bem por sinal). Esse foi um pseudônimo utilizado por Michael Kiske, ex-Helloween, e sua inclusão no projeto certamente impulsionou a promoção do álbum, levando ao frenesi os fãs de sua antiga banda.

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Assim, gerou-se uma grande expectativa em relação à segunda parte, que acaba de ser lançada, cerca de um ano e meio após o ‘debut’, no dia 26 de agosto. Há cinco meses, Sammet revelou que a duração da faixa de abertura, "The Seven Angels", era de pouco mais que quatorze minutos, o que acarretou numa maior apreensão naqueles já bastante ansiosos. E de fato, ela é muito boa. Começa soturna, emenda com os corais já característicos e chega ao seu ápice quando Oliver Hartmann solta a voz, seguido da frase curtinha de Michael Kiske e da estrofe de Rob Rock. Após o refrão, a situação se repete, mas Rob dá lugar a David DeFeis, que por sua vez não deixa barato. Repete-se o refrão e segundos depois a música dá uma amansada bem longa, com dois minutos de orquestrações, podendo desagradar aos mais afoitos. Por isso, podemos dividi-la em duas partes, um início bem poderoso e agora, depois do solo, uma parte rica em belas melodias, elementos de ‘ópera rock’, com um ‘quê’ de Meat Loaf ou Trans Siberian Orchestra. É nesse contexto que entram Kai Hansen e André Matos, perpetrando uma canção única, de sete vozes distintas, com destaque absoluto para Oliver Hartmann. ‘Pelamordedeus’ como canta esse sujeito! É lamentável que a sua participação no disco tenha se limitado às duas míseras estrofes dessa música. Um talento muito mal aproveitado que poderia e deveria estar presente em outras canções sem muito brilho.

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Em seqüência, "No Return" traz o ‘speed’ de sempre, lembrando muito o próprio Edguy. Apesar de algumas boas passagens com Elderane (Matos) e Lugaid Vandroiy (Kiske), bem como o ‘bridge’, que também é válido, o refrão degringola tudo, pois não é suficientemente interessante; aliás, é muito manjado...

Como contraponto, "The Looking Glass" vem sem peso, grandes inovações ou alternâncias musicais que conseguissem passar pelo meu crivo. Sua espinha dorsal é o coro, repetido cinco vezes, que, como de praxe, se configura pela voz de Tobias gravada com quatro, cinco linhas diferentes, depois reunidas num resultado assaz previsível. Por vezes a batida na caixa da bateria fica muito constante, em boa parte as guitarras são enfadonhas, e de um modo geral essa faixa tem jeito de "experimental". Nem a participação especial de Bob Catley a consegue melhorar.

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"In Quest for": belíssima balada ao piano, sendo sua correlata a canção "Inside" do álbum anterior. Repetitiva, ‘é vero’, pois em cerca de um minuto e meio tem o seu refrão cantando seis vezes, com mínimas variações. Não obstante a isso, o belo timbre de Bob Catley agora se faz mais presente, e temos um bom momento de relaxamento, uma viagem por esse universo fantasioso que prepara o ouvinte para a "pedreirisse" que vem logo a seguir.

Depois de uma composição insossa e uma balada, é aqui que ‘o bicho pega’! "The Final Sacrifice" é bem pesada para os padrões do Avantasia, e por isso, sem sombra de dúvida, a minha preferida. Vejam só o David DeFeis fazendo aquilo que desde os tempos do álbum Invictus (com uma única exceção) não se via... Tomara que isso seja motivo o bastante para ele se empolgar, largar a fama de ‘tigrinho dos teclados’ e voltar a fazer um som mais masculino. Desculpem-me o comentário, mas independentemente de bandas alheias, essa é disparada a melhor música de "The Metal Opera Part II" e quiçá de toda a obra ‘avantasiana’. Se você já a vinha acompanhando, lembre-se que tem em mãos o baluarte do segundo CD, pois ele saiu como faixa-bônus na versão nacional da parte Um.

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Rob Rock é quem divide a cantoria com Sammet em "Neverland", e apesar de ser indubitavelmente um bom cantor, é o último da minha lista. Atenção à profética frase por ele emitida: "Sei menos do que todos, entretanto mais do que muitos que sabem menos". Que isso? Uma expressão idiomática? Terei de ler direitinho a história para entender as letras desse menino prodígio, ou ficarei a vida inteira matutando... Seu instrumental é simples, com acordes, acordes e mais acordes, mas, peraí... isso é um solo??? Argh! A próxima, por favor!

"Anywhere": Outra boa balada, totalmente protagonizada pelo noviço Gabriel, que ‘chora as pitangas’, almejando reencontrar a sua irmã. Começa na base do piano e voz, depois explode para a entrada de um solo muito bonito e melodioso. É o tipo de música que você já deve ter ouvido em outra ocasião, mas com essa mesma voz e nesse mesmo estilo. Não cometa o erro de compará-la à "Farewell".

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Nesse momento você deve se pergunta o porquê ‘desse cara’ estar comentando faixa a faixa. Bem, muitos devem estar curiosos sobre como é a tão falada ‘Parte 2’, e assim, tenho a intenção de mostrar os ‘altos e médios’ da obra. Até esse ponto, apenas a faixa de abertura e a "The Final Sacrifice" realmente me deixaram com um sorriso estampado na boca. Essa última vem envolta de duas composições sem peso e duas baladas, o que nos faz perceber um trabalho mais ‘leve’ e um instrumental que já não agrada tanto como na primeira parte, sendo bem aquém do esperado. Se antes, as intervenções dos demais vocalistas eram muito mais bem encaixadas, e o trabalho como um todo, excelente, aqui as participações deles são mais limitadas. Se você espera ouvir o maravilhoso timbre de Michael Kiske, esqueça: ele canta 83,5% a menos do que no outro CD.

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Se não foi da outra vez que fiquei boquiaberto, não será agora o momento apropriado. Muitas dessas músicas foram gravadas nas mesmas sessões da primeira parte, portanto, vejo-as, sim, como ‘sobras de estúdio’. Entenda que é difícil você pegar um CD que é continuação de outro e não ficar comparando-os a todo momento (bem que eu queria que isso não fosse preciso). Ao menos sabemos que está preparado o terreno para o sucesso comercial desta nova versão, a despeito da impressão de ser o mais recente trabalho do Edguy, travestido para enganar pobres fiéis como eu.

Mesmo sendo todos os músicos envolvidos nesse projeto tarimbados, pós-graduados em heavy metal melódico, não há como chorar, nem como voltar atrás (cantemos bem alto!: "no return..."), então o jeito é prosseguir: ôpa, estamos chegando a um dividendo! "Chalice of Agony" prova que a ressurreição é possível. Conta com Kai Hansen, André Matos, um refrão grudento, é bombástica, energética, e a única que se assemelha ao material ‘metal’ apresentado na primeira parte. Vá com fé e aumente o som até acabar a eletricidade do seu bairro.

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AVE! Que agudo horrível! Os ‘segundos’ que o Tobias atribuiu ao Kiske em "Memory" são horripilantes... quem é que agüenta um negócio desses? Bem, não obstante a isso, ela emenda perfeitamente com "Chalice of Agony", e remete à fase sossegada do Judas Priest. Depois de algumas alternâncias culmina num solo "I Want Out" (referência à música do Helloween) e por fim também se junta ao meu rol de favoritas. Vale lembrar que assim como em "The Final Sacrifice", quem faz aqui a guitarra solo é Jens Ludwig, companheiro de Tobias no Edguy.

Ah, chegamos ao momento derradeiro de toda a história. Em "Into the Unknown" toda a formação muda, sendo Eric Singer (Kiss) nas baquetas, Timmo Tolki do Stratovarius nas palhetas (que também participou da "The Seven Angels"), ‘Tobi’ usando a mão mesmo (com o seu baixo) e Norman Meiritz na guitarra-base. Sharon Den Adel inicia a canção com sua voz angelical, você pensa que ela é a sua salvação, e eu que apostei todas as minhas fichas em tal performance, quebrei a cara: ela ‘conseguiu’ cantar menos do que no primeiro CD; míseros 25 segundos! A faixa é sossegada (mais uma), na verdade bastante triste, pois um dos personagens mais importantes da trama é morto de um jeito meio estranho. O fato de ter cara de epílogo é justamente o que chateia, pois Eric Singer não poderia estar nela. Ele é um baterista sensacional, e muito mal aproveitado numa faixa que só requer umas batidinhas aqui e acolá. Recuso-me a acreditar que ele só tocou isso, e ainda nessa música soporífera... o jeito e pegar o pijaminha, ir para a cama e sonhar com esse último falsete ‘disparado’ pelo mentor deste projeto.

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Formação:
Tobias Sammet (Edguy) – vocais, teclados e orquestrações (baixo na faixa nº 10)
Henjo Richter (Gamma Ray) – guitarras
Markus Großkopf (Helloween) - baixo
Alex Holzwarth (Rhapsody) – bateria

Vocais:
Tobias Sammet (Edguy), como Gabriel Laymann
Michael Kiske, como Lugaid Vandroiy [que dessa vez resolver assumir que ele é ele mesmo]
Kai Hansen (Gamma Ray), como Regrin, o anão
David DeFeis, (Virgin Steele) como Jakob, o monge Dominicano
André Matos (Shaman), como Elderane, o elfo
Bob Catley (Magnum), como a Árvore do Conhecimento
Oliver Hartmann (At Vance), como o Papa Clemente IIX [esse é o cara!!!]
Sharon Den Adel (Within Temptation), como Anna Held [sério??? Nem vi passar...]
Rob Rock (ex-Impellitteri), como bispo Johann Adam von Bicken
Ralf Zdiarstek, como bailio Falk von Kronberg

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