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Queensryche: A fase da banda com Todd La Torre

Por Guilherme Costa
Postado em 16 de janeiro de 2021

O Metal Progressivo, é um gênero que se decorreu da fusão de bandas de Rock Progressivo, como Yes, King Crimson, Pink Floyd, com a junção de bandas clássicas do rock pesado, como Black Sabbath e Judas Priest. O primeiro e um dos maiores expoentes do estilo, criado na década de 80 do século passado, é o Queensryche.

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O Queensryche (à época, sob o nome de The Mob) foi formado em 1980, em Bellevue, Washington, pelos guitarristas Michael Wilton e Chris DeGarmo, o baterista Scott Rockenfield e o baixista Eddie Jackson. Mais tarde, o vocalista Geoff Tate se juntaria à banda e gravaram algumas demos, que seriam incorporadas ao seu primeiro e autointitulado EP, em 1983.

Essa história e os discos que vieram na sequência são de conhecimento geral dos fãs de Heavy metal. O terceiro disco da banda, o "Operation: Mindcrime" é um dos grandes (se não o maior), disco conceitual de rock. Disco que consagrou e definiu o Metal Progressivo. O seu sucessor "Empire", é o que obteve o maior destaque comercial da banda, além do single de maior sucesso "Silent Lucidity''.

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O Queensryche, sempre entra na lista de "bandas que poderiam ser grandes, mas não conseguiram". A partir do "Promised Land" (1994), que obteve um bom sucesso, a sonoridade foi se distanciando do prog metal, e caminhando para o grunge/ alternativo (isso não significa queda de qualidade, pelo menos, em minha opinião). Em 1998, o guitarrista e principal idealizador das temáticas dos discos, Chris DeGarmo, resolveu deixar a banda. Em seu lugar, entrou o guitarrista Mike Stone.

Essa foi uma rápida introdução.O intuito deste texto é falar sobre a fase atual da banda, com Todd La Torre como vocalista. Mas antes disso, é preciso falar sobre "Dedicated to Chaos", o último disco com Geoff Tate como vocalista da banda.

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O décimo terceiro álbum do Queensryche, é bom… Se não fosse de uma banda de Prog Metal! Dedicated to Chaos, foi o primeiro disco lançado pela selo Loud & Proud, da Roadrunner Records. também foi o primeiro disco, com o atual guitarrista Parker Lundgren, ainda como membro de estúdio. Sobre o disco, o baterista Scott Rockenfield disse as seguintes palavras: "É um grande rock, mas com uma grande vibração de dança, dança realmente moderna". A partir do Promised Land o som do Queensryche foi mudando. Aqui, o experimentalismo e os conflitos internos resultaram no décimo terceiro disco da banda.

Em uma resenha rápida, a faixa Retail Therapy, por causa das guitarras no refrão, é a única que pode satisfazer os fãs menos maleáveis a mudanças. Mesmo assim, é uma música que está mais próxima dos discos após Promised Land. Faixas como Drive, LuvV e Get Started são ótimas, mas passeiam pela New Wave, Jazz, Rock Alternativo, destacando o excelente trabalho de Scott Rockenfield e Eddie Jackson, que foram o ponto alto do disco. Com o perdão do trocadilho, o disco foi um caos. Durante a turnê o vocalista Geoff Tate foi demitido, que por sua vez, entrou em uma disputa judicial pelo direito da marca Queensryche e, em seu lugar, Todd La Torre (ex Crimson Glory) assumiu o seu posto.

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Em 2012, a banda se dividiu entre começar a gravar o 14° álbum da banda e as pendências judiciais com o seu ex - vocalista.

Em 2013, Geoff Tate, que detinha direito ao nome da banda, lançou o disco Frequency Unknown, que assim como os antecessores é um disco que tem uma certa qualidade, mas que peca, por ter o Queensryche. Em 2014, ele cedeu o seu direito sob o nome da banda e seguiu o seu caminho. Assim como o "verdadeiro Queensryche".

Tudo resolvido e só com o disco em mente, por fim em 2013, foi lançado o álbum "Queensryche". O álbum possui onze faixas, e tem trinta e cinco minutos de duração. E, depois de tantos anos, os fãs mais conservadores tiveram o seu "momento de luz".

"X2" é uma faixa instrumental que abre o disco. A partir daí há uma única certeza: O QUEENSRYCHE VOLTOU. Em "Where Dreams Go to Die", segunda faixa, Scott Rockenfield e Michael Wilton mostram o peso que o Queensryche é capaz de produzir, assim como na faixa Spore. É importante mencionar que os riffs (devido a qualidade de Michael Wilton e os guitarristas substitutos de DeGarmo) nunca foram o problema em si. A questão era que não eram riffs de uma banda de Heavy ou Prog Metal.

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Se nos discos anteriores, Geoff Tate era a única mente criativa, neste disco a banda voltou a trabalhar em conjunto, principalmente nas composições que outrora Tates havia feito parceria com compositores externos. Como é o caso de "Vindication". Nesta faixa, no qual Scott Rockenfield demonstra o porquê de ser um dos grandes bateristas de sua geração, a assinatura é de Wilton, La Torre e Rockenfield.

A oitava faixa, "A World Without" tem a participação especial da cantora Pamela Moore, que participou da faixa "Suite Sister Mary" do aclamado Operation: Mindcrime. O disco teve dois singles: as pesadíssimas "Fallout" e "Redemption". A balada Open Road encerra o disco que colocou o Queensryche em evidência, após anos.

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Em suma, o disco "Queensryche" serviu para o retorno às origens. A produção ficou a cargo de James "Jimbo" Burton, que esteve envolvido nos discos: Operation: Mindcrime, Empire e Promised Land. O total de trinta e cinco minutos foi o aviso de que eles estavam de volta.

Tracklist:

1. "X2" (instrumental)
2. "Where Dreams Go to Die"
3. "Spore"
4. "In This Light"
5. "Redemption"
6. "Vindication"
7. "Midnight Lullaby" (instrumental)
8. "A World Without"
9. "Don't Look Back"
10. "Fallout"
11. "Open Road"

Em outubro de 2015, sai o décimo quarto disco (o segundo com a nova formação): "Condition Human''. Já na faixa de abertura, as expectativas foram supridas."Arrow Time", que também foi o primeiro single do disco, inicia com a dobradinha Wilton/ Lundgren, característica clássica da dupla: DeGarmo/ Wilton". Ela é rápida, com refrão pegajoso, tem um "quê" de Power Metal. A segunda faixa que, também se tornou single, é "Guardian". A introdução da bateria de Rockenfield, dá a certeza que este disco é mais pesado que o seu antecessor. Segundo Wilton: "mesmo sendo um álbum mais pesado, a melodia sempre foi o foco".

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Outro fator que culminou no sucesso desta formação, é, sem dúvidas, a adição de Todd La Torre. O fato do timbre de voz dele, lembrar (não significa que seja uma cópia) Geoff Tate, somado ao retorno às raízes, contribuíram para a solidificação da formação. A sétima faixa "Bulletproof" é um bom exemplo. Além da grande linha de baixo do subestimado Eddie Jackson, as linhas melódicas da dupla Wilton/Lundgren são destaque desta faixa que poderia, facilmente, estar no Empire. Outro single interessante é "Eye9". Composta inteiramente por Jackson, o videoclipe tem um tom meio distópico, e tem como grande destaque as suas linhas de baixo. A curiosidade fica por "Just Us". A faixa semi - acústica, tem a vibe dos discos "Hear In The New Frontier" e "Tribe". Ela quebra o ritmo acelerado do disco, porém isto não é um problema.

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Este foi o último disco com um dos fundadores da banda, Scott Rockenfield. Diferentemente do seu antecessor, "Condition Human" é mais longo (cinquenta e sete minutos, ao total) e mais pesado. E o mais importante: as linhas progressivas voltaram nas músicas!

Tracklist:

1. "Arrow of Time"
2. "Guardian"
3. "Hellfire"
4. "Toxic Remedy"
5. "Selfish Lives"
6. "Eye9"
7. "Bulletproof"
8. "Hourglass"
9. "Just Us"
10. "All There Was"
11. "The Aftermath"
12. "Condition Hüman"

O primeiro álbum com La Torre, foi a preparação de terreno. O segundo mostrou o caminho que a banda iria seguir. O terceiro foi a consagração. Em 2019, The Verdict, o décimo quinto disco da banda, foi lançado.

Assim como "Condition Human", o produtor é Chris "Zeus" Harris, e o disco, assim como o seu antecessor, abre com uma pedrada: "Blood of the Levant". Devido a ausência de Scott Rockenfield, a bateria foi gravada por Todd La Torre e Casey Grillo. E os dois não deixaram a "peteca cair"! A terceira faixa e single "Light Years", é a melhor faixa do disco. Casey Grillo tem total destaque nesta faixa, além da maravilhosa linha de baixo de Jackson. A dobradinha nos solos, de Wilton/ Lindgren, também faz com que "Light Years" se torne um clássico do disco. Entre videoclipes e "Lyric Vídeo", somente duas faixas ficaram fora dos destaques, são elas: "Inside Out" que tem nuances entre partes acústicas e um heavy metal de respeito, e "Launder the Conscience" que é uma música típica dessa formação, ou seja, é pesada. Por falar em peso, outra faixa e single que se destaca é "Propaganda Fashion". Ela já começa com o "pé na porta" e marca o amadurecimento da formação, mostrando o entrosamento dos integrantes.

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Lá em 2012, quando Geoff Tate foi demitido e Todd La Torre anunciado como o novo vocalista, o futuro da banda era extremamente incerto. A saída de Chris DeGarmo nunca foi suprida até então, e os recentes disco que em nada tinha da sonoridade da banda, foram superadas, e a formação com Todd La Torre, Michael Wilton, Parker Lundgren, Eddie Jackson e Scott Rockenfield, mostrou que o sucesso do Queensryche, só dependiam deles. E eles conseguiram entregar o resultado.

O sucesso de "Operation: MindCrime" e "Empire", dificilmente será repetido (por razões circunstanciais das variantes do mercado fonográfico). Porém, é inegável que o Queensryche voltou a ser relevante.

Tracklist:

1. "Blood of the Levant"
2. "Man the Machine"
3. "Light-years"
4. "Inside Out"
5. "Propaganda Fashion"
6. "Dark Reverie"
7. "Bent"
8. "Inner Unrest"
9. "Launder the Conscience"
10. "Portrait"

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Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Queensr%C3%BFche
http://www.queensrycheofficial.com/band/


Guilherme Costa: Criador do Podcast 'Um Outro Lado da Música'. Fã de música em geral, e estudante de Produção Audiovisual"

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