Grateful Dead (mega) box set
Por Marcos A. M. Cruz
Postado em 02 de outubro de 2001
Existem alguns grupos que aqui no Brasil são mais conhecidos "de nome" do que pelos seus trabalhos propriamente ditos; é o caso do GRATEFUL DEAD, que embora se trate de uma verdadeira instituição americana (principalmente pela figura lendária de Jerry Garcia), são praticamente desconhecidos por aqui; experimente o caro leitor pedir para alguém cantarolar algo dos caras e veja o resultado - a não ser, é claro, que o indivíduo seja um "Deadhead", nome dado ao pessoal que se deslocava muitas milhas para participar de um show da banda, evento considerado pelos fãs uma "experiência sensorial transcedental"...
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Uma boa oportunidade de se conhecer mais a fundo a obra deles (para quem têm uma boa grana sobrando) é adquirir o "Grateful Dead: The Golden Road (1965-1973)", box set previsto para ser lançado pela Rhino/Warner em 16 de outubro, que trará nada menos que cerca de dezesseis horas de música, dispostas em 12 CDs.
No caso, se tratam de todos os álbuns editados pela banda através da gravadora Warner Bros., a saber: "The Grateful Dead" (álbum de estréia), "Anthem of the Sun", "American Beauty", "Workingman's Dead", "History of the Grateful Dead, Volume One", "Grateful Dead", "Live/Dead", "Aoxomoxoa" e "Europe '72", que virão acrescidos de outtakes, versões expandidas e faixas inéditas, coletadas principalmente entre as costumeiras "jams" de estúdio, marca registrada do grupo, além de dois CDs contendo faixas raras e inéditas do início da carreira banda, da época em que ainda se chamavam "The Warlocks" e "The Emergency". E, como se não bastasse, além de um livreto de 80 páginas contendo a história e discografia da banda e recheado de fotos, cada CD virá individualmente com um livreto de 16 páginas com textos e curiosidades sobre cada álbum.
Aliás, o Dead é um dos pilares das chamadas "jambands", que costumam usar e abusar de longas improvisações ao vivo, tornando cada show uma experiência única; tanto que a banda é detentora do recorde absoluto de gravações existentes (cerca de 2.500), graças à diligência dos fãs, que registraram para a posteridade 99% das suas apresentações, encorajados pelo próprio grupo, que costumava disponibilizar saídas diretas da mesa de som para quem estivesse disposto a gravar seus shows nas décadas de 60/70, que chegavam a ter cinco horas de duração!
Uma parte destes shows gravados de forma amadora vêm sendo lançados desde 1993 através da série "Dick's Picks", assim batizada em homenagem ao seu idealizador, Dick Latvala, colecionador de longa data da banda, falecido recentemente; atualmente a série se encontra no 22º volume, e há previsão de mais um lançamento ainda este ano. Clique aqui para ver maiores detalhes.
Uma pequena descrição do clima dos shows ao vivo da banda foi dada pelo baterista Mickey Hart numa entrevista: "A experiência ao vivo é realmente difícil de descrever. Você terá que comparar a sensação com a que você sente quando transa, ou com o amor que você tem pelos seus filhos. Quando olho para a minha filha ou para a minha mulher sinto essa adrenalina pelo corpo, e para mim, isso se compara as experiências do Grateful Dead. Você sente um calor pelo corpo e o mundo se torna maravilhoso por alguns minutos".
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