Andi Deris defende novo Keeper e revela repertório
Por Thiago Coutinho
Fonte: Thatssometal.com
Postado em 03 de novembro de 2005
Em entrevista ao website That’s So Metal.com, Andi Deris, atual responsável pelas vozes do HELLOWEEN, falou a respeito da decisão do grupo em dar continuidade à saga dos consagrados "Keeper of the Seven Keys". Deris ainda deu algumas pistas de como será o repertório para a nova turnê, que incluirá clássicos como "Halloween", "I Want Out" além de faixas do esquecido EP "Walls of Jericho". Confira este, e outros assuntos, logo abaixo:
That's So Metal - O processo de composição para o novo álbum transcorreu sem quaisquer problemas ou foi a maior dor de cabeça que a banda obteve?
Andi Deris — Estamos mais felizes com ele e aliviados, como você queira dizer [risos]. Nós nunca dissemos se faríamos ou não um álbum como este, dissemos que tentaríamos e quando fizemos ficamos plenamente satisfeitos. Sabíamos que tinha que ser complexo e que deveria ter muitos duelos de guitarra, e ser épico. Tivemos que trabalhar duas vezes mais neste álbum, para nos satisfazer e satisfazer aos fãs.
That's So Metal - Por que um álbum duplo ao invés de um simples?
Andi Deris — Isso rolou porque todos os integrantes tinham aquela pressão de que este deveria ser um álbum da saga ‘Keeper’, então todos trabalharam muito mesmo e trouxeram mais idéias e muito entusiasmo. Depois de gravarmos todas as músicas, percebemos que tínhamos mais de 80 minutos de música. Então a pergunta era se fizéssemos tudo em um único CD com capacidade de 80 minutos teríamos uma redução de informação, e as pessoas que têm os ‘players’ da primeira geração não poderiam ouvir o álbum. Então, nos permitiram lançar um CD duplo e dessa forma a gravadora poderia vendê-lo ao preço de um CD simples, foi isso que SPV nos disse para fazer. Assim, os fãs têm um CD duplo ao preço de um simples.
That's So Metal - Obviamente que este novo álbum será comparado aos outros dois anteriores, além de que Kai Hansen e Michael Kiske não estão envolvidos neste novo. Então, como a banda se defende por tomar a decisão de fazer um novo ‘Keeper’?
Andi Deris — Antes de mais nada, desta vez temos um time de guitarristas que entendem a importância da harmonia entre eles para o som do Helloween e para a história do ‘Keeper’, Do ponto de vista lírico, temos todas as visões políticas que estavam na história naquela época baseadas no que acontecem hoje em dia. Isso também envolve o mundo dos ‘Keepers’, que funciona em paralelo ao mundo real. O personagem dos ‘Keepers’ não poderia se levantar e lutar pela humanidade no mundo da fantasia se, no mundo real, não houvesse coisas ruins acontecendo. Então, sentimos que era hora de trazer a história dos ‘Keepers’ de volta, pois ela fala sobre a semente que está sendo traída por alguns caras que acreditaram nas promessas e palavras doces do demônio, que lhes promete ser o ‘Rei Por Um Milhão de Anos’ [N. do R.: referência à primeira faixa do novo álbum, ‘The King For a 1000 Years’]. Eles realmente acreditam nisso, trabalham para o demônio e tentam utilizar a chave para abri os portões do mal. Isso é o que acontece no mundo da fantasia, então o ‘Keeper’ tem que se levantar novamente e lutar.
That's So Metal - A história do ‘Keeper of the Seven Keys’ foi mais ou menos finalizada nos anos 80 com a chave da ignorância, certo?
Andi Deris — Do ponto de vista comercial, seria excitante ter um novo ‘Keeper’, isso traria atenção à banda novamente. Nós também queríamos que os fãs tivessem certeza de que estamos fazendo é definitivamente ‘happy, happy, Helloween’.
That's So Metal - Todas as faixas do novo álbum continuam de onde a história foi tirada?
Andi Deris — Tentamos combinar todas as músicas. Um canção que é excelente e não faz parte da história é ‘Mrs. God’ e ela responde a uma das maiores dúvidas da humanidade que é: se Deus existe, por que ele ou ela não pára com toda a merda que rola aqui embaixo? E quando Marcus, nosso baixista, trouxe a idéia sobre isso, ele disse que Deus é uma mulher e que ela não tem tempo de olha aqui para nós porque está sempre se olhando no espelho [risos]. Foi por isso que escolhemos ‘Mrs. God’ primeiro, e ela se encaixa perfeitamente no conceito de ‘King For a 1000 Years’ e todas as essas faixas com um lado mais ‘doom’, com o demônio entrando no mundo com todas as suas doces promessas. E no final do dia a pergunta deveria ser onde está Deus quando todas essas coisas ruins acontecem, por que deve existir um ‘keeper’ para levar toda essa luta adiante.
That's So Metal - O Sascha agora é um membro da banda? E o que ele trouxe à música vocês?
Andi Deris — Acho que ele não é só um sangue jovem na banda, e tocando todos esses estilos novos que não temos tempo de ensaiar, mas ele também se dá muito bem com Michael Weikath, que é um cara que poucas pessoas conseguem se dar bem. Então, em suas vidas privadas, eles se dão muito bem. E mais, se não tivéssemos uma dupla ‘gêmea’ de guitarristas, não teríamos um novo ‘Keeper’. E ele também trouxe algumas idéias fabulosas e brilhantes.
That's So Metal - Por que o personagem original dos primeiros ‘Keepers’ aparece na contracapa do novo álbum?
Andi Deris — Bem, na nova capa ele é visto apenas atrás. Não queríamos que o mal ficasse tão mal, e é por isso que o mal é uma ‘fêmea’, com seu cabelo sexy longo e vermelho. É por isso que vemos o ‘Keeper’ de costas desta vez, pois ele pode ser um lobo ou algo assim. Essa capa representa a descrença em tudo que a mídia nos diz do que pode ser o ‘bom’ ou o ‘mal’, eu não ligo para o que leio ou escuto, porque a informação é falsa. Algo assim foi o que quisemos expressas com essa capa, não sei se conseguimos isso, mas seria como o bem contra o mal.
That's So Metal - Na última turnê pelos Estados Unidos, vocês tocaram um misto entre clássicos novos e antigos. Em que tipo de repertório vocês estão trabalhando desta vez?
Andi Deris — Desta vez estamos indo a fundo e fazemos uma hora da história do ‘Keeper’, abrindo com ‘Halloween’, depois vamos para ‘Keeper of the Seven Keys’, ‘Occassion Avenue’, ‘King For A 1000 Years’, ‘The Invisible Man’. Então, voltamos para um pouco, mudando o cenário do palco, e mais uma hora com outros hits, tais como ‘I Want Out’, ‘Dr. Stein’, ‘Power’, ‘Future World’, ‘I Can’, e todo aquele material. Acho que também vamos tirar algumas faixas do EP ‘Walls of Jericho’, como fizemos na última turnê com ‘Starlight’ e ‘Murderer’. Acho que teremos quase umas duas horas e meia de show! [risos]. Já até posso ver os fãs reclamando: ‘pô, por que vocês não tocam por oito horas?’ [mais risos].
That's So Metal - Você acha possível tocar algum material dos álbuns ‘Pink Bubbles Go Ape’ e o ‘Chamaelon’?
Andi Deris — Acho que não. A banda estava quase morta quando esses álbuns saíram, os caras não gostam deles, então, acho que não vai rolar.
That's So Metal - Vocês gravarão um DVD desta turnê?
Andi Deris — Tentaremos gravar o máximo de apresentações possível, mas o problema é financeiro. Por exemplo, é caro gravar na Alemanha e talvez não façamos isso lá. Talvez em outros países como Rússia, Espanha ou outro lugar menos caro [risos]. Espero que gravemos seis ou sete shows. Meu sonho seria gravar algo no Peru também. Veremos o que acontece.
That's So Metal - Há algum plano de lançar algum DVD com a velha formação?
Andi Deris — Acho que não. Já temos o vídeo ‘High Live’ da turnê do ‘The Time of the Oath’, e o ‘Hellish Videos’, uma coleção que vai desde o vídeo para ‘Halloween’ até ‘Hey Lord’, do ‘Better Than Raw’.
That's So Metal - Quais você acha que são os momentos mais fortes do Helloween?
Andi Deris — Talvez em festivais como o ‘Wacken’ ou o ‘Monsters of Rock’, em São Paulo’, foram momentos fantásticos. Quanto aos álbuns, definitivamente a saga dos ‘Keepers’, o ‘Master of the Rings’ porque representa a volta da banda. As coisas foram tão, mas tão mal após ‘Pink Bubbles’ e o ‘Chamaleon’ que a banda estava quase morta, não apenas no quesito vendas, mas na química também. Porque o ‘Master of the Rings’ não foi só um grande sucesso comercial. Para mim, foi um sonho que se tornou realidade, quando cheguei ao Helloween, vindo da minha banda antiga, o Pink Cream 69, trazendo todos aqueles fãs comigo, e ganhar discos de ouro e platina, isso foi fantástico. É um dos meus álbuns favoritos porque há muito do meu sangue nele. Há neles muitas faixas que minha antiga banda não queria tocar. Uma delas é ‘Why’, que minha antiga banda não queria tocar por acharem que ela era comercial demais. Mas o que é comercial? Comercial para mim é algo que vende, agora só porque a música tem uma grande melodia não quer dizer que seja comercial. É uma faixa com uma veia bem hard rock/metal, mas não de forma alguma comercial. E a lançamos no período em que o grunge estava em alta.
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