Dani Filth: "Nada me fascina mais que a religião!"
Por Marcelo Ferraresso
Fonte: Brave Words
Postado em 30 de abril de 2007
O frontman do CRADLE OF FILTH, Dani Filth, concedeu em abril de 2007 uma rápida entrevista para o site Cambridge-news.co.uk.
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Cambridge-news.co.uk: Sempre existiu um lado teatral nas apresentações do CRADLE OF FILTH. De onde vem essa inspiração?
Filth: O musical "The War of the Worlds" sempre foi um dos meus álbums preferidos, e recentemente eu fui abordado pelo Jeff Wayne, para estar em uma nova produção. Eu acabei não podendo participar, porque estávamos muito ocupados. Aquele álbum é muito influente para mim, pois tem um grande senso de drama e magnetismo. São coisas que tentamos fazer nos álbuns "Cruelty and the Beast" e "Damnation and a Day", que foi baseado no "Paradise Lost" de Milton. Isso diz muito sobre o CRADLE OF FILTH.
Cambridge-news.co.uk: No palco, você aparenta ser um "louco assustador". O quanto disso faz parte do show em si?
Filth: As pessoas geralmente se espantam com nossas boas maneiras, e como somos educados quando nos conhecem pessoalmente. Mas de vez em quando o que queremos é botar pra quebrar e suar um pouco.
Cambridge-news.co.uk: Você tem sido criticado por alguns tipos religiosos, pela suposta "natureza satânica" de suas letras. O que você acha disso?
Filth: As pessoas nos chamam de Satânicos, mas a verdade é que chamam de Satânico tudo aquilo que não conhecem. Satã é apenas um espantalho impedindo as pessoas de conhecer religiões mais verdadeiras e antigas. Eu acho que as pessoas iam ficar mais chocadas se me vissem de cabelo curto e de terno Vitoriano fazendo o "War Of The Worlds", do que cuspindo fogo e trucidando um bode, como todas elas presumem que eu faça.
Cambridge-news.co.uk: O que você realmente acha da religião?
Filth: É a coisa que mais nos fascina. Eu tenho uma casa na Índia, que é um lugar para onde costumo fugir. Eu estou bem interessado em ‘emprestar’ atributos do Hinduismo, Paganismo e outras coisas do tipo. Pegar coisas de diferentes tipos de religião faz sentido pra mim. Todos os homens e mulheres são únicos em sua própria noção de certo e errado, que acreditam que os sistemas deveriam também ser, então essas pessoas não deveriam ter ninguém lhes dizendo em que acreditar. Obviamente não é tão simples quanto o Catolicismo, que é preto e branco. Se você comer um ou dois biscoitos você vai para o inferno e pronto. Esse é um sistema ridículo e infantil, do qual milhões de pessoas fazem parte.
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