Sepultura & Body Count: o início da amizade no raiar dos anos 90
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 07 de setembro de 2013
Texto original de GLORIA CAVALERA
"Deve ter sido em 1991 ou em 1992 [nota do redator: foi em 1991]… alguns meses antes de eu engravidar de Zyon, quando Max e eu fomos a uma convenção de Metal, a Foundation’s Forum. Nossa, aquela foi a convenção mais divertida do mundo… festas demais, astros do rock e mais e doideira rolando solta nas ruas! Foi tão delirante, Max se registrou no hotel com o nome MICHAEL JACKSON, para evitaras muitas ligações de fãs para o nosso quarto. Estávamos na fase ‘estamos ficando escondidos, mas prontos para escancarar a qualquer dia’ em nossas vidas.
Em uma das noites, demos uma conferida numa casa para ver o ponto alto da convenção, um show com o TEMPLE OF THE DOG, SOUNDGARDEN e eu acho que a última banda era o PEARL JAM recém-começado. Nós estávamos pirando quando eu vi MOOSEMAN, da banda de ICE T, a BODY COUNT, entrando pela porta dos fundos. Eu larguei o Max e voei até ele… eu tinha uma missão!
Eu sabia que o irmão de Max, IGGOR, amava o Body Count e quando eu vi o gorro fudidão na cabeça de Mooseman, eu tinha que levar aquilo!!! Eu não conhecia MooseMan, mas eu conhecia a áurea que o seguia. "Cop Killer" tinha sido lançada e era uma das canções mais polêmicas do mundo! Mas não acreditava que eu estivesse praticamente derrubando esse cara, que eu sequer conhecia!
Eu não sei o que ele achou da mulher tatuada, de cabelo verde, correndo, mas ele não se incomodou. "Posso ficar com seu gorro?" Ele arqueou MESMO as sobrancelhas com o pedido, e uma menininha bem bonita veio me peitar!! "Eu não quero seu homem; eu quero o gorro dele!" eu expliquei que meu amigo amava Body Count e eu ganharia muitos pontos se eu pudesse só pegar aquele gorro pra ele. Mooseman foi legal demais… ele sorriu quando eu perguntei por que ele não podia quebrar um galho tão fino. Ele sussurrou "meu cabelo está zuado hoje!!" Eu ri e disse, "sem essa, mano, você não tem dessas! Você está no Body Count!! Esse tipo de frescura não tem vez!"
Max e eu subimos num táxi para voltar ao hotel, eu tentei subornar o taxista com US$50 para que ele nos levasse por uma turnê por South Central [nota: região estereotipada como sendo o epicentro da atividade criminal de Los Angeles]. Ele tentou chutar nós dois, otários bêbados pra fora, mas claro, fincamos o pé e não saímos. Moose tirou o gorro e me entregou dizendo "Vinte pilas… eu tenho que ganhar alguma coisa." Por mim, beleza! Eu tinha uma porra dum gorro do Body Count!!!
Alguns meses depois, na turnê com o MINISTRY, nós nos encontramos com o Body Count de novo. O HELMET teve que se ausentar de alguns shows e foram substituídos pela banda de Ice T e tivemos a oportunidade de ficarmos amigos. Éramos uma galera insana!!!" [...]
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