Iggor nunca fez tanta falta, diz resenha de novo álbum do Sepultura
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 09 de outubro de 2013
Texto original do jornalista SAMMY O’HAGAR para o site Metal Sucks:
"A verdade é, a maioria dos discos não consegue fazer algo do tipo corretamente. A fronteira entre o Death Metal e o Groove Metal está incompreensivelmente borrada nesse caso, pro benefício de todos nós. Com poucos adendos tribais e a bateria concreta de Eloy Casagrande, a rigidez do pós-deathcore do Death Metal é testada de modo satisfatório. Faria muito bem ao mundo do Metal ouvir mais álbuns como esse: solto, pesado, mas acima de tudo, divertido.
3 ½ de 5
- Sammy ‘Gunner’ O’Hagar"
… esse seria o fim de minha resenha caso "The Mediator Between the Head and the Hands is the Heart" tivesse sido lançado por outra banda que não o SEPULTURA.
Sim, não é justo julgar uma banda por suas glórias passada quando tudo que eles estão tentando fazer são excelentes músicas novas. Mas o Sepultura é uma banda tão distinta e adorada que fica difícil livrar a cara deles por algo tão tímido, comparativamente. Todos os elementos estão ali em ‘Mediator’, mas sem algumas das pessoas certas para utilizá-los, eles não se encaixam. O resultado é uma porção de partes interessantes com nada substancial para se agarrar. Isso funciona para uma banda de deathgroove, divertida, do segundo escalão, mas não pra alguém com o nome "Sepultura".
‘Mediator’ flui bem de uma música pra outra, com todos os altos e baixos exigidos. Mas por raras vezes repete aquele Sepultura conhecido, e quando o faz, é em grande parte [e muito previsivelmente] devido aos riffs rosnantes e solos oitentistas barulhentos de Andreas Kisser. O resto, estranhamente, lembra os imitadores da banda. Mesmo as aberturas abridoras de mosh como as de "The Vatican" e "Impending Doom" eventualmente caem em um Death/Thrash sem forma. As faixas interessantes – como a doom "Grief" – não resulta em nenhuma sensação que não a de diversão. "Da Lama Ao Caos" é tudo que há de errado com ‘Mediator’: talvez o Metal com groove rítmico e cantos em português tenham soado naturais em "Chaos A.D.", ou mesmo em "Roots", já que a flexibilidade do Sepultura permitia isso sem que soasse forçado; em 2013, fica parecendo muleta. Tipo, um disco do Sepultura tem que ter x por cento de brasilidade para se justificar; perdeu a graça.
A maior questão de flexibilidade envolve o supracitado Casagrande. Apesar de ‘Mediator’ não ser o primeiro disco sem o membro fundador Iggor Cavalera, ele nunca fez tanta falta. E isso não é, de modo algum, algo contra Eloy, um baterista cruel, preciso com uma levada profunda e forte. Mas para uma banda que nem essa, um grande baterista não é substituto para o baterista certo. Eles não são uma banda como o Pig Destroyer ou o Slayer onde um substituto pode acrescentar uma nova dimensão; o Sepultura não é tão maleável assim. ‘The Mediator’ não implicaria em tal comparação se conseguisse se sustentar por seus próprios méritos.
Tenho certeza de que Kisser e o outro membro original, Paulo Xisto Jr. ainda tem muito Metal dos bons dentro deles ainda. Quando ao Sepultura, entretanto, eu não tenho tanta certeza assim.
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