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Nando Reis e Ed Motta: Pra que diabos serve um crítico musical?

Por Edu Leocádio
Fonte: Entrevista Multishow
Postado em 07 de janeiro de 2015

Dentro do cenário do Rock n' Roll, todo fã é um pouco crítico. Isso não é exatamente um problema, ou pelo menos, não deveria ser se em boa partes das críticas não houvessem preconceitos nada musicais para uma crítica que deve ser musical. Por exemplo, na época de auge da banda Restart e o sucesso que fez entre a meninada, muitos roqueiros metidos a sabe tudo, o que infelizmente me incluía na época lançavam críticas nada musicais, mas sobre a sexualidade dos integrantes que só deve interessar aos integrantes da banda, mas assumo que crítica de quem não trabalha com isso não é o foco aqui, pelo contrário: o que está em questão é a profissão do crítico musical.

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De fato, muitos artistas são completamente insatisfeitos, não por descobrirem que alguém não está satisfeito com seu trabalho, mas pelo modo como a crítica é feita. Um crítico, geralmente, usa de um espaço com grande alcance ao público e utiliza de uma linguagem e um suposto conhecimento para apenas diminuir o trabalho de alguém. Nando Reis classificou os críticos em entrevista ao Multishow como "covardes" exatamente por este motivo e pelo jeito, não é só o Nando que se sente insatisfeito com a profissão de crítico, mas o músico Frejat também mostrou sua indignação para com os críticos e na verdade, foi mais a fundo e citou nomes:

"Um mané chamado Pepe Escobar que escrevia pra Folha de São Paulo (Entrevistadora: E que você não é o único que já quis esganar o Pepe, né?) Eu quase dei um soco na cara dele, ou pelo menos a história diz que aconteceu isso, né? Há controvérsias, mas ele merecia. E a última coisa que eu vi dele é que ele estava cobrindo a guerra no Afeganistão, mas eu fiquei que ele não tenha sido aprisionado numa caverna daquelas lá." Disse o músico sem poupar o nome de Pepe antes de relembrar de uma crítica do mesmo onde havia dito que o baterista da Blitz merecia ser atropelado por um caminhão descendo de uma ladeira e lamentou "Eu fiquei tão revoltado com essa frase e falei 'Pô, como é que o cara consegue colocar dentro de uma crítica um ódio(Entrevistadora: Mortal, né?) e uma coisa tão ruim, sabe, tão pequena e ao mesmo tempo aquilo ali soava como um recalque, sabe. Por que tanto ódio de um baterista de uma banda?"

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O músico Ed Motta também comentou em entrevista sobre os críticos, disse: "Eu acho que cada um de nós tem o direito de ter a sua opinião e o seu gosto, mas que é a crítica? É uma pessoa que foi colocada ali e coloca a opinião dele num jornal, papel, sei lá, numa coisa como uma revista e aquilo tem um raio assim, de que tudo pode. Então, ou as pessoas podem ler e dizer "Ah, legal!" ou não se influenciarem por aquilo. Então quer dizer, eu não respeito por isso, porque é uma coisa completamente tendenciosa." Ed quando recebeu o pedido para fazer uma crítica a si mesmo sobre o seu trabalho, lançou mais uma declaração interessante e que mostra o quanto o músico é firme em relação a sua arte. Alguns dizem que é arrogância, mas eu, considero mesmo é uma declaração interessante e que pode resumir bastante se há necessidade de um crítico dentro da arte, disse: "Eu quero melhorar sempre e eu estou sempre achando que poderia melhorar e enfim, estudar mais! Queria saber escrever pra orquestra, mas sabe, nem estou pensando nisso hoje em dia. Sabe, se eu tivesse que ter críticas, eu teria mais sobre minha conduta como ser humano, que eu sempre tento melhorar, do que pra minha arte. Pra minha arte eu não tenho críticas e nem a minha e nem a dos outros. Ou eu gosto ou não gosto, mas não acho que 'fulano deveria fazer algo meio assim que ia ficar legal' ou 'talvez se o artista tal fizesse uma coisa meio assim ia ficar legal'. Pô, meio assim então o outro faz meio assim, ninguém precisa se transformar em algo. É pra isso que servem os produtores, né? É uma industria de uma maluquice, né. Produtor, crítico de música e vários artistas acreditam nisso. Acreditam friamente num produtor musical que vai falar "vamo ajeitar nisso aqui". Eu não acredito em nada disso e tenho total convicção do que vai ser feito. Olha, o que eu recebo de sugestão... "porque você não faz isso meio assim", se eu tiver que fazer alguma coisa eu vou fazer, pô, eu não estou precisando de sugestão." seguido de umas risadas onde estava nitidamente a incompreensão de Ed Motta sobre como tem gente que acredita nessas dicas de produtor e crítico musical.

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Ed Motta, apesar de falar besteira em diversos momentos, sem sombra de dúvida, é um dos artistas mais completos do Brasil e o mais próximo do Jazz negro estadunidense e em minha humilde opinião, superando em técnica e afinação muitos pioneiros do Jazz estadunidense. Cantando desde os 5 anos, como disse em entrevista ao Jô, é provável que faça música com tanta facilidade, que nem perceba o quanto dicas podem ser construtivas para quem não está no mesmo nível que ele. De qualquer forma, não quero desmerecer a profissão de ninguém, mas cabe ao músico ter noção e bom-senso pra quando uma crítica deve ou não ser ouvida.

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Sobre Edu Leocádio

Nascido em 1996, carioca e meritiense. Guitarrista e violonista cristão. Caminhando no rumo esquerdo da vida.
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