Deftones: Stephen Carpenter pede desculpas após defender Terra plana e antivacina
Por Igor Miranda
Postado em 16 de novembro de 2020
O guitarrista Stephen Carpenter, do Deftones, pediu desculpas publicamente após defender uma série de teorias da conspiração em entrevista ao podcast "Tin Foil Hat With Sam Tripoli". O músico declarou que a Terra é plana, que nenhuma vacina funcionou na história da humanidade e que a pandemia do novo coronavírus pode não ser tão grave assim.
Em nova entrevista, desta vez ao "The Dr. Greenthumb Podcast", o músico destacou que irritou muitos fãs, que o chamaram de insensível, especialmente pelos comentários sobre a pandemia. A transcrição é novamente do site ThePRP.
"Nunca tive a intenção de chatear ninguém com minhas opiniões. Eu só estava dando minhas opiniões. A todos que tenham sentido isso de alguma forma, não quis chatear ou ofender com minha opinião. Acabei ofendendo e deixei pessoas irritadas", disse.
Por isso, Stephen Carpenter optou por se retratar. "A todos que ficaram chateados de alguma forma, sabe, é apenas amor, é sempre sobre amor. Não queria ver ninguém chateado. É por isso que dou minha opinião - para que, com esperança, isso te inspire a fazer algo diferente, ao menos por uma perspectiva alternativa. Mas sem intenção de ofender. Todo o meu amor. Desculpe. Peço desculpas", afirmou.
As falas de Stephen Carpenter
Ao podcast "Tin Foil Hat With Sam Tripoli", Stephen Carpenter reforçou uma série de teorias da conspiração sobre o formato da Terra, a pandemia do novo coronavírus e saúde de uma forma geral.
As informações expressas por Stephen Carpenter são, conforme já pontuado, teorias da conspiração - especulações surgidas após pessoas acreditarem que estejam sendo enganadas. No geral, tais conceitos contestam evidências científicas.
Carpenter, que afirmou estudar teorias da conspiração desde a década de 1990, foi perguntado se acredita que a Terra seja plana. "Com certeza. Se você acha que vive em uma bola espacial giratória e voadora, você está em uma seita. Minha perspectiva é: eu sei que não estamos em uma bola espacial que gira e voa. Agora, o que a Terra é de fato, e a que profundidade tudo isso vai, ainda falta ser descoberto e as pessoas estão trabalhando nisso", respondeu.
O músico também revelou acreditar que nenhum ser humano tenha ido ao espaço e chegou a indicar um vídeo na internet que o fez acreditar no terraplanismo. De início, ele deu risada do conteúdo, mas afirmou que aquilo abriu sua mente. "Foi ali que perdi todo o medo que tinha do espaço. Não tenho medo de sermos atingidos por um asteroide, meteoro, cometa, outro planeta, erupções solares... nada nesse maldito espaço vai te pegar", afirmou.
Dando sequência às teorias da conspiração, Stephen Carpenter afirmou acreditar na possibilidade de estarmos vivendo em uma simulação de realidade. Para ele, que chegou a citar o filme de ficção científica "Matrix" (1999) como um elemento que reforça suas ideias, a suposta simulação de realidade também implicaria que a Terra é plana.
Antivacina e pandemia
O guitarrista também afirmou que nenhuma vacina funcionou em toda a história da humanidade, disse que ninguém pega vírus - que, para ele, são criados dentro do corpo da vítima - e questionou a gravidade da pandemia do novo coronavírus. A doença causou mais de 51 milhões de infectados e resultou em mais de 1,2 milhão de mortes em todo o mundo.
"Nunca houve uma vacina sequer que funcionasse. Não dá para tirar esses venenos do corpo, não há como retirar, ficará no seu corpo para frente e você sofrerá com o que estiver vindo", afirmou.
Para contestar tal visão, o entrevistador citou a vacina da poliomielite, que fez a doença ser erradicada de quase todo o mundo. Stephen Carpenter, então, declarou: "Nunca erradicamos a pólio. Nunca aprendemos. Sou grato pela Covid-19 ter me ensinado a verdadeira teoria dos germes e que o vírus é algo que o corpo cria. Não se pega o vírus de alguém. Você desenvolve vírus porque tem algum veneno ou toxina dentro de você".
Além de questionar a eficácia das máscaras de proteção em meio à pandemia, Carpenter expressou dúvidas sobre o próprio coronavírus. "A população de rua não seria a principal base de informação sobre o vírus? Se fosse realmente mortal e circulasse por um ano, teríamos perdido todas as pessoas que moram na rua. Mas não os perdemos", afirmou.
O músico buscou destacar que, ao expressar suas ideias, não quer desrespeitar aqueles que perderam seus entes queridos pelo vírus. "Claro, nada disso pode ser ignorado, mas eu não conecto isso com a coisa real. É apenas um truque mental", disse.
Outros trechos da transcrição da entrevista podem ser lidos, em inglês, no site ThePRP. A gravação, também em inglês e sem legendas, está no Vimeo.
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