Jim Root, do Slipknot, acha estranho o posicionamento do Rage Against The Machine
Por Bruce William
Postado em 29 de setembro de 2022
Durante entrevista ao Music Radar, o guitarrista do Slipknot, Jim Root, falou sobre como os temas líricos do próximo álbum da banda, "The End, So Far", foram afetados pelo "momento cultural estranho" que estamos vivendo no momento. A informação é do Blabbermouth.
"Tudo é tão bizarro e banal, eu nem sei o que está acontecendo com o mundo agora. Eu não poderia nem dizer o que está acontecendo com a cultura pois, depois de dois anos afastado (por causa da pandemia) você sai e nota que tudo está de cabeça para baixo, é realmente... eu não entendo".
"Eu achava que rock 'n' roll, punk e metal, e todas essas coisas eram para ser anti-establishment e contra a opressão, e agora parece cada vez mais que a palavra de ordem é 'Obedeça!' e faça o que lhe dizem, e isso me parece um retrocesso", diz o músico, explicando que ele não sabe se é o único que se sente assim e que os caras da banda estão mais preocupados com a turnê, com os protocolos de segurança, para que tudo dê certo.
"Nós realmente não checamos uns com os outros para ver como estamos indo, como estamos nos sentindo sobre o estado do mundo e tudo isso, mas quando eu ouço uma banda cantar 'Foda-se, eu não vou faça o que você me diz' me dizendo para fazer o que o governo me diz para fazer, isso me soa algo retrógrado", disse Root, se referindo ao Rage Against The Machine e a música "Killing In The Name", que traz o verso "Fuck you, I will't do what you tell me" repetido 16 vezes, e foi escrita na época como um protesto contra os abusos de poder.
Jim continuou dizendo: "Eu acho que as pessoas estão tão doentes e cansadas de conteúdo sociopolítico que é martelado o tempo todo. Quando vamos tocar, as pessoas simplesmente não querem saber disso. As pessoas têm seus problemas, e as pessoas têm suas coisas com as quais se preocupam. Sim, claro, e sempre se importarão. Mas a maioria das pessoas só quer se desligar, sair e esquecer o mundo por um tempo, e eles querem se divertir".
Nos shows recentes, o Rage Against The Machine exibe nos telões imagens onde condena a violência armada, a brutalidade policial e a recente decisão da Suprema Corte de abolir as proteções federais para o direito ao aborto. Com isso, detratores acusam o RATM de ser "nada mais do que uma banda de marca de shopping com uma mensagem comercializada", que mantém uma "visão politicamente correta que se alinha completamente com a grande mídia e as instituições controladas pelos democratas".
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