Bruce Dickinson assume a culpa por álbum do Maiden que foi terrivelmente mal gravado
Por Bruce William
Postado em 14 de novembro de 2023
Classificar um álbum como bom ou ruim é algo muitas vezes inerentemente subjetivo, influenciado por uma multiplicidade de fatores. O gosto musical é altamente pessoal, variando de acordo com as preferências individuais, experiências culturais e históricas. O que pode ser percebido como uma produção sonora envolvente e inovadora para alguns pode ser interpretado como desinteressante ou ultrapassado para outros. Elementos como composição, produção, desempenho instrumental e letras podem ser apreciados de maneira única por diferentes ouvintes.
A crítica musical, muitas vezes, reflete não apenas os méritos intrínsecos de uma obra, mas também as preferências e bagagens culturais de quem a avalia. Portanto, afirmar categoricamente se um álbum é bom ou ruim implica uma considerável dose de subjetividade. Além disso, o contexto histórico desempenha um papel significativo na apreciação de um álbum. Sem contar que mudanças na tecnologia de gravação, evolução dos estilos musicais e a própria trajetória da banda ao longo do tempo podem influenciar a percepção de um álbum específico.
É o que acontece no caso do Iron Maiden e seu álbum de estreia, de 1980, que embora geralmente seja lembrado como um marco dentro do Heavy Metal, trazendo um som pesado e direto com destaque para a guitarra de Dave Murray e os vocais de Paul Di'Anno, é muitas vezes apontado como um dos mais datados da banda, devido à falta de uso de efeitos e técnicas de gravações mais modernas.
E parece que ninguém menos que Bruce Dickinson concorda com isso, conforme ele declarou na edição de #25 da Brave Words & Bloody Knuckles. Em uma conversa com o escritor e crítico musical Martin Popoff, Bruce revelou que há um álbum do Iron Maiden que ele considera que tem uma terrível qualidade de gravação, e ainda assume parte da culpa pelo resultado final.
"'No Prayer For The Dying' foi um álbum pelo qual tenho que compartilhar a responsabilidade coletiva e também a culpa por possivelmente ser o pior álbum do Maiden em termos de qualidade sonora, com exceção do primeiro álbum do Maiden. Todos nós entramos em uma espécie de loucura coletiva e gravamos em um antigo estúdio móvel da Rolling Stone, em um celeiro no meio do inverno. Em um acesso de entusiasmo, pensamos 'nossa, seremos terrivelmente modernos por gravar na natureza, uma coisa agrícola', então ficávamos correndo por aqui e ali com palha no cabelo fazendo solos de guitarra e coisas do tipo. E simplesmente soa como um álbum terrível. A qualidade sonora é péssima", finaliza o vocalista.
Lançado em outubro de 1990, "No Prayer for the Dying" é o oitavo álbum de estúdio do Iron Maiden, e foi o primeiro a contar com Janick Gers na guitarra, que na época entrou no lugar de Adrian Smith.
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