Richie Kotzen tem orgulho de álbum que gravou com o Poison
Por João Renato Alves
Postado em 14 de março de 2025
Durante um evento no Grammy Museum, em Los Angeles, visando divulgar o próximo álbum do Smith/Kotzen, Richie Kotzen contou como se envolveu com o Poison, registrando o álbum "Native Tongue". Ele declarou, conforme registro em vídeo transcrito pelo Blabbermouth:
"Tenho muito orgulho e boas lembranças do processo de fazer aquele disco. Ainda estão muito vivas na minha mente. Eu era muito jovem. Vim para Los Angeles - mudei para cá. Eu ia e voltava de São Francisco para a Filadélfia, fazendo álbuns porque a Shrapnel Records estava lá. Então, a Interscope comprou meu contrato quando eu tinha 19 ou 20 anos. Eles me mudaram para Los Angeles. Por um ano fiquei trabalhando com Jimmy Iovine (futuro presidente/CEO da Interscope Geffen A&M) e Tom Whalley (futuro presidente/CEO da Warner Bros. Records).
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Então, tivemos Danny Kortchmar pronto para produzir meu álbum, o que foi uma grande coisa para mim, porque ele tinha acabado de fazer o álbum de Don Henley, 'The End Of The Innocence', e eu estava superanimado. No último minuto, a Interscope abortou o projeto e disse: 'Nós não contratamos você para ser um baladeiro.' Eu surtei — tinha apenas 21 anos naquela época — e disse: 'Você não sabe o que está fazendo comigo. Cancele meu contrato, então.'"
O guitarrista e vocalista reconheceu que a tentativa de contato de uma banda da cena hair metal não o empolgou logo de cara. "Quando eles estavam me liberando do contrato, foi Tom Whalley que disse, 'Escute, Bret Michaels telefonou e perguntou sobre você. Ele o viu na capa da Guitar World e quer te conhecer.' Eu surtei ainda mais — eu disse, 'Você está louco? Eu não quero fazer um disco de hard rock. Eu quero fazer essa outra coisa. Eu escrevi todas essas músicas.' Ele insistiu, 'Apenas vá falar com ele. Não acho que você esteja pronto para fazer o disco que pensa estar pronto para fazer.'
Então eu fui ao encontro dele. Dirigi até Calabasas e Bret tinha uma casa incrível na Stunt Road. No minuto em que o conheci, realmente nos demos bem, porque ele também é da Pensilvânia. Senti-me em casa. Nós realmente nos conectamos. Ele me fisgou ao dizer, 'Olha, eu não quero que alguém venha aqui e faça o que lhe mandam. Quero alguém para escrever um álbum junto comigo.' Ele queria um parceiro de composição. Os outros caras também deram suas contribuições, mas fomos principalmente ele e eu que realmente escrevemos juntos, pelo que me lembro."
Entre suas ideias, estava o maior hit do play. "Eu ofereci algumas músicas que estariam no meu disco solo. 'Stand' foi uma delas. Ele adicionou um pouco de sabor a isso, nós trabalhamos nas letras dos versos juntos e adicionamos uma ponte. Foi realmente ótimo. Acho que realmente fizemos um ótimo disco. Ganhou premiação de ouro, e infelizmente, quando conseguimos lançar o segundo single, o que quer que estivesse acontecendo na MTV, simplesmente fecharam as portas e disseram: 'Qualquer banda que era famosa de uma certa época não é mais bem-vinda.' Nós fomos submetidos a isso infelizmente. Mas tirando essa parte, eu amo o disco. Tenho muito orgulho dele."
Em relação a executar o material antigo na turnê, reproduzindo as partes criadas por C.C. DeVille, Richie reconheceu: "Eu realmente não as toquei do mesmo modo. Fiz o melhor que pude, realmente fiz. Mas queria tocá-las de uma forma em que mantivesse a integridade do que foi escrito, mas que também soasse como eu. Não poderia evitar isso. Decidi tocá-las do jeito que as escutava."
Lançado em 8 de fevereiro de 1993, "Native Tongue" foi o quarto álbum de estúdio do Poison. Richie Kotzen teve total liberdade para contribuir com as composições, sendo autor de várias, embora todas elas tenham sido assinadas pelos quatro integrantes – o que o próprio considerou positivo, já que evitaria brigas por direitos e participações nos lucros.
Mostrou a banda experimentando diferentes sonoridades ligadas ao blues, gospel e soul music, com adição de corais e instrumentos como bandolim e dobro. As letras também fugiam do trivial, abordando injustiça social, desilusões e a desglamourização da dependência química.
Músicos como os pianistas Billy Powell (Lynyrd Skynyrd) e Jai Winding (Michael Jackson, The Beach Boys), o baixista Timothy B. Schmit (Eagles), o coral da Primeira Igreja Episcopal Metodista Africana de Los Angeles e o grupo de metais Tower Of Power participaram das gravações.
Chegou ao 16º lugar no The Billboard 200. Ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e platina no Canadá. Kotzen foi mandado embora no meio da turnê de divulgação após o grupo descobrir que ele estava namorando a ex-noiva do baterista Ricki Rockett, Deanna Eve.
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