Andreas Kisser fala sobre seu amor pelo Yes e Steve Howe
Por João Renato Alves
Postado em 08 de abril de 2025
Em 2017, o Sepultura lançou o elogiado álbum "Machine Messiah". O nome do disco remeteu a uma música homônima do Yes, presente em "Drama" (1980). Em depoimento à revista Prog, o guitarrista Andreas Kisser prestou uma homenagem aos ícones britânicos. Ele declarou:
"Entrei na música progressiva por meio de amigos quando tinha talvez 17 ou 18 anos. Não tivemos a chance de ver nenhum dos shows na época porque ninguém veio tocar no Brasil, mas estávamos ouvindo King Crimson, Pink Floyd, Emerson Lake and Palmer.
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O Yes era meu favorito, no entanto – especialmente Steve Howe. Gostava do estilo e da técnica dele, a maneira como incorporou elementos do violão clássico e do violão folk. Quando comecei a tocar, não sabia ler música, então tocava de ouvido. ‘Mood For A Day’ do Yes foi uma das músicas que comecei a tocar. Isso me fez perceber que muitas coisas que eu achava impossíveis eram possíveis.
Steve Howe me mostrou isso por meio de sua música em canções como ‘Clap’ e álbuns como ‘Tales From Topographic Oceans’, que tem muitas peças acústicas lindas. Eu amo seu material solo também, mas o Yes foi uma grande influência na minha vida – e ainda é. Até agora eu encontro coisas novas na música deles. E o álbum ‘Machine Messiah’ do Sepultura tem o nome de uma música do ‘Drama’.

O Yes é um ótimo professor, não só musicalmente, mas também liricamente. Eles falam sobre tantas coisas diferentes e escrevem lindas poesias. Meu álbum favorito tem que ser ‘Close To The Edge’, mas eu gosto do ‘Relayer’ também – Patrick Moraz fez um ótimo trabalho. E eu amo Trevor Rabin também!
Vi essa formação quando eles foram ao Rock In Rio em 1985. Também tive a oportunidade de ver o show solo de Chris Squire quando morei em Phoenix nos anos 90. Ele tocou em um local muito pequeno com Alan White na bateria – foi fantástico! Eu os vi todos tocando juntos novamente na Union Tour e foi tão inspirador ver que eles conseguiram deixar qualquer animosidade de lado e simplesmente subir no palco para tocar.

O Sepultura realmente tocou com o Yes no Sweden Rock Festival em 2003, e tivemos o privilégio de estar no mesmo avião. Conversei com Jon Anderson e Rick Wakeman, e tiramos fotos. Eles foram tão legais. Estávamos em palcos diferentes – mas pelo menos posso dizer que tocamos com o Yes!"
Além da influência artística, Andreas Kisser pode se orgulhar de ter outro paralelo com Steve Howe. Ambos não eram os guitarristas originais de suas bandas e acabaram assumindo a linha de frente com o passar dos anos. Também se tornaram referências em seus gêneros pela versatilidade no vocabulário musical em comparação a outros guitarristas.

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