Tom Angelripper (Sodom) explica por que você não deve ouvir heavy metal no smartphone
Por João Renato Alves
Postado em 20 de junho de 2025
O baixista e vocalista do Sodom, Tom "Angelripper" Such, entende que você não deve ouvir heavy metal no smartphone. O líder da banda thrash alemã explicou sua teoria durante entrevista ao Blabbermouth. Para tal, o músico se valeu de aspectos técnicos, conforme repercussão do Metal Injection.
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"O único problema é que, no final das contas, tudo é digital. Se você grava em um CD ou faz uma masterização do álbum, o engenheiro de som diz: 'No final, temos que compactar o arquivo inteiro'. Antes de masterizarmos as músicas, as guitarras eram posicionadas à esquerda e à direita, bem distantes da bateria. A produção fica totalmente aberta."
Tom se refere à riqueza sonora que é eliminada quando uma faixa é alterada para se adaptar aos alto-falantes do celular. "A maioria das pessoas ouve música no smartphone. É preciso compactá-la para conseguir ouvir as guitarras. Eu não ouço no celular. Tenho meu amplificador de alta fidelidade em casa. Quando escuto música, quero ter o melhor som possível."

Para Angelripper, não é apenas uma questão de preferência, está ligado à filosofia por trás do som do Sodom. A abordagem deles em estúdio é metódica, deliberada e, acima de tudo, analógica onde importa. É por isso que a banda gravou seu último álbum ao vivo no estúdio.
"Gravar digitalmente é barato. Testamos versões diferentes das músicas e depois decidimos quais ficam melhores quando começamos a mixar. Na minha opinião, há uma diferença significativa entre mixar a bateria e adicionar samples a ela, o que muitas bandas fazem. Eles colocam samples de caixa, efeitos de trigger nos bumbos ou adicionam algo aos tons. Eu odeio isso! Então, conseguimos um som completamente natural, que realmente prefiro. Prefiro os sons de bateria dos anos 80. Algumas bandas possuem um som especial, é meio que uma marca registrada, como o Venom. É a marca registrada deles, o som de bateria grande."

Sendo assim, não espanta que Tom procure deixar tudo o mais artesanal possível, mesmo recorrendo às tecnologias atuais. "É caro, mas quero uma bateria orgânica e autêntica. Gravamos as guitarras no computador, mas usamos microfones na frente das caixas de som, como em um show ao vivo. Sei que muitos guitarristas usam amplificadores Kemper e amplificadores de perfil. Tudo bem. Mas não é algo que eu queira."
"The Arsonist", novo álbum do Sodom, sai no próximo dia 27 de junho, via SPV/Steamhammer. Além de Tom, a formação conta com Frank Blackfire (guitarra), Yorck Segatz (guitarra) e Toni Merkel (bateria). A princípio, não haverá turnê de divulgação, já que a banda está dando um tempo nas atividades de palco.

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