Por que jovens fazem metal extremo de qualidade, segundo Tobias Forge, líder do Ghost

Fundado e liderado pelo cantor e compositor sueco Tobias Forge, o Ghost faz um som único. O grupo mescla elementos de diferentes estilos, do hard rock ao heavy metal, criando uma sonoridade cativante que contrasta com letras profundas e, por vezes, macabras.

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Embora a abordagem musical do Ghost não apresente traços evidentes de metal extremo, Tobias Forge nutre uma grande paixão por essa vertente da música pesada. O músico, que encarna o personagem Papa Emeritus, deixou isso claro em uma entrevista concedida à Metal Hammer.

A reportagem em questão traz os 50 maiores discos de metal das últimas cinco décadas, na opinião de grandes músicos. Tobias elegeu "Seven Churches", clássico que marca a estreia da banda de death metal Possessed, cujos integrantes tinham, na época do lançamento, entre 17 e 21 anos. Ele defendeu a tese de que jovens fazem música extrema de qualidade.

"A maior parte da boa música no metal, especialmente no metal extremo, é feita por indivíduos muito jovens. Há algo muito diferente no fogo e na empolgação de uma mente jovem que você não consegue com frequência em pessoas que amadureceram e, ouso dizer, se acalmaram."

Na sequência, o vocalista do Ghost comentou a produção rústica do disco, deixando claro que não aprecia trabalhos excessivamente "polidos". Por essa razão, ele prefere ouvir álbuns mais antigos.

"‘Seven Churches’ é a síntese perfeita da raiva juvenil. A produção pode soar um pouco crua para o público de hoje, mas é assim que eu gosto que meu metal soe. Quando a produção do death metal começou a mudar em meados dos anos 90, foi aí que eu comecei a pensar: ‘Eca!’. Eu odiava isso, e é por isso que volto a ouvir álbuns como este."

O trabalho mais recente do Ghost é "Skeletá", lançado em abril deste ano. Sucessor de "Impera" (2022), o álbum alcançou o topo das paradas da Billboard.

Ghost faz história e chega ao número 1 da Billboard com "Skeletá"