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Arandu Arakuaa: entrevista com Zândhio Huku sobre metal e afirmação cultural indígena

Por André Garcia
Postado em 20 de dezembro de 2021

"Não habitamos uma nação, mas uma língua" disse o pessimista filósofo Emil Cioran. E a língua de um povo é sua terra natal também para Zândhio Huku, multi-instrumentista e compositor, fundador do Arandu Arakuaa, banda que preserva a cultura indígena a misturando com viola caipira e heavy metal.

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Nesta entrevista, ele fala sobre a história da banda, colonialismo cultural, a reação do público, seu trabalho como pedagogo e ainda dá sua opinião sobre as representações indígenas em alguns clássicos de nossa música.

Em 1986, você ainda era criança quando as rádios foram conquistadas por um grande sucesso do rock nacional: "Índios", da Legião Urbana. Como você se sentia em relação a essa música?

Zândhio Huku: Eu só tive acesso a esse tipo de música durante a adolescência, já na segunda metade dos anos 90: onde cresci não tínhamos acesso nem a energia elétrica, muito a rádio. A primeira vez que ouvi Índios me pareceu apenas uma música típica da banda, abordando política de forma, digamos, emotiva.

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Não entendi como a questão indígena se encaixava nela, mas depois percebi como as pessoas romantizavam sua mensagem. Ela me parece expressar a visão do "bom selvagem" em relação aos indígenas. Talvez nem tenha sido intencional por parte do Renato Russo, talvez tenha sido só a forma que ele, como artista, se comunicava com seu público.

Na sua adolescência, mais uma polêmica representação indígena domina as rádios: "Cachimbo da Paz", de Gabriel o Pensador. O que você acha dessa música?

Zândhio Huku: Lembro bem que na época essa música tocava o tempo todo, a galera cantava nas rodinhas de violão na escola… Tem que se levar em consideração que ela foi composta na década de 90 por um jovem carioca de classe média, que se comunicava de uma forma bem específica com seu público.

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A letra fala do indígena com uma visão bem caricata, mas deixa em aberto muitas possibilidades. O que, artisticamente falando, eu acho ótimo! Essa imagem folclórica que os brasileiros têm dos indígenas também pode ser usada como provocação para estimular a desconstrução desse estereótipo. Acredito que essa tenha sido a intenção do Pensador.

Dizem que a história nada mais é do que o registro da versão dos fatos daqueles que venceram a guerra. Como foi para você se formar pedagogo e poder recontar o descobrimento do Brasil pela perspectiva dos povos originários?

Zândhio Huku: Eu atuo na rede pública do Distrito Federal, e enquanto educador é uma luta diária desconstruir a perspectiva eurocêntrica. Mas é algo que, se você fala com propriedade e pertencimento, os estudantes entendem. Confesso que não vejo diferença entre meu trabalho como educador e meu trabalho musical. São apenas espaços e públicos diferentes.

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Em 2008 é lançado o primeiro site totalmente escrito em língua indígena, e também é formado o Arandu Arakuaa. No entanto, levou um tempo até que uma formação se estabilizasse. Como foram esses primeiros anos da banda?

Zândhio Huku: Eu era apenas um professorzinho sonhador que tinha acabado de chegar do interior e queria formar uma banda na periferia do Distrito Federal. Os grandes músicos da região não tinham interesse em se juntarem a mim, então essa primeira fase foi marcada pela entrada e saída de músicos que sequer entendiam a proposta.

Nesse meio tempo fui me aprimorando como músico e compositor, até que gravei uma demo sozinho, cantando e tocando todos os instrumentos. Foi através dela que consegui reunir uma formação estável em janeiro de 2011.

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O primeiro álbum, "Kó Yby Oré", já deixou muito clara a proposta da banda apresentando do começo ao fim. Como foi o processo de gravação?

Zândhio Huku: Lançamos um EP um ano antes, em 2012, mas a gravação de "Kô Yby Oré" foi nossa primeira experiência profissional de fato. Gravamos em um estúdio bom e com um excelente produtor, o mestre Caio Duarte, que desde então assinou a produção de todos os nossos trabalhos. É sempre um grande prazer e aprendizado trabalhar com ele.

Gravar nosso primeiro álbum foi a realização de um sonho para todos na banda! Tenho ótimas memórias de todo o processo, acompanhei todas as sessões, todas as gravações.

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Você, assim como Chico Science, se apropriou de música estrangeira, virando o feitiço do imperialismo cultural contra ele mesmo, com um movimento autoafirmativo. Ele te influenciou?

Zândhio Huku: Totalmente! Chico Science e Nação Zumbi foram fundamentais para minha geração, e ainda são até hoje. Em 2014 tivemos a oportunidade de tocar no mesmo festival que eles, então conversamos com os integrantes e, claro, aproveitei para dizer que aquilo era tudo culpa deles [risos].

Você disse em uma entrevista que quem chega até a banda pela cultura indígena costuma estranhar o peso da música, enquanto quem chega pela música costuma estranhar a cultura indígena. Como é ser estranhado por gregos e troianos?

Zândhio Huku: Nós apenas não tentamos agradar [risos]. Na verdade, a resistência inicial de ambos os lados era apenas fruto da desinformação e preconceito. Rompida essa barreira, as pessoas ficam confortáveis para ouvir a música e decidirem por elas mesmas se gostam ou não. Nosso papel é apenas fazer com que a música chegue até elas.

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Em uma entrevista em 2016 você narrou uma cena lamentável que eventualmente acontecia: um fã ir até vocês, e os amigos dele ficarem de longe, com os braços cruzados e de cara feia, em nítida rejeição. Isso ainda acontece?

Zândhio Huku: Felizmente isso tem acontecido menos, talvez pelo fato de que a banda já é mais conhecida, já está mais estabelecida na cena. Ou então é por eu estar mais velho agora, talvez seja respeito pelos mais velhos [risos].

Enquanto no trabalho de estreia a banda alternava entre diferentes estilos, no segundo álbum, "Wdê Nnãkrda", as influências são misturadas. Você considera isso uma evolução natural?

Zândhio Huku: Sim. Em qualquer banda no primeiro registo é natural que ideias sejam lançadas para serem exploradas nos trabalhos seguintes. Ainda mais se tratando de um tipo de linguagem que estávamos construindo nós mesmos, e sem referências diretas.

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E como foi o processo de gravação do segundo álbum em comparação ao primeiro?

Zândhio Huku: Quando gravamos "Kó Yby Oré" eu já tinha o esqueleto da maioria das músicas do "Wdê Nnãkrda", mas internamente havia muita insegurança. No segundo disco já tínhamos a validação do público, as partes de viola caipira tiveram uma excelente recepção…

Nunca duvidei que estávamos no caminho certo, e eu estava feliz por estarmos nos aproximando do que sempre foi a minha ideia para a banda. Encontramos nosso diferencial, que são as influências de música indígena e regional do norte e nordeste, então seria um crime abandonar aquilo por uma questão de mercado.

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Então nesse período houve pressão para que vocês escolhessem caminhos mais comerciais?

Zândhio Huku: Sim, houve certa pressão por parte do público e da crítica para que fossemos uma espécie de Arch Enemy brasileiro, o que seria ridículo. Parece que para as pessoas se tem vocal feminino tem que ser como o Nightwish.

Até hoje volta e meia alguém ainda vem com esse papo de que o som poderia ser mais porrada, ou algo assim, mas nós estamos apenas trilhando nosso próprio caminho.

"Wdê Nnãkrda" termina com a faixa "Povo Vermelho", cantada em português. Por que decidiu por esse encerramento? Como foi a recepção dessa música?

Zândhio Huku: Não foi algo planejado. Geralmente eu já componho as músicas com letras em tupi, xerente, xavante… Essa letra surgiu em português e tinha relação direta com o conceito do disco, então ficou. A letra dela já diz tudo. Ela está entre as nossas músicas mais ouvidas.

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Em 2018 foi lançado o terceiro álbum, "Mrã Waze", com uma formação quase completamente diferente: só você mesmo permaneceu. O que aconteceu?

Zândhio Huku: Foi o processo natural da maioria das bandas que não conseguem assinar com um selo de grande ou médio porte. O caminho do artista independente é muito duro e sofrido, temos que abrir mão de tantas coisas importantes para seguir fazendo arte.

Essa formação era para ter ido só até o fim da turnê do primeiro disco, então ela na verdade durou muito mais que o esperado. Sou muito grato a eles pela bem sucedida parceria de quase seis anos, especialmente ao baixista: Saulo Lucena gravou o Mrã Waze já sabendo que se mudaria para a Paraíba antes mesmo do lançamento.

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A mudança foi muito positiva, foi importante para a longevidade da banda.

Você ficou satisfeito com o resultado final do disco?

Zândhio Huku: Sim. A meu ver foi no "Mrã Waze" que realmente consolidamos a sonoridade do Arandu Arakuaa. Se a banda tivesse acabado após o lançamento dele, eu já poderia morrer em paz.

"Mrã Waze" foi trilha sonora do game indie "Araní". Como foi o contato com um universo tão diferente, e como isso contribuiu com o álbum?

Zândhio Huku: O pessoal do game fez contato comigo cerca de dois anos antes da gravação do "Mrã Waze", ele já foi concebido para ter a trilha sonora exclusivamente do Arandu Arakuaa. Na hora de entrar no estúdio o projeto do game foi aprovado, então gravamos com essa motivação a mais.

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E também fizemos a música tema da personagem principal, que será lançada exclusivamente com o game.

O escritor Daniel Munduruku declarou fazer distinção entre os termos "índio" e "indígena", apontando o primeiro como pejorativo. Você concorda? E o que você acha do que temos aqui no Brasil como o dia do índio?

Zândhio Huku: Eu concordo. Aliás, se alguém tem propriedade para falar sobre isso é o professor Daniel Munduruku. Quanto ao dia do índio, é só uma data. Todo dia é dia de índio, estamos aqui há milhares de anos antes da invasão dos portugueses.

Tupi é uma das diversas línguas existentes no Brasil que, por serem de tradição oral, correm o risco de desaparecer nas próximas décadas. Você acredita que a adoção da cultura escrita é hoje necessária para a preservação dessas línguas?

Com certeza. Aliás, é um movimento que já vem sendo feito. Cada vez mais temos publicações em idiomas indígenas, bem como artistas indígenas escrevendo e cantando em seus idiomas.

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O que você tem a dizer a respeito da atuação do governo Jair Bolsonaro nas pautas da comunidade indígena?

Zândhio Huku: Qualquer um com o mínimo de bom senso sempre soube que eleger esse sujeito daria no caos pelo qual estamos passando. Infelizmente a maioria dos eleitores foi burra e escrota o suficiente para permitir que isso acontecesse. Esse governo é o pior possível em todos os setores, não apenas nas pautas relacionadas a povos indígenas ou meio ambiente.

Agora em 2021 Arandu Arakuaa retornou com o lançamento de um single a cada dois meses. Como está sendo esse projeto?

Zândhio Huku: Esse formato de singles é muito utilizado por grande das bandas há tempos, nós que ficamos muito apegados à ideia de álbuns completos. Em breve essas músicas serão lançadas como álbum na Itália. Também pretendo começar a gravar novas músicas.

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Um de seus hobbies é conhecer músicas regionais de lugares diferentes. Você conhece o zamrock? E o que você mais tem ouvido ultimamente?

Zândhio Huku: Eu não conheço o zamrock, vou ouvir. Estou sempre em busca de artistas de diferentes países que fazem essa fusão com sua música local. Tenho ouvido Shye Ben-Tzur, um compositor israelense que vive na índia. Mas meu xodó maior é a música indígena brasileira feita nas aldeias e também toda a diversidade musical regional do norte e nordeste.

O que você acha da campanha feita por Sting ao lado do cacique Raoni pela preservação das terras indígenas no Brasil? Você o vê como um oportunista? Impostor? Ele contribuiu positivamente para a causa?

Zândhio Huku: Sting já era um artista consagrado, eu acredito que ele realmente quis contribuir e fez de coração. Com certeza foi uma experiência muito mais enriquecedora a nível pessoal para ele do que para o cacique Raoni. Que, aliás, segue até hoje nessa dura missão de defender nossas terras, florestas, animais e rios.

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Para finalizar: você prefere que chamem Arandu Arakuaa de metal indígena ou simplesmente heavy metal?

Zândhio Huku: Indígena vem antes de qualquer coisa, o resto é apenas o recheio do bolo.

Mais informações:
https://www.instagram.com/aranduarakuaa
https://www.youtube.com/aranduarakuaa

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Sobre André Garcia

Sou redator e tradutor freelancer e escritor, autor do livro de contos Liber IMP. Ouço rock desde pequeno, leio coisas sobre bandas desde sempre e escrevo sobre ela já tem anos. Cresci como fã de Iron Maiden e paladino do rock, mas já me tratei. Hoje sou fã de nomes como Beatles, David Bowie, The Cure, Kraftwerk e Velvet Underground, e de cenas como a Londres psicodélica, a Nova Iorque proto-punk e a Manchester pós-punk. Escrevo notas e notícias rápidas para o Whiplash.Net visando compartilhar conteúdo relevante sobre música e cultura pop.
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