Lamb Of God: vendendo discos para ajudar indústria musical
Por Miguel Oliveira Vellasco
Fonte: Blabbermouth
Postado em 28 de dezembro de 2008
Dallas VonKillbolt, da Synthesis, recentemente fez uma entrevista com Mark Morton, guitarrista do LAMB OF GOD, que teve como principal tema o novo álbum da banda, "Wrath".
Synthesis: Que tipo de mudanças nós estaremos vendo no novo álbum, "Wrath" que são contrárias ao último CD, "Sacrament"?
Mark: "Tem definitivamente algumas mudanças; algumas absolutamente significantes, eu diria. De um lado a outro, eu caracterizaria esse CD como um pouco mais rústico, mais agressivo e orgânico. Pra mim, esse disco soa como a banda tocando em sua frente, enquanto o 'Sacrament' teve mais polimento de estúdio. Não é pra criticar, mas essa é só uma maneira diferente de fazer um disco. Nós estávamos realmente tentando alcançar um certo nível de perfeição quando chegamos ao 'Sacrament', algo que basicamente nós fizemos, enquanto no 'Wrath' estávamos tentanto ser mais do que 'personagens', entende? Tinha muita coisa que não era perfeita, mas nós deixamos de lado porquê soava bem e tinha nossa própria indentidade".
Synthesis: Vocês têm alguma preocupação em tentar fazer uma obra prima?
Mark: "Não. Essas coisas estão fora do nosso controle. Nós só fizemos o disco que queríamos fazer. Isso era o que nós tinhamos que fazer, e é tudo o que nós podíamos fazer. Quantas unidades nós vendemos querendo ou não vai tudo para o Grammy de novo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu estou certamente satisfeito que essas coisas aconteceram e fico grato por isso, mas no fim das contas tem realmente muito pouco a ver comigo, eu só faço música".
Synthesis: Todos sabemos o que a indústria da música está sofrendo, especialmente os grandes selos. Vocês lançaram a 'Deluxe Producer's Edition' do 'Sacrament' que trazia faixas para os fãs remixarem. Como as bandas farão para ganhar dinheiro em uma indústria que está falindo?
Mark: "Você está certo, são tempos diferentes para a indústria da música, e tem sido assim por um tempo. Pela minha perspectiva e eu tenho estado no jogo há algum tempo, o objetivo nunca foi a venda de discos. Eu admito, é ótimo vender discos; nós temos vendido um bocado deles e estou contente, mas em termos de como ganhar a vida, o lance é cair na estrada e fazer shows. Hoje o objetivo é vender ingressos e camisetas, e desde a 1ª vez que nos pagaram $100 para tocar num bar até agora, estamos vivendo apenas de música, tem sido assim desde então. Eu acho que as companhias de discos estão se debatendo e com pressa em parar o sangramento e calculando como salvar a indústria de modo geral. De nossa parte, ajudamos a vender muitos discos, e certamente fazemos bem esse trabalho, embora nos últimos tempos o objetivo tem sido excursionar e tocar as músicas ao vivo. Vender discos é para nós uma forma de cuspir fora nosso novo material e dar às pessoas algo para ouvir entre os shows".
Leia a entrevista completa (em inglês) neste link.
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