Thin Lizzy: "não seria correto gravar um disco"
Por Victor Guilherme Chaves
Fonte: Blabbermouth
Postado em 19 de novembro de 2007
Mike Elliott, do KomodoRock.com, conduziu recentemente uma entrevista com o guitarrista e atual vocalista do THIN LIZZY, John Sykes (N. do T.: o guitarrista também já passou pelo STREETFIGHTER, pelo TYGERS OF PAN TANG e pelo WHITESNAKE, além de fundar o BLUE MURDER e gravar vários álbuns solo), que explicou como surgiu a idéia de remontar a banda.
KomodoRock.com: Eu sei que sempre disseram que vocês não farão um novo álbum. Isso ainda é o caso?
Sykes: "Eu não acho isso certo. O objetivo dessa encarnação da banda é principalmente lembrar do Phil (o falecido 'frontman' do grupo), e fazer um tributo à sua música e ao seu legado. É realmente sobre isso, não sobre fazer novas músicas. É sobre sua influência e sua música serem eternas - e que dádiva isso é para nós – através da sua música e de suas letras. Phil era um tipo de gigante, se você conhecesse ele… Ele tinha a presençe de mil homens. Ele nasceu para ser um 'Rock Star'".
KomodoRock.com: Não tive este privilégio.
Sykes: "Acredite em mim, ele era único. Eu estive nesse jogo (o meio musical) por muito tempo e nunca conheci ninguém como ele. O fato é que nós tocamos hoje e têm muitos jovens no público. Eu pergunto para eles, garotos de 16 ou 17 anos: 'Como foi que você conheceu o Thin Lizzy?' e muitos respondem: 'nós crescemos ouvindo isso, com nossos pais'. É fantástico ver como o público jovem vem e curte tanto. É uma prova de como as músicas do Phil são ótimas e eternas".
KomodoRock.com: Eu acho que deve ser uma prova de como o trabalho que vocês estão fazendo é bom e como vocês mantêm o legado.
Sykes: "Nós vamos lá e damos tudo de nós, definitivamente 100% toda noite. Nós gostamos de fazer isso, eu adoro tocar com Scott e há várias partes ótimas de guitarra. Tudo isso é interessante para nós".
KomodoRock.com: Você já se preocupou com a responsabilidade de estar substituindo esse gigante?
Sykes: "Foi assim que isso começou: eu estava no Japão, fazendo muitas coisas solo, trabalhando lá por vários anos e as pessoas continuavam me perguntando: 'Tem algum jeito do Thin Lizzy se reunir?'. E eu dizia: 'Como eu poderia estar lá sem o Phil?'. E mesmo assim continuavam perguntando de novo e de novo. Eu fiz um álbum ao vivo e eu acho que toquei 'Cold Sweat' ou algo, e eles continuavam perguntando e perguntando. Finalmente, assumindo um risco, eu liguei para o Scott (Gorham, guitarrista) e falei: 'Scott, eu sei que parece loucura, mas esses japoneses continuam me perguntando se nós vamos nos reunir e tocar de novo', então eu expliquei para ele o que estava acontecendo. E ele disse: 'Me manda o CD e me deixa dar uma conferida' e ele ouviu e disse 'É, ele está muito bom'. A próxima coisa que ele fez foi chamar o Brian Downey (baterista e único membro da formação original) e as coisas começaram a funcionar. Todo mundo concordou com isso, eu acho que era 1992 ou alguma coisa assim, no início dos anos noventa. Foi assim que as coisas começaram a acontecer. Eu nunca sonharia que nós poderíamos fazer isso novamente um dia, mas nós tivemos uma recepção tão boa, e aí começaram a nos chamar para tocar em várias áreas diferentes. E uma coisa acabou levando à outra. A música do Phil parece se tornar cada vez mais forte".
"Essa nova música de hoje não parece ter esse mesmo tipo de profundidade ou peso que os anos 70 tinham. É engraçado porque quando nós estávamos crescendo na década de setenta não sabíamos que aquelas bandas, como o Black Sabbath, iriam se tornar ícones da atualidade. E eles são os padrinhos do Metal".
Leia a entrevista completa (em inglês) no komodorock.com.
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