Agaurez: Biografia da horda de Belo Horizonte
Por Emanuel Seagal
Fonte: Agaurez
Postado em 19 de março de 2020
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HISTÓRICO
Em meados de 1998, surge, em Belo Horizonte, a horda de black metal Agaures (à época ainda grafada com um "S") com uma proposta sonora que se expressa entre as novas concepções de música extrema e a potência da ideologia do anticristianismo racional. Durante o ano de 2000, dois materiais não oficiais foram lançados e divulgados por todo o território nacional. A demo ensaio "Obscure Shades" e o promo CD ao vivo "Living Forms Of Obscure Shades" receberam várias críticas positivas, trazendo, assim, os meios para a produção do primeiro material oficial.
O primeiro álbum, denominado " Un-Virtue-Vitae" foi produzido em 2001 e lançado no segundo semestre do ano seguinte, através da Demise Records (Extreme Label). Desde então, a banda fez uma extensa divulgação de seu material, entre shows e participações em coletâneas, como a "Extreme Underground" e a "An Evil Existence For Rotting Christ", entre 2002 e 2005. A horda Agaurez (agora grafado com "Z", uma mudança caracterizada pela busca por um som cada vez mais extremo) continuou produzindo material inédito e tocando ao vivo até 2006, quando decidiu entrar em um hiato por tempo indeterminado.
Esta pausa durou até 2013, quando, motivados por uma intensa vontade de produzir novamente, antigos membros de vários períodos da banda se reuniram para tocar juntos e decidiram voltar com as atividades da Agaurez. Nesta nova fase, a banda continuou numa transição de um Black Metal mais tradicional, por assim dizer, para um som mais extremo, com influências Death e Thrash Metal, abandonando os característicos teclados do primeiro álbum.
Passados alguns anos do retorno da banda, a Agaurez produziu material inédito o suficiente para a gravação de um novo álbum, chamado "The Five Sigils", como uma proposta sonora e lírica que é uma evolução de toda a história da horda e que consideramos a nossa maior obra até agora. Este lançamento rendeu também um contrato com a lendária gravadora "Cogumelo Records", responsável pelos maiores lançamentos do Metal Nacional.
O DISCO
"The Five Sigils", ou "Os Cinco Sigilos" é uma obra que surgiu a partir de uma crítica a uma sociedade cada vez mais conservadora e teocrata que impõe sobre todos nós uma visão de mundo limitante e nefasta. Neste álbum, utilizamos o pensamento crítico, o ocultismo e a filosofia como ferramentas para derrubar esse tipo de imposição. O número cinco é algo que se tornou simbólico para a Agaurez: foram cinco anos desde o retorno da banda até a gravação do disco, cinco são os membros atuais, cinco são as músicas deste trabalho. Sendo assim, elaboramos também cinco sigilos incorporados a cada faixa.
"The Will To Power" - A primeira música do disco tem inspiração nas obras de F.W. Nietzsche e é uma forte crítica ao cristianismo e ao que o filósofo chama de "moral do rebanho"; ou seja, a submissão do indivíduo aos interesses de uma moral inventada por uma elite clerical e econômica cujo único empenho é propagar seus próprios interesses em nome de falsos deuses. O martelo do iconoclasta.
"A Diabolical Manifesto" - Uma viagem alegórica ao lugar que muitas culturas chamariam de "inferno", mas que na verdade é um lugar de conhecimento e poder, um conhecimento que sempre foi proibido e execrado pelos detentores de uma pretensa "verdade". A blasfêmia. Nossa inspiração para essa jornada passa pelas obras de Aleister Crowley e pelo "Paraíso Perdido" de John Milton. Bebamos do Cálice de Babalon e o conhecimento fluirá por nossas veias através dos Éons.
"Carcosa" - Baseada na obra "O Rei de Amarelo" de Robert Chambers, "Carcosa" é uma cidade ancestral lúgubre e misteriosa, de localização desconhecida, que aparece para algumas pessoas em seus sonhos, e cujo mero vislumbre pode ser enlouquecedor.
"Serpents"- A primeira música escrita após o retorno da Agaurez em 2013, "Serpents" trata de um simulacro do paraíso, de uma metafísica trágica que paira sobre a humanidade desde que as religiões abraâmicas se sobrepuseram ao xamanismo e paganismo; e de como o conhecimento proveniente da natureza se tornou proscrito, simbolizado pela árvore proibida.
"Spiteful Catharsis" - Descrição de um pesadelo e uma visão extremamente niilista de um poço sem fundo ao qual estamos constantemente expostos, a proposta dessa música é estritamente catártica, um grito vindo de um lugar negro e profundo que se esconde em nosso subconsciente.
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