Aleister Crowley: o Rei do Inferno
Por Ernanes Pinheiro da Costa
Fonte: UNIR
Postado em 24 de fevereiro de 2019
O escritor inglês ALEISTER CROWLEY nasceu em outubro de 1875, cursou Filosofia e Letras na Universidade de Cambridge, teve uma vida agitada após seus 20 anos, dono de uma pequena fortuna, herdou do seu pai só o dinheiro, já que ele era um cristão fervoroso e educou Crowley até os 10 anos no mais severo cristianismo, sua vida se torna tumultuada por suas convicções filosóficas, religiosas e místicas, logo ficou conhecido como a grande Besta 666, ou por outros nomes que tentam aproximá-lo da magia obscura do mundo maligno criado no imaginário humano.
Autor de diversas obras, entre elas a que tomamos como base, "Os Livros Sagrados de Thelema", ALEISTER CROWLEY não se considerava autor desses livros sagrados, por dizer ter sido "inspirado" por divindade, louco para alguns, herói para outros, o fato é que sua doutrina e seus ensinamentos moldaram uma geração de almas marcando-as no campo da religiosidade, filosofia e principalmente no espirito aventureiro da cultura ou contracultura, ou ainda da liberdade, serviu de inspiração para muitas bandas de rock n' roll a partir de 1960, bandas como LED ZEPPELIN, ROLLING STONE, IRON MAIDEN e BLACK SABBATH, e pelos cantores BRUCE DICKINSON, OZZY OSBOURNE, DAVID BOWIE, RAUL SEIXAS e JOHN FRUSCIANTE. O cantor e compositor brasileiro RAUL SEIXAS foi um grande divulgador e seguidor da obra de ALEISTER CROWLEY. Suas principais canções sobre Crowley e a Thelema são "Sociedade Alternativa", "Novo Aeon", "Loteria de Babilônia" e "A Lei". Em contrapartida o cantor britânico OZZY OSBOURNE faz uma explícita referência musical na canção "Mr. Crowley" que ao contrário dos outros músicos, OZZY OSBOURNE fazia uma crítica a Crowley. "Mr. Crowley" foi lançada no álbum Blizzard of Ozz, de 1980. Além disso, o próprio nome do álbum do Ozzy Diary of a Madman (Diário de um Louco) é atribuído a ALEISTER CROWLEY.
Em Os Livros Sagrados de Thelema, compêndio de livros onde os ensinamento do enigmático ALEISTER CROWLEY com o formato parecido com o da bíblia tal qual a conhecemos, nos apresenta um ocultismo sofisticado uma magia branca e as profecias de um Novo Aeon, segundo o professor pesquisador Dr. Vitor Cei, o Thelema oferece um conjunto coerente e consistente de crenças e preceitos, o sistema Thelemico de consecução espiritual ensina que toda pessoa tem de dar sentido a própria vida, em vez de esperar que um poder transcendente justifique o mundo. Tanto na orelha do livro como no prefacio o pesquisador nos apresenta magistralmente como são as divisões sagradas dos livros de Thelema, segundo ele "Assim, constitui o patrimônio espiritual thelemita, mas que não se reduz a um conteúdo formalizado em determinada escritura, na qual os débitos precisam acreditar e observá-la cegamente, pois Thelema é, antes de tudo, uma experiência interior". (Cei, p.08)
ALEISTER CROWLEY, ao contrário do que muitos pensam, não era um satanista até porque ele não poderia ser o que ele não acreditava, ou seja, ele não acreditava no diabo ele explicava isso dizendo que o diabo seria qualquer Deus que não fosse o deus cristão, em outras palavras, o diabo só existiria para os cristãos. O nome grande besta "666" na verdade foi um apelido dado por sua mãe, com referência ao comportamento dele enquanto criança.
ALEISTER CROWLEY, tentando viver o lema "Faz o que tu queres deverá ser o todo da lei", chegou a criar uma sociedade alternativa na Itália onde ele e os Thelemitas não estivessem sobre o jugo da lei e da mora. Nessa Abadia de Thelema foram implantadas as doutrinas e rituais tenebrosos, como por exemplo, em contraposição à hóstia cristã, o bolo produzido para seita onde os ingredientes eram farinha de trigo e mel misturados a ingredientes não tão comuns como sangue de animal ou humano bem como esperma ou sangue de menstruação misturados e compartilhados com os seguidores. Porém, neste local uma filha recém nascida morreu devido a falta de saneamento juntamente com mais alguns seguidores, fato que desencadeou a expulsão da Itália de Crowley depois que sua mulher o denunciou às autoridades fascistas. Consta também desta denuncia as obrigações sexuais imposta por Crowley de sua mulher com animais.
A biografia do ocultista de ALEISTER CROWLEY é muito complexa, por seus inúmeros feitos, a ele alguns atribui até a alta espionagem é o que tenta provar Richard B. Spence em seu livro Secret Agente 666 (Agente Secreto 666), segundo Spence, ALEISTER CROWLEY trabalhou como espião em várias missões para a coroa britânica.
Muitos dos seus pensamentos de inovação eram rejeitados por algumas ordens por isso ele acabava expulso, a ordem hermética da aurora dourada foi uma destas que o expulsaram e isto porque ele não fazia questão de esconder as práticas que ele e o seus companheiros faziam.
Outro assunto relevante da vida de Crowley é o abuso das drogas. Em sua biografia consta que o seu primeiro contato com elas foi de receita médica, pois na época era comum tratar doenças tais como as respiratórias com heroína. Isso o levou para um vício. Ele não as dispensava em seus rituais, uma de suas preferidas era a cocaína. O próprio Crowley chegou a escrever vários capítulos sobre sua relação com estas drogas. Um dos fatos mais curiosos sobre o uso desses entorpecentes foi em seu leito de morte, quando um médico negou-lhe morfina e Crowley lançou sobre este uma maldição. Consta que um dia depois da morte de Crowley este medico também morreu.
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