A gritante diferença entre o The Voice Brasil e o gringo, segundo Rodrigo Suricato
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de janeiro de 2022
O vocalista Rodrigo Suricato ficou famoso em todo Brasil após participar dos programas The Voice Brasil e SuperStar, na Rede Globo. Mas qual será a grande diferença entre a versão brasileira e a versão gringa desse tipo de atração?
"A grande diferença é que o Brasil não está acostumado com programas que revelem trabalhos mais consistentes. Estamos acostumados com programas que revelam vozes. Com o The Voice e principalmente o SuperStar, foi a primeira vez em muito tempo na televisão brasileira em que as pessoas podiam tocar suas próprias canções ou fazer versões. Pelo menos na 1ª edição, as pessoas sabiam onde queriam chegar. Mesmo um formato montado às pressas. Era a coisa mais louca, não tenho saúde para isso. Você coloca uma bunda de fora muito grande. Tem que cantar uma canção sua, traduzir em 2 minutos, para a pessoa votar no aplicativo comendo pipoca", refletiu.
O assunto foi comentado por Rodrigo Suricato durante sua participação no canal Corredor 5, no YouTube. De acordo com o músico, a abordagem dos jurados também contribui para essa diferença entre as versões desses tipos de programa.
"No SuperStar, tinha pessoas que na verdade eram donas de açougue. Não eram músicos, mas acabou rolando e deu super certo. Eu acho importante desmistificar, estamos de saco cheio de mentira. Ficavam naquele papo de ‘vai lá, siga o seu caminho.’ Se você ver o The Voice lá fora, quando alguém canta, a Christina Aguilera fala assim: ‘Naquele refrão, você podia ir para a voz de peito. Senti que sua interpretação não ficou tão no olho na primeira parte’. Aqui como é? ‘Minha filha, chegou sua hora! Confia em Deus! Lembra de onde você veio! Lembra do seu pai e da sua mãe e vai, arrasa!’. Não pode fazer isso. Por isso que as pessoas se dão mal. Elas chegam nesse programa e vão só cantar. Ela vai botar um ovo lá, gritando e se esgoelando ao máximo. A gente deposita muita credibilidade em programas de entretenimento. Lá fora, o compromisso é botar uma parada bacana. Você ser especialista em algo é melhor do que ser nota 6 ou 7 em tudo. Aquilo que ela é boa, vai melhorar ainda mais. É assim que é feito nos outros países. Eu estive na Globo e posso contar para todo mundo. Quando eu saí do SuperStar tinha paparazzi apontando câmera para mim. Se eu colocar o chapéu, todo mundo me reconhece! Foi onde fisguei o público popular", completou.
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