Ozzy Osbourne: "Speak of the Devil" é um álbum ao vivo fake? Produtor responde
Por André Garcia
Postado em 29 de abril de 2023
Durante anos, fãs de Ozzy Osbourne discutiram se o álbum ao vivo "Speak of the Devil", lançado em 1982, se tratava de uma gravação ao vivo fake. Seu próprio produtor Max Norman confirmou que sim, é.
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Conforme publicado pela Alternative Nation, certa vez, em entrevista para Eddie Trunk, Max confessou:
"Fomos para o Lower Manhattan, no The Ritz [hoje chamado Webster Hall], e tínhamos um caminhão de gravação do lado de fora. Eu disse a ele, 'olha, estamos fazendo isso com pressa, vamos gravar todo o set à tarde'. E então, pegamos algumas gravações, se tivéssemos que substituir algumas coisas, eu tinha algum material para usar. Foi o que fizemos. Eles tocaram muito bem à tarde. Sim, [eles fizeram um show sem plateia]. E, na verdade, no álbum, acho que cerca de cinco das músicas são tiradas dessa tarde. Elas foram incluídas, e eu tive que recriar todo [ambiente de show ao vivo]."
O produtor revelou ainda que o Mad Man ficou insatisfeito com seus vocais, e acabou os regravando também:
"A outra parte da história foi que Ozzy, é claro, não estava muito feliz com os vocais, então fomos para o Record Plant, onde ficamos por quatro dias. Mixamos o primeiro lado, Ozzy chegou, regravou os vocais, mixamos e enviamos para o engenheiro de corte. No dia seguinte, voltamos para fazer o segundo lado, Ozzy regravou os vocais, mixamos e enviamos para o engenheiro de corte. Ou seja, em quatro dias gravamos os quatro lados. Em sua maior parte, foram regravados, sim. Nossa única preocupação era não sermos pegos. Eu mixei em caixas de som bem pequenas, e com pressa. Fizemos tudo com muita pressa, e conseguimos terminar... Eu nem ouvi por cerca de seis meses, de tanto medo [de como tinha ficado]. Eu sabia que tínhamos feito muito em pouco tempo, mas estava realmente temeroso em ouvir. Quando finalmente ouvi, pensei 'Oh, Yeah! Até que não soa mal!"
Norman atribuiu a displicência de Ozzy para com aquele trabalho ao fato dele ter sido produzido meramente para cumprir contrato:
"Foi uma obrigação contratual com a Jet Records, [tínhamos que] dar a eles mais alguns álbuns. Então, 'Speak of the Devil' foi uma espécie de artifício para sair de lá, simplesmente cumprir o acordo e cair fora."
Embora "Speak of the Devil" tenha tido uma recepção mista dos críticos, o bom momento vivido por Ozzy nos Estados Unidos bastou para garantir boas vendas. O álbum foi disco de platina por lá, com um milhão de cópias vendidas, atingindo a posição #14 nas paradas da Billboard.
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