A influência libertadora do Iron Maiden por trás da Cortina de Ferro nos anos 1980
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de janeiro de 2024
Em uma época marcada pela tensão da Guerra Fria e pela rigidez das fronteiras que dividiam o mundo, o Iron Maiden surgiu como uma poderosa fonte de inspiração para os jovens que viviam atrás da Cortina de Ferro nos anos 1980. A banda britânica não apenas conquistou corações, mas também desempenhou um papel significativo na exposição de áreas "proibidas" para o mundo exterior.
O livro "Powerslave - Um clássico do Iron Maiden," lançado pela editora Estética Torta, revela um relato sobre como a banda contribuiu para a quebra de barreiras culturais e ideológicas durante uma das eras mais desafiadoras da história recente. O livro está com 20% de desconto no site da editora com o cupom WHIPLASH20.
"Seria pretensioso dizer que o Iron Maiden embarcou em uma missão de espionagem, porque não é verdade, mas, em qualquer caso, conseguiram enviar a imagem de áreas 'proibidas' para o mundo exterior - lugares que não aceitavam câmeras de estrangeiros," destaca um trecho do livro.
O autor também enfatiza a influência da cultura cinematográfica ocidental, especialmente norte-americana e britânica, como uma ferramenta poderosa para moldar a percepção dos jovens sob o domínio da Cortina de Ferro. O mascote Eddie e Bruce Dickinson agitando a bandeira britânica também ajudou nessa influência. "Sempre digo que a maior arma dos Estados Unidos é Hollywood. Morando em um país do Leste Europeu, eu sei com certeza que os jovens daqui assistiam a muitos filmes. Quando crianças, olhávamos para os norte-americanos e os britânicos com os olhos bem abertos, sonhando com a liberdade imaginária."
A imagem de liberdade e rebeldia que o Iron Maiden representava se tornou um símbolo poderoso para esses jovens. Agitar a bandeira americana ou britânica, como Eddie fazia nos palcos, transcendeu o ato físico e tornou-se um gesto simbólico de resistência e aspiração à liberdade.
A turnê "Behind the Iron Curtain" foi um marco nesse contexto, registrando uma média impressionante de 14 mil pessoas por noite na Polônia e cerca de 40 mil em Budapeste. Esses números não apenas demonstram a popularidade estrondosa da banda, mas também refletem o anseio da juventude por algo além das fronteiras físicas e ideológicas impostas.
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