O batera "fantástico e muito subestimado" que, para Lars Ulrich, está ali com Bonham e Peart
Por Bruce William
Postado em 09 de junho de 2025
Lars Ulrich não costuma se esquivar de discussões sobre música — muito menos sobre quem são os maiores bateristas de todos os tempos. Apesar das críticas que costuma receber por sua própria técnica, o baterista do Metallica mantém uma lista bem sólida de nomes que admira, combinando influência, estilo e uma certa dose de ousadia na hora de valorizar quem considera subestimado.
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Em entrevista ao Wikimetal, Ulrich citou nomes que dificilmente deixariam de figurar numa lista dessas: John Bonham, Neil Peart e Ian Paice. Bonham é descrito por ele como "a matriz" de sua inspiração, enquanto Peart, do Rush, o deixou "aterrorizado" de tão brilhante, mas, ao mesmo tempo, foi generoso com o Metallica ainda nos tempos em que a banda era apenas uma promessa no underground. "Foi como um conto de fadas", disse Lars sobre a ligação que teve com Peart por telefone.
Mas Ulrich também fez questão de mencionar bateristas que, segundo ele, não têm o devido reconhecimento. "Phill Rudd, do AC/DC. Charlie Watts, um grande baterista de rock and roll. Dred, que foi baterista do Rage Against the Machine — fantástico e muito subestimado", afirmou. E completou: "Tem um swing e um feeling incríveis." A inclusão de Brad Wilk (cujo apelido "Dred" foi usado na fala) mostra o quanto Lars valoriza mais do que velocidade ou virtuosismo: ele busca identidade, presença e personalidade rítmica.

Ao longo da conversa, Lars reforça a ideia de que o que mais o atrai na bateria — seja como músico ou como ouvinte — é o senso de autenticidade. Ele descreve esse fator como algo "inexplicável", um tipo de caráter que não se imita nem se ensina. É o que ele tenta preservar também no Metallica: integridade artística, autonomia e recusa em seguir fórmulas por dinheiro ou conveniência.
Em suas palavras à Vice, Lars sintetizou essa postura: "Nunca fizemos as coisas pelos motivos errados, nunca entregamos o controle por uma pilha de dinheiro." Talvez seja esse mesmo critério que use para eleger seus bateristas favoritos: músicos que não apenas tocam, mas impõem presença — sem jamais perder a identidade.

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