Como o Whitesnake influenciou - ainda que indiretamente - a saída de Adrian Smith do Iron Maiden
Por Mateus Ribeiro
Postado em 02 de julho de 2025
O guitarrista inglês Adrian Smith entrou para o Iron Maiden em 1980, substituindo Dennis Stratton. Durante sua primeira passagem pela banda liderada por Steve Harris, participou de álbuns que se tornaram pilares do heavy metal, como "The Number of the Beast" (1982), "Powerslave" (1984) e "Somewhere in Time" (1986).
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Em 1990, Smith deixou o Iron Maiden durante as gravações de "No Prayer for the Dying", lançado no mesmo ano. O disco marcou uma guinada sonora em relação ao sofisticado "Seventh Son of a Seventh Son" (1988), adotando uma estética mais crua e direta — abordagem que, ao que tudo indica, destoava das preferências do guitarrista.
A saída foi tema de uma entrevista concedida pelo vocalista Bruce Dickinson à revista Bizz, publicada em julho de 1992. Na conversa, o cantor confirmou que o afastamento se deu por divergências criativas e deixou claro que a sintonia entre os integrantes havia se desgastado.
"Adrian Smith não estava feliz, e nós começamos a sentir isso no palco, após os shows, Saíamos sempre eufóricos e ele com uma cara de bode. Na época de ‘No Prayer for the Dying’ queríamos um som pesado, direto e cru, e Adrian preferia uma produção mais sofisticada. A nossa posição prevaleceu."
A desconexão entre Adrian e o restante da banda já era perceptível, mas um momento específico escancarou o impasse. Bruce revelou que uma simples pergunta gerou uma hesitação reveladora
"Com tantas diferenças, chegou uma hora que era melhor ele sair. Chegamos a testá-lo perguntando qual seria a opção dele se um grupo como o Whitesnake o convidasse, ganhando o mesmo que ele ganhava com o Iron. Adrian ficou em dúvida na hora, o que já estranhamos. Mas quando, 24 horas depois, ele ainda não tinha uma resposta, vimos que não dava mais para continuar juntos."
Cerca de um ano após essa entrevista, o próprio Bruce Dickinson também deixou o Iron Maiden para seguir carreira solo. Em 1999, ambos retornaram à banda, que passou a atuar como sexteto — formação que permanece até hoje.
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