Estadão critica banda de rock "repetitiva e entediante" que tocou no The Town

Embora seja um dos nomes mais respeitados do punk, o Bad Religion não conseguiu empolgar o público do The Town 2025. O Estadão publicou uma crítica dura à performance do grupo, classificando-a como "repetitiva e entediante" e reforçando uma constatação incômoda: "o punk também pode ser entediante".

Segundo o jornal, o setlist e a entrega da banda foram previsíveis, carecendo de frescor ou de algum elemento que surpreendesse os fãs. Para um festival marcado pela diversidade sonora e por shows de grande impacto, a postura dos veteranos californianos acabou ficando abaixo da média. "Mesmo quem conhece e respeita a trajetória pode ter saído com a sensação de mais do mesmo", destacou a publicação.

Bad Religion - Mais Novidades

A crítica não ignora o peso histórico do Bad Religion, que ajudou a moldar o punk melódico nos anos 1980 e influenciou gerações. Porém, a apresentação em São Paulo foi descrita como protocolar, distante da energia bruta que se espera de um show do gênero. O paradoxo ressaltado pelo Estadão chama atenção: um estilo nascido da contestação e da rebeldia pode soar engessado quando não se reinventa.

Em contraste, a mesma cobertura destacou outros shows que brilharam no The Town 2025. O Green Day, por exemplo, foi apontado como dono do espetáculo mais contagiante do festival, colocando o público em estado de catarse coletiva. A performance de Foo Fighters também foi elogiada, com Dave Grohl assumindo mais uma vez o papel de mestre de cerimônias carismático e energético.

Por outro lado, nem todos os artistas agradaram. Houve críticas à apresentação do The Offspring, considerada burocrática e sem o mesmo impacto que já tiveram em turnês anteriores. Também houve ressalvas a alguns shows de pop e rap, que, segundo o veículo, não dialogaram bem com a proposta do evento e perderam força diante de bandas mais experientes.