Amorphis: Pacotaço traz cinco CDs e um DVD duplo

Resenha - Laser Pack - Amorphis

Por Christiano K.O.D.A.
Fonte: Som Extremo
Postado em 27 de dezembro de 2011

Nota: 10

Tem coisas que valem a pena, e muito, serem divulgadas. Um bom exemplo é que a Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) brinda os fãs de música extrema com pacotes especiais, os Laser Packs, compostos por títulos de determinado artista/banda em uma embalagem só. Dessa forma, economiza-se muito mais e não precisa pagar o frete ao adquirir um desses materiais. Para quem curte boa música, fica a dica para este fim de ano, ainda mais embalada pela notícia de que o grupo virá tocar no Brasil no dia 5 de fevereiro de 2012. Fiquem espertos! A banda em questão é a finlandesa Amorphis, com mais de duas décadas de existência. No caso, o pacote vem com os CDs "Skyforger" (2009), "Magic & Mayhem – Tales from the Early Years" (2010) e "The Beginning of Times" (2011), além do incrível box com DVD duplo/CD duplo "Forging the Land of Thousand Lakes" (2010). E já fica o aviso: o adjetivo "beleza" e seus derivados serão exaustivamente usados nesse especial. Em comum, os três CDs possuem capas e encartes fantásticos, além do capricho e cuidados extremos com suas gravações, todas com uma qualidade sonora impressionante. Além disso, a melancolia também faz parte dos álbuns, depressivos e belos ao mesmo tempo. No geral, o pessoal opta por canções lentas e bastante densas, marcadas por certa obscuridade. Por fim, os três discos contam com faixas bônus. Boa! E o som desses caras é hoje difícil de definir. Uma mistura de heavy, death, doom, progresssivo e outras vertentes do metal. Ouçam, abram a mente e deixem entrar toda a magistralidade de cada trabalho.

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Amorphis – Skyforger
Laser Company – 2009 – Finlândia

Lindo. A começar pela grandiosa "Sampo", cujas melodias e o refrão são absolutamente grudentos. O CD, de forma geral, é bastante trabalhado e melódico, com um equilíbrio entre os instrumentos de cordas e o teclado.

Quando parece que a coisa não teria mais tanta qualidade ao longo do play, a surpresa é que o nível permanece o mesmo, sempre alto. E o vocal versátil de Tomi Joutsen é qualquer coisa de formidável. O cara apresenta um belo timbre, tanto no vocal limpo, quanto no gutural. Aliás, não daria nem para dizer que os dois tipos de voz são feitos pela mesma pessoa, impressionante!

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Além da faixa de abertura, destacam-se também "From the Heaven of My Heart", a faixa-título e "From Earth I Rose", cuja profundidade do solo arrepia. Maravilhosas!

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Amorphis - Magic & Mayhem – Tales from the Early Years
Laser Company – 2010 – Finlândia

A pegada desse aqui é na linha death metal mais agressiva e extrema, por razões óbvias: o disco é na realidade uma compilação com composições dos três primeiros álbuns da Amorphis, que celbrou vinte anos de existência com esse registro (e com o box, resenhado adiante). Todas as faixas foram rearranjadas e regravadas.

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Os vocais são praticamente todos guturais, como era no início de tudo. Aliás, o clima nesse trabalho é bastante intenso, nessa espécie de volta às raízes.

A faixa "Vulgar Necrolatry" é a mais violenta e conta com um blast beat que surpreende e destoa do restante do material. Isso não acontece à toa. Trata-se de um cover da Aborrhence, banda montada nos primórdios da Amorphis.

Além dela, "On Rich and Poor" apresenta um riff hipnotizante da metade para o final. E "The Castaway" também é de matar. Bem empolgante e por que não, muito poderosa.

"The Sign from the North Side" apresenta um peso absurdo, talvez a mais death metal old school do play. E a clássica "Against Widows" também é outro grande momento do trabalho. Os riffs são marcantes!

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E para fechar, a versão de "Light My Fire", cover da Doors, ficou no mínimo curiosa. O vocal gutural permaneceu, e a boa produção faz com que, na realidade, a música dificilmente lembre a original. Apesar da estranheza, certamente é uma boa faixa e uma forma divertida de fechar "Magic & Mayhem – Tales from the Early Years".

Amorphis - The Beginning of Times
Laser Company – 2011 - Finlândia

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Como falar desse trabalho aqui, sem soar repetitivo no que já foi apresentado acima? Bom, entre as diferenças, esse aqui tem uma veia levemente menos agressiva. E é preciso voltar a falar do encarte: o pessoal se superou! Nada mais a declarar.

Aqui, perfeccionismo parece ser a palavra de ordem: a faixa de abertura – "Battle for Light" - é uma das mais pegajosas (no bom sentido) da discografia da banda. Lindíssima! Aliás, com toda a sinceridade: uma das mais bonitas que já ouvi na vida. Tem uma melodia que não sai da cabeça.

Logo depois, outra beleza, bem puxada para o heavy metal, é "Mermaid". E seu solo de teclado, apesar de curto, chama a atenção pela timbragem bastante próxima à das guitarras.