Viper: provando que energia faz diferença ao-vivo
Resenha - Viper (Manifesto, São Paulo, 01/12/2007)
Por Victor Yago Camilo
Postado em 09 de dezembro de 2007
Depois do aguardado lançamento de seu novo álbum, "All My Life", que chegou às lojas em Junho de 2007, e de divesas aparições em diferentes veículos da mídia, tais como a revista Roadie Crew e Programa do Jô, exibido pela TV Globo, já estava mais do que na hora de o Viper organizar um show para mostrar, de fato, do que é feito.
Foram meses de espera, mas finalmente o momento chegou: no dia 01/12/07, um sábado, o Viper, que, atualmente conta com os veteranos Felipe Machado (guitarra), Pit Passarell (baixo), Renato Graccia (bateria), e com os novatos Marcelo Mello (guitarra) e Ricardo Bocci (vocal), subiu ao palco do Manifesto, famoso reduto do público Heavy Metal paulistano, e, à frente de uma platéia de cerca de 380 pessoas, mostrou sua garra.
O show teve início por volta da 1h30 da manhã. O público, composto por uma boa mistura entre os novos e velhos fãs da banda, já se mostrava inquieto quando as luzes se apagaram e a introdução instrumental "Soldier Boy", do novo álbum, tomou conta dos alto falantes. Sob calorosas salvas de palmas, aos poucos os membros da banda foram subindo ao palco, e terminada a introdução, foi Felipe Machado quem deu o primeiro acorde para o início da apoteose, com a faixa-título do "All My Life". A execução foi irrepreesível e teve uma calorosíssima participação da platéia, cujas vozes em coro se equiparavam à potência do som que saía das caixas.
Terminado esse ótimo início de apresentação, a banda segue com "Come On Come On", outra faixa fortíssima do novo álbum, apesar de seu andamento ligeiramente mais cadenciado. Em seguida, para a alegria dos fãs mais antigos da banda, o set list avança para um momento nostálgico, com "To Live Again", do "Theatre Of Fate", álbum que, certamente, foi um dos responsáveis por colocar o Viper entre as melhores bandas de heavy metal do Brasil.
A essa altura do show (sim, ainda estávamos começando!), já era possível perceber que Ricardo Bocci seria um dos destaques da noite, conseguindo alcançar notas bastante agudas, mas nunca esquecendo do bom e velho 'punch'.
A banda deu prosseguimento ao show com a ótima "Dead Light", que tem um início tranqüilo e um final maravilhoso e apoteótico, do álbum "Evolution", de 1993, e, em seguida, tocou mais um destaque do novo álbum: "Miles Away", canção cheia de energia, composta por Ricardo Bocci, e que deu destaque às fortíssimas baterias de Renato.
Em seguida, o clima esfriou um pouco com "Not That Easy", balada do "All My Life", mas voltou a esquentar drasticamente com a pesadíssima "Evolution", que ficou ainda mais pesada e empolgante ao vivo. A banda fez uma ligeira pausa no meio da música, e então todos os presentes puderam presenciar momentos hilários com Pit Passarell, que parecia estar literalmente embebedado com o momento. Após "Evolution", tocaram a bonita "Spreading Soul", do mesmo álbum, e seguiram com "Love Is All", do "All My Life", mostrando, novamente, muito peso e energia sobre o palco.
De volta a 1989, tocaram mais duas do "Theatre Of Fate": as maravilhosas "Cry From The Edge" e "Prelude To Oblivion". Desnecessário dizer que a platéia teve grande participação em ambas. Em seguida, tivemos "Violet", outra balada do novo álbum, e então o ultra-mega-clássico "Living For The Night", também do "Theatre...".
Uma pausa no ritmo incessante, e a banda comunica-se por cerca de dez minutos com a platéia, mas não pense você que foram dez minutos gastos, uma vez que contaram com 'palhinhas' da jurássica "The Whipper", do álbum "Soldiers Of Sunrise", de 1987, e de "Coma Rage" e "I Fought The Law", ambas lançadas no álbum "Coma Rage", de 1995, e sendo a última um verdadeiro hino do Punk Rock, que foi originalmente gravada por Sonny Curtis And The Crickets, e que já foi tocada por alguns nomezinhos do Rock, tais como Sex Pistols, The Clash e Dead Kennedys.
Após essa memorável "pausa", Felipe Machado, que já havia arrasado naquela noite, anuncia, no microfone, que a próxima música seria a última. Era óbvio qual música seria a derradeira: aquele era um show do Viper, e, até aquele momento, a banda não havia tocado sua outra ultra-mega-clássica. Sequer pude concluir esse raciocínio. Segundos depois do anúncio, já ouvíamos o célebre berro "EVERYBODY, EVERYBODY!" que deu início a "Rebel Maniac", que foi cantada do início ao fim pela diminuta, porém calorosíssima, platéia.
Enfim, de um modo geral, o Viper cumpriu seu papel espetacularmente. Tendo como destaques Ricardo Bocci, Felipe Machado e Renato Graccia, a banda mostrou, mais uma vez, que é feita de pura energia e que, melhor ainda, essa energia toda é extremamente contagiante. A banda conseguiu deixar o gostinho de "quero mais", e o melhor de tudo é saber que a turnê do "All My Life" está só começando.
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