Megadeth & Slayer: King e Dave falam da simbiose entre as bandas
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 29 de novembro de 2013
O texto abaixo é a tradução de um segmento de autobiografia do baixista do MEGADETH, DAVE ELLEFON, ‘My Life With Deth – Discovering Meaning In A Life of Rock & Roll’, escrita em parceria com Joel McIver [e sem data para lançamento em português] e que relata a breve passagem do guitarrista do SLAYER, KERRY KING, pela banda de Dave Mustaine em 1984.
[...] Fizemos alguns shows com KERRY KING do SLAYER na guitarra no começo de 1984. Ele tinha uma guitarra B.C. Rich, do que gostamos, porque significava que ele estava pensando como nós. Havíamos considerado alguns outros guitarristas, incluindo aí JIM DURKIN do DARK ANGEL, mas Kerry foi o único que veio e acertou as músicas de cara. Eu me lembro de Dave mostrar uns riffs a ele – coisas realmente complexas – e Kerry os reproduziu instantaneamente e os tocou de volta para Mustaine, nota por nota. Eu fiquei embasbacado. Era como se ele tivesse parte do DNA de Dave. Até hoje, Kerry é um dos melhores guitarra-base que já passou pelo Megadeth.
Kerry King:
"Eu encontrei David pela primeira vez algumas semanas antes de eu tocar em cinco shows com o Megadeth, em idos de Fevereiro de 1984. Eu fiquei empolgado com aquilo: eu entrei para a banda porque eu tinha visto Mustaine tocar com o METALLICA e fiquei de fato impressionado. Eu achei que ele sabia tocar pra valer, e quando ouvi dizer que ele estava procurando por um guitarrista, eu pensei em tentar porque, a meus olhos, ele era fabuloso. Ellefson era um baixista muito bom. Ele sempre foi um cara legal, e ele sempre foi autêntico. Eu realmente curtia o material antigo do Megadeth."
Depois daqueles primeiros shows do Megadeth na Bay Area em Fevereiro e Abril de 1984, eu pude ver que o fogo de reativar o Slayer estava mesmo vivo nos olhos de Kerry. Foi como se os shows na Bay Area com a gente tivessem aberto os olhos dele para outro modo de fazer aquilo, diferente de como as coisas eram feitas em Los Angeles, com penteados, maquilagem, cintos com rebites, e por aí vai. Eu realmente acredito que aqueles shows com Kerry estabeleceram um novo rumo para que ele revigorasse o Slayer e permitisse que eles se tornassem o fenômeno mundial que eles são hoje.
Então Kerry voltou para o Slayer, e, mais uma vez, éramos só eu e Dave. [...]
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