Mascote do Megadeth ganha multiverso pensado por Mustaine e dupla brasileira
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de setembro de 2022
O mascote Vic Rattlehead, do Megadeth, está ganhando um multiverso pelas mãos de Dave Mustaine com ajuda do diretor Leo Liberti e do produtor Rafael Pensado. Dessa maneira, todos os videoclipes do novo álbum "The Sick, the Dying… and the Dead!" contam a história do personagem.
O assunto foi comentado por Leo Liberti, diretor brasileiro dos últimos clipes do Megadeth, em entrevista ao jornalista musical Gustavo Maiato.
"Toda a parte da história do clipe de ‘We’ll Be Back’ foi gravada aqui no Brasil. Já quando a banda aparece, aí não. Quando filmei a música ‘Lying State’, na época do ‘Dystopia’, fiquei amigo do Rafael Pensado, que é produtor e assessor pessoal do Dave Mustaine. Então, começamos a ter ideias para contar a história do Vic Rattlehead – mascote da banda.
Como será que ele nasceu? Como isso aconteceu? Queríamos contar essa história em um clipe, mas a coisa cresceu e acabou virando uma série de clipes interligados que contam a origem. Existe um multiverso. Inicialmente, seriam 3 clipes, mas agora serão 6. Essa música foi filmada em Paranapiacaba e em Mongaguá. Também em umas casas em São Paulo.
Tem um lance de jogo de câmera bem legal. Tem que ser tudo realista, sabe? Muitas explosões e tudo. Misturamos o cinema americano com brasileiro, com coisas do cinema europeu. Criamos esse mix de linguagem. O Dave Mustaine gosta dessa questão de mostrar o Exército. O Vic ser um herói de guerra que se sacrificou para um bem maior foi algo interessante.
O Vic era humano, entende? Tem uma pegada arquetípica aí. Ele vai para o mundo dos mortos, se transforma em um semideus. O Rafa diz que ele é demônio para alguns e anjos pra outros. Ele quer trazer a justiça que o homem não fez.
Já no clipe de ‘Night Stalkers’, ele também conta a saga do Vic. Ele está buscando justiça e vai para o reino dos mortos. Ele morreu e foi para o reino de Hades. Tem o Barqueiro lá. Ele acaba entendendo que tem uma segunda chance para voltar à Terra e virar esse ser híbrido – do mundo terreno e dos mortos. Ele pode ir mais profundamente depois, para o Tártaro, para levar as almas.
Hoje em dia, as coisas brigam por tudo. O difícil é ser humano. Ser bicho, temos no DNA. Ele vai então atrás desse macro. Primeiro, ele foi fazer justiça no micro. Ele vai atrás de quem pegou o filho dele. Depois, vai para o macro. É um multiverso, tipo um X-Men, sabe? Esse personagem, pode continuar com a história para sempre! Pode expandir sempre", explicou.
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