Matérias Mais Lidas


Izzy Stradlin: "Ele era o coração do Guns N' Roses"

Por Nacho Belgrande
Fonte: LoKaos Rock Show
Postado em 06 de junho de 2011

Dando sequência e finalizando nossa tradução para a entrevista de Mitch Laffon à revista canadense BRAVE WORDS & BLOODY KNUCKLES com o primeiro empresário do GUNS N’ ROSES, Alan Niven (primeira parte publicada no dia 30 de maio de 2011), o LOKAOS traz a segunda – e mais reveladora - parte do verdadeiro interrogatório ao qual Mitch submeteu Niven.

Guns N' Roses - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

BraveWords.com: Você tem falado com ele (Steven Adler)?
Alan Niven: Não, a última vez que falei com ele foi provavelmente quatro anos atrás.

BraveWords.com: A razão pela qual eu pergunto é que eu tenho a impressão de que ele está querendo contato com todas as pessoas inicialmente envolvidas com o Guns N’ Roses e meio que querendo fechar as chagas.
Alan Niven: Eu não acho que Steven queira fechar as chagas. Eu acho que Steven quer sua juventude de volta. Eu acho que Steven quer a mágica daquele momento e que aquele momento do ápice seja recriado, o que claro, absolutamente não vai acontecer. Todo mundo está mais velho e mudou de vida e mesmo no extraordinariamente improvável evento da banda de fato fazer uma reunião – seria diferente. Você não pode reviver o passado e você deveria, pelo menos numa empreitada artística, ter um pé no presente. Se o GUNS N’ ROSES se reunisse, eu pessoalmente esperaria que fosse algo substanciado por criatividade válida e nova no estúdio com um novo disco e que não fosse algo pra viver de memórias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

BraveWords.com: No improvável caso deles se reunirem de fato – se eles te ligassem e dissesse ‘Hey Alan, você nos ajudou no começo. Você pode nos ajudar de novo?’ Você consideraria isso ou seria simplesmente ‘não’?
Alan Niven: Eu só consideraria isso depois de conversas muito longas com Axl Rose. Giraria totalmente em torno disso e eu não sei se leopardos perdem suas manchas. Há mais na vida do que dinheiro e eu odiaria pensar que eu estava fazendo algo simplesmente por um troco e não pelo espírito, senso de aventura e não pela diversão. Se fosse algo de maldade e sem diversão, eu não iria querer fazer parte disso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

BraveWords.com: Depois que a banda te demitiu, você foi e trabalhou com Izzy, Slash e eventualmente ‘o projeto’ (que mais tarde viria a ser o VELVET REVOLVER).
Alan Niven: Deixe-me esclarecer o que rolou com ‘o projeto’. Eu vim para Los Angeles com minha filha e jantamos com Slash e Duff. Duff me olhou do outro lado da mesa e disse ‘O que você acha, Niv?’ Eu fiquei muito lisonjeado por ser solicitado, mas me parecia que não era uma boa ideia. Eu não curti o prospecto de todo mundo, menos Axl estar envolvido. Eu acho que isso acabaria numa banda injusta e expectativas não-razoáveis para todo mundo, então foi algo com o qual eu me senti muito muito nervoso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Bravewords.com: É por isso que, no fim das contas, você acha que o Velvet Revolver falhou (porque todo mundo esperava que a banda fosse o Guns N’ Roses(?
Alan Niven: Eu não acho que você possa chamar o Velvet Revolver de um completo fracasso.

BraveWords.com: Mas eles de fato falharam…
Alan Niven: Sim, mas eles tiveram um disco em número #1 e venderam mais de um milhão de cópias e isso é respeitável. Era melhor que o SLASH’S SNAKEPIT, por exemplo. Eu acho que a fraqueza no Velvet Revolver era o material e a composição. Sob esse aspecto, eu fiquei muito nervoso sobre Scott Weiland também. Eu não tenho certeza sobre o que ele tem para contribuir como compositor...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

BraveWords.com: Essa escolha pra vocalista te deixou em alerta? Você sai de Axl Rose que é um cantor problemático para um cara com um notório vício em heroína que abandonou sua banda. Fazia sentido pra você?
Alan Niven: Eu achei que era um compromisso infeliz pra se assumir. Eu senti que havia um aspecto de marketing por detrás da idéia que poderia ter funcionado, mas você tem que olhar pros caras como indivíduos e quando um deles está chegando chapado pro ensaio com uma ‘babá’ é bem óbvio que eles ainda estão usando drogas. Essa é outra razão pela qual eu fiquei muito pouco animado com a idéia de Velvet Revolver. A outra coisa foi... que o coração da alma do Guns N’ Roses era o Izzy e muitas daquelas canções funcionam bem por causa de sua inteligência musical e seu sentimento. Ele tem uma bela sensibilidade rock n’ roll que informava e influenciava a composição de todo mundo e sem Izzy estar envolvido no Velvet Revolver eu não tinha certeza de onde aquilo iria. Eu serei franco, eu acho que Slash é um dos maiores guitarristas que já viveu. Eu amo a alma dele. Eu amo a seleção de notas dele. Eu amo o jeito que ele toca – mas ele não é um grande compositor. Duff não vai curtir que eu diga isso, mas por si próprio, Duff não é um grande compositor – brilhante pra linhas de baixo e estruturas de bateria mas não um grande compositor. Você só tem que olhar pro primeiro disco solo dele pra notar isso. O GUNS N’ ROSES era um coletivo fabuloso e uma química que funcionava e qualquer organização de sucesso pode ser observada com a analogia da molécula. Você pode pegar a menor parte de uma molécula e aquela molécula irá se despedaçar e isso é o Guns N’ Roses.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

BraveWords.com: Você escutou o Chinese Democracy?
Alan Niven: Uma das pessoas que me procurou nos últimos anos é um grande fã de Guns N’ Roses que vive na Austrália e que parece ter uma vida normal respeitável, além de ser um fã do Guns N’ Roses, mas ao longo dos anos eu o achei interessante e cativante. Ele foi extraordinariamente eficaz ao me copiar todas as faixas que vazaram na net. Eu já conhecia o Chinese Democracy muito tempo antes de o disco sair. Tinha tanta coisa por aí. Não era como o Chinese Democracy que foi lançado e naquele dia eu tive a oportunidade de decidir se eu ia sentar e avaliá-lo inteiro. Eu estava completamente ciente de seu conteúdo antes do lançamento. Isso responde à sua pergunta ou isso nos leva à segunda parte da pergunta – o que eu achei do disco?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

BraveWords.com? Bem, sim. É ‘permitido’ a você dizer?
Alan Niven: Eu achei que era bem complexo e difícil de digerir, mas era bem Axl.

BraveWords.com: Pra mim era mais uma questão daquilo ser o que eu esperei por quatorze anos. Aquelas músicas poderiam ter sido construídas em seis meses.
Alan Niven: Eis o que eu arrisco a dizer sobre Chinese Democracy: Axl fez dois grandes erros. Um foi lançar o disco e o outro foi Irving Azoff.

BraveWords.com: Irving Azoff? Mesmo? Por quê?
Alan Niven: Se eu estivesse numa posição responsável por aconselhar Axl, eu teria feito tudo a meu alcance para fazer com que Chinese Democracy fosse algo que as pessoas sempre falassem a respeito e imaginassem, mas que nunca ouvissem, que nunca fosse lançado. As gravações demoraram tanto que não havia maneira alguma que o disco que ele estava fazendo fosse atender às suas expectativas. Mo minuto que ele foi lançado, Mitch, ele se tornou apenas mais um disco. Antes de seu lançamento ele era um mito. Era fascinante. As pessoas falavam nele. As pessoas queriam ouví-lo. O terceiro erro foi que ele deveria ter se certificado de que todas suas fitas e discos estivessem sob seu controle e bem trancados, de modo que não houvesse nenhum vazamento. Daí ele poderia ter lançado uma faixa ocasionalmente e ele poderia ter trabalhado nelas ‘ao vivo’ por mais dez anos. Isso teria sido mais misterioso, mais cativante, mais fascinante...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Essa matéria pode ser lida na íntegra no site do LoKaos Rock Show:
http://lokaos.net/izzy-stradlin-era-o-coracao-do-guns-n-roses-entrevista-com-alan-niven-pt-2/

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
Mais matérias de Nacho Belgrande.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIAR NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS