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Tom Araya: "Nós sabemos como é ser tratado como merda!"

Por Daniel Faria
Fonte: Brave Words
Postado em 29 de dezembro de 2007

"Metal" Tim Henderson da Brave Words and Brave Knuckles conversou em detalhe com o vocalista do SLAYER Tom Araya sobre vários assuntos incluindo a tour recente com MARILYN MANSON, rumores de aposentadoria, o estado do heavy metal mundial, as raízes do Reign in Blood e o novo CD/DVD da Unholy Alliance recentemente lançado.

Obrigado por filmar o novo DVD no Canada!

Araya: "Adivinhe por que foi feito no Canada? O fator custo. Mas estou feliz que fizemos. Mas sim, a razão pela qual foi feito no Canada foi também porque não tínhamos tocado em Vancouver fazia tempo. Você diz pra si próprio, 'ok, nós queremos fazer uma gravação ao vivo - onde não tocamos faz tempo? Onde está nossa audiência mais forte.' Assim como em todas as outras coisas, você quer vender o show grande, então você pega um lugar onde você sabe que vai se dar muito bem, e faz as estatísticas. Se parece que vai ser um show lotado... em toda honestidade, Vancouver não foi o nosso maior show (risos) - o maior foi em San Antonio (Texas) onde tivemos entre dez e quinze mil pessoas. Muitas coisas entram no jogo quando você decide onde vai gravar ou onde você quer fazer as coisas. É a mesma coisa com filmes... 'nós precisamos desse local - okay, encontramos dois locais; um é dez vezes mais caro, o outro custa nada. Então vamos para o lugar onde não custa nada e veremos como vai ser lá."

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Que tipo de influência você ou a banda têm quando estão montando um projeto tão grande assim?

Araya: "Você contrata uma companhia de filmagem, você diz pra eles quantas câmeras você quer. Você monta uma oferta, um contrato e joga para as companhias que filmam e gravam. E a que retornar com a melhor proposta é a que vai ser contratada. Você escolhe a companhia pra fazer o que você pede. E aí você descobre o que fazer com as câmeras - onde você as quer, como você quer filmar os ângulos. É uma grande parte do nosso envolvimento. Nós dizemos para eles como queremos os ângulos, onde queremos as câmeras. E aí eles gravam o show inteiro a partir dessas áreas. E depois você escolhe o que gosta. Você se envolve, porque a cada processo que aparece, eles te mandam algo e você olha. E depois o material volta para você depois de todos os ajustes. É um processo muito tedioso e nós temos que ser parte dele porque queremos nos certificar que gostamos do que vemos."

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As outras bandas no pacote - LAMB OF GOD, MASTODON, CHILDREN OF BODOM, THINE EYES BLEED - cada uma recebeu uma parte justa. É ótimo ver o Slayer se comunicar com a nova onda de metal.

Araya: "Todo mundo se beneficia. Nós sabemos como é ser tratado como merda. Estivemos em situações onde nós fomos tratados como merda. Você aprende através dessas experiências e diz que não vai ser esse tipo de banda. E nós adotamos o princípio no qual todo mundo recebe uma parte justa. Ninguém vai ganhar vantagem. Todo mundo pode usar o equipamento, ou seja o que for. Você tem tudo à disposição. Nós sabemos como é isso. Então, quando temos essas bandas conosco, nós queremos escolher bandas que achamos que vai ser ótimo. Nosso manager (Rick Sales) diz, 'esta é uma lista de bandas que estão por aí - e esta é a lista de bandas que os promotores acham que deveriam estar no show.' Então você vê os nomes das bandas e percebe que funciona. Então o promotor achou que todas essas bandas poderiam vender ingressos, mas elas são boas bandas também. Nesse processo nós conseguimos escolher de uma lista muito boa de bandas. Foi simplesmente um pacote muito bom. Todas as bandas eram ótimas, todo mundo tocou bem. A tour inteira foi realmente um sucesso. Todo mundo foi parte do show. Não foi como se fosse só uma atração principal e outras quatro bandas quaisquer."

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Sem dúvida, a tour Unholy Alliance Tour apresentou algumas das melhores bandas ao vivo no planeta. Mas considerando isso, é difícil para qualquer banda ser melhor que Slayer fechando o palco ao vivo.

Araya: "É verdade, mas nesta tour complementar com Manson, ele queria fechar o show. O que é bom para nós porque não queremos ter problemas. Ele é o que quer provar para si próprio, ele tem que se vender. Nesta tour que fizemos, ele tinha estado fora por uns tempos. Ele não tinha feito nada por vários anos. Ele está pensando, 'bem, eu quero fechar, eu ainda estou por cima.' E nosso pensamento era, 'você pode achar o que você quiser, mas você tem certeza de que quer fechar o show?' 'Sim'. Mas não ligamos. Agora ele realmente teve que trabalhar duro."

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Em retrospectiva, a tour funcionou?

Araya: "Eu acho que funcionou bem para nós. Pode ter funcionado para ele também, porque ajudou ele a polir o próprio show (risos). As primeiras semanas foram duras para ele. Eu acho que no fim da tour, ele tinha polido o show bastante, ele conseguiu manter a audiência entretida (risos).

Mas alguns fãs mais radicais (como eu) boicotaram o show...

Araya: "Sim, alguns fãs nem compraram tickets para o show. Isso para mim foi um indício porque nos alertou de que muitos fãs não foram ao show, mas também um monte de fãs foram ao show. E os que foram ao show foram embora depois que tocamos. Foi uma audiência perceptível. Quando tocamos, tínhamos a casa quase cheia e isso me diz que se Manson não estivesse lá, a casa estaria cheia. E depois que terminávamos de tocar, metade desse público ia embora. Não encheu mais, se você entende o que quero dizer. Na minha opinião foi bom para nós. Chegamos lá, tocamos por uns 70 minutos até você ficar com o nariz sangrando e depois fomos embora. Isso é o que você quer, voce quer porrada, porrada, porrada e as pessoas andando torto querendo saber o que aconteceu."

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Você entraria em outra tour estilo a do Manson, com outra banda fora do radar da sua base de fãs como RAMMSTEIN por exemplo?

Araya: "Nós não temos problema em fazer tour com uma banda que não tenha um problema de ego. Manson é meio assim. Engraçado que você mencionou Rammstein. Nós fizemos alguns shows com Rammstein. Nós estávamos na Europa e fizemos alguns shows de festival - nós fizemos um em que éramos a banda principal e eles abriram para nós. E depois na tour do mesmo verão, nós fizemos um show no qual abriamos para eles e eles tocaram depois. Então eles eram a banda principal. Quando tocamos com eles e éramos a banda principal, eles tinham acesso completo ao palco. Nós permitimos tudo a eles... nós não sentamos ali pra dizer 'não, nós somos a banda principal, esse é o espaço que você tem.' Nós fomos legais em relação a isso. Bem, quando foi a vez de abrir para eles, eles não moviam o equipamento deles e eu tive talvez dois metros de espaço com o microfone e dois monitores, com uma plataforma de bateria na minha bunda. Então tem certas bandas com as quais podemos fazer tour, mas eles teriam que mudar o aspecto total deles. Para mim tudo o que há é medo. Medo que vamos destruir vocês antes que vocês toquem. Então restrinjam-nos com o mínimo de espaço que vocês puderem, para que sejamos vistos como uma banda de abertura. E essa é uma filosofia pela qual não vivemos. Nós fomos realmente bons com eles e eles viraram e fizeram isso. A equipe estava muito irritada. Eles não acreditavam que eles estavam sendo assim, por causa da forma como nós fomos com eles. Karma, amigo, karma. Vai voltar e te assombrar. Pode não ser aqui, mas vai acontecer. E quando acontecer, algo dentro de mim vai perceber - eu vou ter aquele arrepio na coluna. 'Ahhh, o Karma está voltando.' (risos)"

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Sobre Daniel Faria

Nascido em 1977, cresceu em um lar onde rock progressivo dominava as ondas do ar. Aos 12 anos, com a compra de "Paranoid" (Black Sabbath) tudo mudou e o metal gradualmente passou a ser o som predominante em casa. Estudou Computer Science / Applied Science pela Concordia University (Montreal, Québec, Canada) e hoje vive em um vilarejo rural em Simcoe County, centro-sul de Ontario, Canada.
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