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Megadeth: Em grande forma, banda triunfa em São Paulo

Resenha - Megadeth (Espaço das Américas, São Paulo, 07/08/2016)

Por Fernando Yokota
Postado em 08 de agosto de 2016

Por mais querido que um artista seja, chega um momento em que ir ao show de quem já tocou incontáveis vezes em sua cidade acaba sendo como o almoço de domingo na casa da avó: é sempre um prazer, mas ao mesmo tempo se instaura um certo ar de rotina e até mesmo de obrigação. Você já até sabe em que lado da mesa o frango assado vai estar assim como não é segredo para ninguém que o show acaba com Holy Wars.

Não há, no entanto, como negar o prazer que o conforto da rotina nos traz, principalmente num domingo à noite mas não tão tarde assim, num local de tranquilo acesso e que não proporciona maiores aventuras no traslado com a casa abrindo pouco depois das seis da tarde (para alguns, o tradicional horário de buscar o pão depois do futebol das quatro). Tudo isso dava o tom do que seria "mais um show do MEGADETH". Ledo engano.

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O público, em excelente número, cantava ao som do PA, que ia soltando clássicos que variavam entre ACCEPT, RAINBOW e IRON MAIDEN, mas havia uma certa ansiedade no ar. Dystopia é, de fato, a empreitada mais bem sucedida do MEGADETH desde os anos 90, mas a única explicação para o clima extra de tensão obrigatoriamente passa pela estreia de Kiko Loureiro pela banda em solo brasileiro. Não obstante a comprovada proficiência do músico brasileiro, era latente a curiosidade geral para se descobrir se a mistura enfim funcionaria.

Às 20h30, o palco se acende e a introdução Prince of Darkness é executada. De assalto, Dave Mustaine e seus correligionários surgem da escuridão e tomam o Espaço das Américas com Hangar 18 e The Threat Is Real, esta última do atual registro de estúdio da banda. Ensurdecedora, a banda não deu a mínima possibilidade de se levantar qualquer objeção quanto ao suposto liricismo politicamente espinhoso do single novo, movendo quantidades enormes de ar dos alto falantes para a plateia, principalmente com os bumbos do agora efetivado Dirk Verbeuren (ex-SOILWORK).

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A caprichada decoração do palco e os telões não deixam dúvida de que a banda trouxe a produção completa para o giro sulamericano, mas o que realmente impressionava eram os retornos laterais do palco com seus mais de dois metros de altura: se o som era homericamente alto – em níveis motorheadianos – e sismicamente grave para quem estava na frente do palco, não deveria ser muito diferente para quem estava em cima dele também.

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Com um knockdown a favor e já vencendo por pontos no primeiro round, Mustaine anuncia que tocará canções de várias fases da banda mas que, para este show em especial, uma surpresa seria incluída. Dedicada ao falecido Nick Menza, Tornado of Souls – o mais metal dos lamentos de um coração partido – dá espaço para um Kiko Loureiro com carta branca para correr pelo palco mas que ao mesmo tempo respeita nota por nota o panteônico solo do genial Marty Friedman. De presente, ganha dos fãs do Deth (e do Chaves) os gritos de "Kiko, Kiko, rá rá rá". Merecido.

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A sequência Rattlehead, Wake Up Dead, In My Darkest Hour e Conquer Or Die!, uma revisão-relâmpago para quem faltou aos últimos trinta anos de aulas da disciplina "História do MEGADETH", é oportuna pois evidencia por contraste como a influência do punk nas composiçãoes de Mustaine foi se diluindo com o passar dos álbuns, latente no bate-estaca da primeira e quase inexistente na última. É impossível deixar de destacar a surra de bateria em In My Darkest Hour, ficando a impressão de que Verbeuren usa botas de concreto para pisar nos pedais de seus bumbos. Se a voz e a guitarra de Mustaine soam como uma tempestade de navalhas caindo do céu, os tambores de Verbeuren são instrumentos de destruição: o que um começa a destruir dilacerando, o outro termina demolindo.

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Nessa equação da destruição, Kiko, o novo elemento, é o fogo. Seu vocabulário musical acrescenta à banda as tonalidades mais quentes, não muito presentes desde os anos 90, e um bom exemplo disso é a introdução de Conquer Or Die!, em violão de cordas de nylon. Consumido pelo próprio fogo, o calor latino-ibérico do timbre do instrumento é logo engolido por um enfurecido solo de guitarra extraído de seu instrumento escarlate.

Ao agradecer pela presença e por dispensarem a TV e as olimpíadas, Mustaine introduz She-Wolf, o cartão de visitas de sua mão direita. A faixa do hoje longínquo Cryptic Writings é o testamento de que a mão direita de Mustaine é uma entidade com vida própria, um ábaco rítmico capaz de resolver cálculos complicadíssimos, deixando seu dono livre para as tarefas de vocalista. A importância da mão direita é atestada pelo próprio dono em sua biografia, logo no início, ao reconstituir o aterrorizante episódio em que, numa espreguiçadeira de beira de piscina, sua mão preciosa, "a que faz o dinheiro" (segundo o próprio) entra em estado de torpor total e para de responder.

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Com as luzes somente para ele, David Ellefson volta a Rust In Peace com Dawn Patrol, seguida de Poison Was The Cure. Sua sonoridade peculiar – constante, mas não de maneira staccato como, por exemplo, a de Steve Harris –, dá ao baixista a função do trilho por cima dos quais a máquina de destruição anda. A britadeira belga, o fogo latino e as navalhas ruivas só funcionam na linha do tempo cujo garantidor é o timbre o baixo de "Junior", apelido dado pelo chefe de banda.

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Pela metade do show, um fã joga uma camiseta, que Mustaine olha com afeição e guarda. Isso, assim como um famigerado "olê, olê, olê, Mustaine, Mustaine", recorrente durante a apresentação, quebra por várias vezes o rígido protocolo da apresentação da banda e, neste ponto, serve de prelúdio para Sweating Bullets, cantada palavra por palavra pelo público, que em A Tout Le Monde se encarrega dos versos nos pontos em que as décadas de abuso do tom esganiçado impedem que o quinquagenário frontman alcance. A preservação da voz faz também com que os temas sejam executados em registros mais baixos e as músicas da fase Youthanasia/Cryptic Writings são as que mais sentem a mudança. O resultado foi uma versão de Trust aquém daquilo que a excelente composição outrora já rendera ao vivo.

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Mustaine não se esquece de agradecer aos fãs pela animadora quantidade de cópias de Dystopia vendidas, o que serve de deixa para que toquem Post American World e a faixa-título. O prenúncio da desgraça contada a partir de um suposto (e para além de questionável) ponto de vista americocêntrico tem recepção relativamente morna por parte dos fãs que, pela reação, preferem a subsequente distopia mustainiana, musicalmente uma clara revisitação a Hangar 18. O "apocalipse segundo Dave Mustaine" em três atos é encerrado com a sinfonia da destruição e o tradicional grito de "Megadeth" vindo da pista (sem, entretanto, o "aguante" de sua variação hispânica) com Peace Sells – e Vic Rattlehead – de saideira.

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Até esse ponto, no entanto, não se sabia ainda qual a surpresa no setlist prometida no início. Assim como nos De Volta Para o Futuro ou nos Exterminadores do Futuro, para fugir da distopia e da obliteração do mundo cantadas há pouco a solução é voltar ao passado. Ao anunciar a inesperada Mechanix, um vórtex na forma de um moshpit se abre no meio da pista e, entrando nele, várias pessoas voltavam a 1985, fugindo das mazelas da vida adulta em 2016. A viagem no tempo, entretanto, dura apenas até o fim de Holy Wars, momento no qual as luzes se acendem e a realidade, que se por um lado não é o caos do fim do mundo cantado em Dystopia, por outro lado podem se apresentar na aterrorizante forma da segunda de manhã no escritório ou na sala de aula.

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Em suma, generoso em volume, bumbos duplos causadores de princípios de arritmias cardíacas e em meio a muita expectativa, o MEGADETH, que tem um show que geralmente corre frio como um relógio, teve o andamento de seus ponteiros abalado numa noite em que o público fez ser especial. Kiko e Dirk Verbeuen mostram ao vivo que são capazes de revestir de carne o frio (ainda que cirurgicamente preciso) esqueleto metálico que a banda fora, principalmente durante a fase Broderick/Drover. Da parte deste fã há muito em litígio, foram duas horas para se deixar eventuais diferenças ideológicas um pouco de lado e se reconciliar através música na que talvez tenha sido a melhor apresentação da banda em solo brasileiro nos últimos quinze anos.

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É dificílimo evitar o lugar comum do "Brasil que deu certo" ao tratar da adição de Kiko Loureiro à banda. Por outro lado, seria injusto deixar de mencionar o sucesso da empreitada até aqui testemunhado no Espaço das Américas. Kiko é destemido no palco, respeitoso com o legado da banda, é uma injeção de ânimo na banda e prova ser a escolha certa para o posto. Àquele que acostumou a vê-lo no ANGRA, imaginá-lo dividindo as guitarras com Dave Mustaine poderia ser algo bizarro e inimaginável. Num primeiro momento, o binômio Mustaine/Loureiro seria como misturar doce com salgado e, se uma última metáfora é aqui permitida, foi como comer queijo com goiabada pela primeira vez: você só entende depois que prova, mas quando prova descobre faz todo o sentido. O show foi de metal, mas a mistura deu samba.

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Megadeth é:
Dave Mustaine: voz e guitarra
David Ellefson: baixo
Kiko Loureiro: guitarra e violão
Dirk Verbeuren: bateria

Setlist:
Hangar 18
The Threat Is Real
Tornado of Souls
Poisonous Shadows
Rattlehead
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
Conquer or Die!
Fatal Illusion
She Wolf
Dawn Patrol
Poison Was the Cure
Sweating Bullets
A Tout Le Monde
Trust
Post American World
Dystopia
Symphony of Destruction
Peace Sells
Mechanix
Holy Wars... The Punishment Due

(Com os agradecimentos à Rádio & TV Corsário, The Ultimate Music e o Espaço das Américas pelo credenciamento e acolhida)

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