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Resenha - Guns N' Roses (FIERGS, Porto Alegre, 03/04/2014)

Por Lucas Steinmetz Moita
Fonte: MoitaRock.com
Postado em 11 de abril de 2014

No dia 3 de abril a capital gaúcha recebeu mais uma vez o GUNS N' ROSES. O grupo liderado por Axl Rose é envolto de polêmicas e altos e baixos. Na última visita a Porto Alegre, um atraso de quase quatro horas fez a apresentação ser iniciada após as 2 da madrugada. Eu era um dos que temia que isso voltasse a acontecer. Surpreendentemente, na atual passagem pelo Brasil, o GNR corrigiu consideravelmente essa clássica falha. Não por completo, é claro. Mas muitos shows foram pontuais, alguns tiveram atraso leve (em torno de 25 minutos) e outros, como o de Porto Alegre, foram agraciados com mais de uma hora de expectativa. Para quem aguentou quatro horas, tarefa fácil de enfrentar...

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A abertura do espetáculo ficou por conta do GUNPORT. Boa banda, porém completamente deslocada. Os conheci alguns anos atrás em uma abertura para OZZY OSBOURNE e lembro de ter pensado "O que esses caras estão fazendo aqui?" Composições próprias de excelente qualidade que arrendariam uma grande quantidade de fãs legítimos em uma abertura para o NINE INCH NAILS ou PLACEBO... Mas não em qualquer uma das duas noites que eu os presenciei. Portanto fica a dica: existe o tempo e O LUGAR certo para tudo.

Aliás, falando em lugar, o grande vilão da noite foi a localização. Não entendo por qual motivo o show foi realizado em um local fechado. Quatro anos e um mês atrás, o Guns N' Roses havia se apresentado 100 metros à direita de onde esteve na quinta-feira. O local da apresentação era o mesmo pátio, porém no estacionamento. A acústica perfeita de céu aberto foi abrigo para BLACK SABBATH e MEGADETH no final de 2013. Inexplicavelmente, a produção optou pelo show dentro do pavilhão da FIERGS. O tiro no pé foi tão grande que nem mesmo o vocalista conseguia se ouvir direito. Antes do primeiro refrão de "Better", Axl ordenou que tudo fosse interrompido e reclamou da acústica e de um zumbido no retorno, iniciando a música novamente.

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Problemas à parte, o GNR inicia sem muitas novidades. Uma "Chinese Democracy" - música título de um dos álbuns recordistas em atrasos para ser lançado - com execução estranha mas que funciona, seguida da visceral "Welcome to the Jungle", onde Axl Rose tem a chance de mostrar que ainda consegue fazer algumas coisas com a mesma qualidade dos anos 90. Aos 52 anos de idade, é injusto que alguém seja tão duramente criticado por não ter a mesma performance dos 30. Principalmente quando se trata de um timbre tão único e difícil quanto o dele.

Não demorou muito até o ponto alto da noite (na minha humilde opinião). Não exagero em dizer que é uma das canções mais bonitas já escritas por qualquer artista de qualquer gênero, "Estranged" foi a grande responsável por lágrimas. Após 14 anos sem ser executada ao vivo, o grupo a incluiu no setlist novamente a partir de 2011 - o que significa que eu não tinha presenciado no show de 2010 e estava esperançoso quando a hora chegasse. E a espera valeu a pena.

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Escrever uma resenha de um show de uma banda como o Guns é algo complicado. Não pode se fazer uma simples listagem das músicas tocadas, dos momentos em que o som foi prejudicado ou do tombo de Axl (sim, ele escorregou). A única coisa que eu consigo pensar é que, independente de lotação da casa ou venda dos ingressos, estava ali uma banda que representou algo muito forte no mundo da música. Uma performance não tão boa quanto 2010, é verdade (e vou soar repetitivo, mas é claro que a acústica do lugar foi completamente determinante nisso). O lado bom é que a voz de Axl estava infinitamente superior ao fiasco exibido pela Globo no último Rock In Rio que a banda participou.

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Considerado um dos melhores frontman do mundo, ainda é carismático e mantém a platéia na palma da mão. E tão contagiante quanto ele é o resto do grupo, que (pelos fãs de verdade da banda) já foram adotados como a formação do atual GUNS N' ROSES, quebrando o estereótipo "Axl Rose e banda" (e caso você ainda seja adepto dessa linha de pensamento, se dê a chance de ser mais sábio clicando AQUI).

Foi uma boa apresentação. Como já disse, inferior ao espetáculo que vi há 4 anos. Muito superior ao absurdo veiculado no Rock in Rio. Mas um bom show, que valeu a pena ter ido. Se justificou uma pista de R$ 520,00 que abastecia inadequadamente o serviço de open food e open bar e não chegava até onde o mapa prometia, ou se valeu a pena um valor alto em um camarote que começou a ceder e as pessoas tiveram de ir para a Pista Premium, aí depende da opinião do bolso de cada um. O bom do show do GNR é que as pistas refletem com bastante precisão a situação socioeconômica do brasileiro, o que pode transformar essa resenha em uma crônica: Quem não tem dinheiro, paga baixo, espera 10 horas na fila e pega a grade - que ainda assim é muito distante do palco. Quem tem dinheiro paga mais, chega na hora do show e fica na frente. Quem tem muito dinheiro, ainda come e bebe o quanto quiser, e aproveita para levar um suvenir por apenas R$ 100,00 (Sim, este era o preço de uma camiseta oficial do show. Cem reais). Mas a culpa não é da banda, nem da produção - bom, a falha no camarote é responsabilidade da produção - mas quanto aos preços, prefiro ser bondoso e crer que produtores também tem família para alimentar (e pelo jeito uma família bastante grande). Já podemos oficializar, assim como os funkeiros, o rock ostentação.

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Em geral, tudo muito caro e tudo muito lindo. Cantei bem alto, chorei com "Estranged", bocejei em "Sweet Child O'Mine" (canção que definitivamente não aguento mais ouvir, nem ao vivo), deixei meus olhos brilharem com "This I Love", me senti privilegiado por "Used To Love Her" (exclusiva para Porto Alegre, por enquanto), lamentei que os ótimos guitarristas - Ron "Bumblefoot" Thal, Richard Fortus e DJ Ashba - tenham abandonado seus antigos solos para dar lugar a outros não tão interessantes (com destaque para Fortus... o solo baseado em 007 era meu xodó), me espantei novamente com a condição física de Axl em manter um show enérgico durante duas horas e meia e, para finalizar, me recusei a pagar R$ 20,00 em um cachorro quente (mas enganei a fome com um pão de queijo de três contos de tamanho inesperado).

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São muitos prós e alguns contras. Meu veredicto final é... apesar dos pesares, se você tiver chance de assistir ao GUNS N' ROSES ao vivo, assista. Eu iria de novo.

Para ver mais fotos do show, acesse:
http://www.moitarock.com/2014/04/guns-n-roses-quem-foi-rei-jamais.html

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Sobre Lucas Steinmetz Moita

Formado em jornalismo desde 2014, Lucas Steinmetz se tornou colaborador do Whiplash! em 2007. Conhecido como Moita, foi um dos pioneiros com conteúdo musical no YouTube. Em 2016, profissionalizou o canal Heavy Talk, com o qual trabalha hoje em tempo integral. Figurando entre os maiores canais do gênero no Brasil, lançou mais de mil vídeos e já ultrapassa 6 milhões de visualizações.
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