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Robert Plant: Empolgação somente nas músicas do Led

Resenha - Robert Plant (HSBC Arena, Rio de Janeiro, 18/10/2012)

Por Gabriel von Borell
Postado em 20 de outubro de 2012

Depois de 16 longos anos desde a sua apresentação no Brasil ao lado do ex-parceiro de Led Zeppelin, o também lendário Jimmy Page, a voz de uma das bandas mais importantes da história do rock, Robert Plant, voltou ao país para encantar seus antigos e novos fãs. E o primeiro show, de uma série de seis marcados no Brasil, aconteceu nessa quinta-feira (18) na HSBC Arena, localizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Fotos: Rodrigo Simas

Dessa vez acompanhado da The Sensational Space Shifters, Plant iniciou a apresentação em ponto, às 22h, sob uma introdução sonora que anunciava ao público que o espetáculo estava prestes a começar. Ao lado de Justin Adams (guitarra), Billy Fuller (baixo), Liam "Skin" Tyson (guitarra), os bebops de Camara, o baixista, Dave Smith (bateria) e John Baggott (teclado), o vocalista apresentou aos fãs alguns clássicos revisitados e outras canções, próprias ou covers, com uma sonoridade rica, que passava pelo blues, com influências africanas e orientais.

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O show contou ainda com a participação do músico gambiano Juldeh Camara, que entrava e deixava o palco em diversos momentos, após contribuir para as diferentes experimentações no palco com o seu ritti e o kologo, espécie de violino e banjo africanos, e um similar de tamborim chamado bendir. Já os desavisados de plantão, que não sabiam se tratar de um projeto um tanto diferente de um potente show de rock, pareciam dispersar a atenção em relação ao ídolo, enquanto Plant meio que hipnotizava a plateia com aquela musicalidade e sons que poucos devem ter tido a oportunidade de escutar ao vivo até então.

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As primeiras faixas do repertório da turnê brasileira foram "Fixing to Die", "Tin Pan Valley" e "44", do bluesman Howlin’ Wolf. E o público carioca, que compareceu em bom número, apreciava silenciosamente a performance daquela figura icônica que Plant representa no universo da música. Aos 64 anos, o cantor já não consegue atingir as mesmas notas de outrora, mas sua potência vocal e sua presença de palco ainda estão muito vivas lá em cima. A todo momento o vocalista pediu palmas para a plateia e era prontamente atendido em todas as suas solicitações. Antes de "Friends", primeira música do Led Zeppelin executada na noite, Plant fez o primeiro contato verbal com os fãs, durante o show ele foi bem econômico nas palavras, e perguntou aos cariocas como eles estavam.

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Plant ainda completou dizendo que esperava que eles estivessem bem porque ele estava ali para isso. E não tinha jeito. O público se empolgava de verdade somente quando rolava música do Led Zeppelin. Depois da já citada "Friends", não foi diferente com "Black Dog" e "Bron-Y-Aur Stomp", mesmo que as faixas tenham passado por uma grande, porém interessante, reformulação musical. Continuando a falar dos anos entre o final da década de 60 e o início de 70, os fãs foram ao delírio com "Ramble On", presente no disco "Led Zeppelin II", de 1969.

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Em seguida a esse momento inacreditável, de acordo com palavras de muitos presentes, Plant direcionava sua noite experimental aos instantes finais. Vieram o cover de John Mayall & The Bluesbreakers, "I’m Your Witchdoctor", e o medley de "Who Do You Love"/ "Whole Lotta Love"/ "Steal Away"/ "Bury My Body", quando vocalista e banda deixaram o palco da HSBC Arena pouco antes de 23h30.

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Mas Plant ainda tinha algumas surpresas para o público. "Going to California" marcou o momento de maior emoção na plateia e até o mais disperso fã (?) na pista, ou na arquibancada, deve ter se arrepiado com a interpretação do cantor. As duas últimas canções do set list também pertenciam ao repertório do Led Zeppelin, para a felicidade do público. A primeira foi "Gallows Pole", do Led Zeppelin III (1970), e por último, para fechar com chave de ouro, "Rock and Roll", presente no álbum Led Zeppelin IV (1971).

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As vozes nesse momento realmente explodiram em toda a extensão da HSBC Arena. A pegada mais pesada da faixa destoou de toda a apresentação e só isso já pareceu suficiente para satisfazer quem ansiava por uma noite mais roqueira. Após cerca de 1h45 de show, no final das contas Robert Plant conseguiu agradar o seu exigente público, de uma maneira ou de outra, numa apresentação em que a plateia teve a impressão de ter sido bem mais curta do que realmente foi. E isso é um ótimo sinal de que valeu a pena.

Set list:

1- Fixing to Die (cover de Bukka White)
2- Tin Pan Valley
3- 44 (cover de Howlin' Wolf)
4- Friends (Led Zeppelin)
5- Spoonful (Howlin' Wolf)
6- Somebody Knocking
7- Black Dog (Led Zeppelin)
8- Bron-Y-Aur Stomp (Led Zeppelin)
9- The Enchanter
10- Another Tribe
11- Ramble On (Led Zeppelin)
12- I'm Your Witchdoctor (John Mayall & The Bluesbreakers)
13- Who Do You Love / Whole Lotta Love / Steal Away / Bury My Body (medley)

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Bis:

14- Going to California (Led Zeppelin)
15- Gallow's Pole (Led Zeppelin)
16- Rock and Roll ( (Led Zeppelin)

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Sobre Gabriel von Borell

Gabriel von Borell, nascido em 30/03/85, jornalista. Não vive sem música e também não se apega a rótulos musicais. Acredita que todo preconceito é burro, inclusive o musical. Escuta de tudo um pouco, considerando que um jornalista deve estar aberto pra conhecer e comentar sobre qualquer músico ou banda. Pode ser encontrado no Twitter em @gabrielborell.
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