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Annihilator: resenha no Roque Reverso do show em SP

Resenha - Annihilator (Carioca Club, São Paulo, 24/04/2012)

Por Flavio Leonel
Fonte: Roque Reverso
Postado em 04 de maio de 2012

Depois de um grande tempo de espera, os fãs brasileiros do thrash metal finalmente tiveram a oportunidade de ver um show do Annihilator no País. O grupo canadense, liderado pelo mago das guitarras Jeff Waters e com 28 anos de estrada, tocou pela primeira vez no Brasil no dia 24 de abril, no Carioca Club, em São Paulo.

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Apesar de a apresentação ter acontecido numa noite fria de terça-feira, o público compareceu em bom número e viu uma verdadeira aula de Waters, que estava acompanhado por companheiros de banda bastante competentes e capazes de dar suporte ao talentoso músico. O show em São Paulo foi não somente o primeiro no País, mas também a estreia do grupo na América do Sul.

Na verdade, o Annihilator iniciaria sua passagem pelo continente no dia 22 de abril no Metal Open Air, em São Luís, no Maranhão. Mas o vergonhoso fiasco que se tornou o cancelado festival de heavy metal impediu que aquele fosse o primeiro contato com os brasileiros.

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Por sinal, do lado de fora do Carioca Club, havia certo receio de o show não acontecer ou ser realizado sem as devidas condições. Tudo porque a organizadora do show era a Negri Concerts, que, juntamente com a Lamparina Produções, foi responsável pelo Metal Open Air. Mesmo com a produtora garantindo, pelas redes sociais, que a apresentação aconteceria, não era de se estranhar a desconfiança do público. No final, tudo foi realizado de maneira perfeita e todos sairam do local bastante satisfeitos com o show.

Antes do Annihilator, outra banda gringa se apresentou no Carioca Club: o Otep. Com um som mais voltado para o metal core e para o Nu Metal, o grupo norte-americano da vocalista Otep Shamaya até foi acompanhado por um grupo de fãs de carteirinha, mas não chegou a empolgar a maioria do público, que estava ali para ver pela primeira vez Jeff Waters & Cia.

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Após a apresentação de 1 hora do Otep e de cerca de meia hora para os últimos ajustes no som, São Paulo viu pela primeira vez o Annihilator. Com sua clássica guitarra vermelha do estilo Flying V, que tem, não por acaso, sua assinatura, Jeff Waters entrou todo elétrico no palco, juntamente com a banda, executando a música "Ambush", do seu mais recente álbum de inéditas, "Annihilator", de 2010.

Logo de cara, o público viu que o show iria ser matador, com Waters usando e abusando de seu instrumento, enquanto Dave Padden fazia uma competente base na guitarra e mandava muito bem nos vocais. No baixo, o pequeno Al Campuzano também mostrava uma marcante presença de palco.

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Em "King of the Kill", do álbum de mesmo nome, de 1994, Jeff Waters e Dave Padden dividiram os vocais. Impressionante observar a facilidade com que o primeiro tocava as músicas numa rapidez incrível. Era como se Waters brincasse com a guitarra e a dominasse como se fosse a coisa mais normal do mundo, enquanto o público ficava vidrado na sua performance.

"Betrayed", mais uma do álbum "Annihilator" foi executada logo depois. Nesta música, chamou a atenção, além do riff tradicional de thrash metal "old school", a vibração da plateia, que cantava o refrão "Betrayed, like a rat", com empolgação. Na sequência, o grupo tocou a rápida "Clown Parade" do disco "Metal", de 2007 .

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Jeff Waters então perguntou para o público se o Brasil gostava de thrash metal. A resposta, é claro, foi amplamente positiva. "So bang your fucking heads", disse o guitarrista, para emendar, na sequência, a poderosa "Ultra-Motion", do álbum "Waking the Fury", de 2002. Mais uma vez, o que se viu foi o gênio brincando com sua Flying V com rápidos e incríveis dedilhados, enquanto a roda de mosh dominava o centro da pista.

Interessante notar que, em vários momentos do show, tanto Waters como Padden, caminhavam para a parte de trás das caixas de som para ajustar suas guitarras. Este detalhe não prejudicou, entretanto, a apresentação, que, por sinal, contou com uma ótima qualidade de som do início ao fim.

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Depois de uma brevíssima pausa, Jeff Waters voltou com uma guitarra diferente, com uma pintura que fazia referências ao Canadá. A próxima música tocada foi o sucesso "Set the World on Fire", do álbum de mesmo nome (de 1993) e que teve um clipe que fez sucesso no mundo metálico da MTV na década de 90. O riff matador desta música fez quase o Carioca Club inteiro bater cabeça, num dos grandes momentos do show.

Ciente de que os fãs gostariam de ver sucessos de toda a carreira da banda, o Annihilator executou vários petardos que deixaram o público ainda mais boquiaberto com a técnica da banda, em especial a de Waters. "W.T.Y.D." e ""Burns Like a Buzzsaw Blade" , do primeiro e excelente disco "Alice in Hell" (1989), tiraram o fôlego da galera, assim como "Phantasmagoria" e "Stonewall", do não menos ótimo álbum "Never, Neverland", de 1990.

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Com mais da metade do show em curso, já era possível questionar: por que o Annihilator, com toda esta técnica incrível e com um guitarrista desses não explodiu no heavy metal como outras grandes bandas, tipo Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer? Talvez, ao lado do Death Angel, que fez shows históricos em São Paulo no Clash Club e no Blackmore Rock Bar em 2010, o grupo de Jeff Waters seja um dos maiores injustiçados do thrash metal, com um reconhecimento muito menor do que deveria ter do público e da mídia especializada.

As músicas "21″, do "King fo the Kill"; "I Am in Command", do "Never, Neverland"; e "The Trend" mantiveram o público envolvido com o show. A última, que também é do álbum "Annihilator" foi uma verdadeira exibição de Waters para guitarristas. Daquelas que te faz pensar em voltar a tocar o instrumento ou, se nunca tocou, ter vontade de começar.

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O líder da banda era extremamente simpático com o público, fazendo várias brincadeiras com o povo da fila do gargarejo, enquanto dava sua aula com maestria.

Em vários momentos, ele tentava conversar com a plateia, que era bastante receptiva e demonstrava sua satisfação com o ótimo show. Público e banda pareciam claramente que estavam curtindo demais aquele momento.

Mais um grande momento da apresentação foi com a ótima "The Fun Palace", do "Never, Neverland". Particularmente, esta é a favorita deste jornalista que vos escreve. E foi emocionante presenciar esta música pela primeira vez ao vivo e muito próximo da banda.

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Na sequência, o grupo deu uma pequena saída do palco para um breve descanso. Na volta, Waters conversa com o público e até tenta contar piadas canadenses, mas não chega a fazer o povo rir como queria, o que mostra que o melhor mesmo era ser o grande guitarrista que se transformou.

Eis que a banda tira da manga uma homenagem de Waters ao AC/DC. Com uma pegada mais hard rock da clássica banda australiana, o Annihilator executa "Shallow Grave", do álbum "Carnival Diablos", de 2001.

O show caminhava para seu final, mas faltava, no mínimo, um clássico do heavy metal para ser tocado. O grupo brinca, ameaça tocar "Children Of The Sea", do álbum "Heaven and Hell", do Black Sabbath, pergunta ao público se falta alguma coisa e a plateia responde que sim, é claro. É quando o baixista Al Campuzano começa a soltar os primeiros acordes de "Alison Hell", o Carioca Club vem quase abaixo.

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Com entrosamento impressionante, o grupo executou este hino do heavy metal com maestria e fez muito marmanjo ficar arrepiado com o riff poderoso da música. Ao final, uma das cordas da guitarra de Waters ainda estourou, o que não impediu o mestre de ainda solar no finalzinho da canção.

Com o término do show, a banda agradeceu a plateia e deixou claro que pretende voltar em breve para o Brasil. Essa foi uma grande apresentação para os poucos sortudos que se descolaram em plena noite de terça-feira ao Carioca Club. O espetáculo terminou prá lá de meia noite, mas ficou a sensação de o público ter visto uma verdadeira aula de guitarra, aliada a uma boa pegada de thrash metal.

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Depois de outras grandes apresentações, como as de Joe Satriani, Steve Morse e Yngwie Malmsteen ao vivo, este jornalista coloca a performance de Jeff Waters logo em seguida entre as melhores que já viu de um guitarrista. Valeu a espera!

O Roque Reverso acompanhou o show no Carioca Club. Entre no link abaixo para conferir mais detalhes, como o set list, fotos e vídeos selecionados no YouTube.

http://tinyurl.com/6ulfobr

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http://www.roquereverso.wordpress.com

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