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Obituary e Belphegor: excelentes shows em Campinas

Resenha - Obituary e Belphegor (Hammer Rock Bar, Campinas, 06/12/2009)

Por Glauco Silva
Postado em 22 de dezembro de 2009

Os deathbangers do interior estavam em polvorosa com o anúncio deste show há cerca de um mês, pois o evento original trazia, além dos americanos e austríacos, o lendário Benediction. Como se sabe, problemas de imigração levaram os ingleses a adiar a turnê brasileira, o que foi uma ducha de água fria para a maioria (uma vez que os demais já se apresentaram por aqui recentemente, e mais de uma vez). Mas a organização tinha alguns trunfos na manga...

Fotos: Regina K.

Dado meu desânimo com black metal há algum tempinho, não animei muito com a inclusão do Equinoxio, mas estava bem curioso pra conhecer o som do trio panamenho. Acabaram sendo a mais surpreendente atração da noite: devidamente paramentados com o figurino do estilo, mandaram um black furioso e muito bem executado - felizmente, pois a linha raw/old school se faz presente em trechos de sua música, mas o que predomina mesmo é a pancadaria incessante à la Marduk / Dark Funeral. Apresentaram músicas de seu debute "Punishment of Souls" e agradaram o ainda reduzido público... destaque pro baterista Cadáver, um verdadeiro cavalo nos tambores. Vale a pena correr atrás e conhecer o som do grupo!

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A segunda banda era uma velha conhecida do nosso underground: o brutal death do longevo (quinze anos!) Queiron. Já assisti muitos shows deles, e queria ver como se saíam com a nova fomação - a última vez que os vi foi em 2007, ainda com Furlan e Neil, que depois fundou o Laconist. Com a entrada de Ricardo na guitarra e Lauro (Incinerad) no baixo, a banda não perdeu seu poderio de fogo - aliás, a injeção de sangue novo fez bem aos paulistas. Se os novos membros perdem um pouco no quesito técnico, comparando a seus antecessores, isso é bem compensado pelo suor que derramam no palco, em especial Lauro, que se encaixou muitíssimo bem. Mandaram sons de toda sua carreira, em especial do último "The Shepherd Of Tophet", e o que me chamou a atenção é como o vocal do Marcelo mudou: está bem mais rasgado do que acostumei - o que acho excelente, pois seu gutural tendia a cansar após muitas audições. Saíram, mais uma vez, aclamados pelo grande show.

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A metade internacional começou com o Belphegor, que está quase virando brasileiro - esso foi o terceiro show deles que assisti em Campinas. Mesmo assim era a banda mais aguardada, e esta performance não foi diferente das anteriores (com exceção, claro, da incessante dança do banquinho de bateria): Helmuth continua um completo celerado com seus riffs cortantes e vocal assombroso, o baixista Serpenth e Morluch como asseclas perfeitamente sincronizados, e o demolidor baterista Robert Kovačić. A ênfase foi dada aos álbuns mais recentes como "Bondage Goat Zombie" (a execução da faixa-título e "Justine - Soaked In Blood" foi de arrepiar) e "Walpurgis Rites - Hexenwahn", já lançados aqui, mas não faltaram clássicos como "Lucifer Incestus". Realmente mataram a pau, apresentação impecável tanto no quesito nitroglicerina como na integração com o público, que já tinha aumentado significativamente. Sem dúvida e, para minha sincera surpresa, foi disparada a melhor banda da noite - que voltem sempre!

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Aí o fechamento veio com o Obituary, da qual sou fã há quase vinte anos e aguardava com expectativa enorme, pois não consegui assistí-los em suas passagens anteriores pelo Brasil. Ma essa mesma me frustrou um pouco: tal qual quando assisti ao Sadus, fizeram um show impecável, mas só tocando material novo. Por mais que sejam um Motörhead do death metal (nunca mudam o som de peso monolítico e é sempre excelente), queria escutar mais clássicos. O público obviamente discordou da minha opinião, pois a roda enorme que se abriu assim permaneceu até o fim da apresentação. Energia transbordando tanto fora como em cima do palco, e é um verdadeiro privilégio ver Ralph Santolla exibindo sua técnica impressionante nas seis cordas.

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Mas de meter medo é ver o que o pioneiro John Tardy faz com sua garganta infecta. Uma vez li que o death metal tem três vozes inconfundíveis, inimitáveis e definitivas: o saudoso Chuck Schuldiner (Death), Martin Van Drunen (Hail of Bullets, Asphyx) e o John. Depois do que vi e ouvi nesta noite, não dá pra questionar essa frase: a certa altura do show, ele tirava o microfone da frente da boca e soltava aqueles grunhidos cavernosos que são sua marca registrada, e juro: devia estar a quase dez metros de distância e consegui ouvir claramente sua "voz". Chega a ser assustadora mesmo a potência dos urros do cara, só por ele já valeria a pena investir no ingresso.

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Encerraram a apresentação entregando o ouro que tanto esperei: o hino "Dying" (a cena de centenas de cabeças sincronizadas com os bumbos cadenciados do Donald Tardy foi inesquecível) e o clássico à la Celtic Frost - de quem aliás mandaram o cover "Dethroned Emperor", animal - "Slowly We Rot", onde tive que mandar a compostura às favas e entrar na roda de mosh. Saí do Hammer dolorido, mas satisfeitíssimo com a excelente seqüência de shows. Na porta, como já é de saudável praxe no Hammer, a gringaiada toda confraternizava com os fãs, atendendo de boa a todos os pedidos de foto e autógrafo. Ah, se houvessem mais artistas assim solícitos e humildes com quem compra seus CDs...

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Sobre Glauco Silva

36 anos, solteiro, estudou Linguística e Engenharia de Alimentos na UNICAMP. Tem sua sobrevivência (CDs, cigarro e cerveja) garantida no trabalho em uma multinacional. Iniciado no Metal em 1988, é baixista/vocal do LACONIST (Death Metal) e acredita fielmente que o SARCÓFAGO é a melhor banda do universo.
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