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Velho Jack: Rock'n'roll de qualidade movido a energia e vibração

Resenha - Bando do Velho Jack (Ferro Velho Bar, Avaré/SP, 14/10/2000)

Por Marcos A. M. Cruz
Postado em 14 de outubro de 2000

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

"Rock mesmo é o dos anos 70! Hoje em dia, só ouvimos estas merdas de pagode, axé e sertanejo".

A frase acima, dita pelo baixista Marcos no meio do show do BANDO DO VELHO JACK, resume o que esperar do set dos caras: rock'n'roll de altíssima qualidade, movido a muita energia e vibração, feito por quem realmente gosta da coisa (e entende do riscado!)

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O fato é que o som feito por João Bosco (bateria), Marcos (baixo), Gílson (teclados), Fábio Terra (guitarra e vocal) e Rodrigo (guitarra e vocal) nos remete diretamente às grandes bandas dos anos 60 e 70, influências que os caras assumem sem nenhum preconceito, pois conforme consta na biografia da banda: "antes de tudo uma banda de amigos que adoram tocar e ouvir juntos o bom e velho rock'n'roll clássico dos anos 50, 60 e 70. Espelhando-se em bandas como Cream, Free, Allman Brothers, Doobie Brothers, Grand Funk, Lynyrd Skynyrd e tantas outras desta época, não se importam com rótulos tão na moda hoje em dia, tais como 'banda cover' ou 'trabalho próprio'. Querem apenas resgatar bandas esquecidas ou sequer conhecidas do público em geral".

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Iniciam o show pouco depois da meia-noite, com duas covers do Free: "All Right Now" e "Wishing Well", onde fica evidente a influência de Paul Rodgers sob os vocais do Rodrigo - embora, por incrível que pareça, esta versão me recordou a registrada pelo Blackfoot no "Strikes", descontados os backing femininos. Em seguida, "Superstition" de Stevie Wonder, aqui inspirada na versão do "Live in Japan" do Beck Bogert & Appice. Depois de uma versão roqueira de "Cavaleiro do Luar" do Almir Sater, temos a primeira música de autoria própria da banda: "De Ninguém", emendada com uma versão de "Ando Meio Desligado", clássico dos Mutantes & Rita Lee - e não é que os caras tiveram a manha de interpolar um trecho de "Third Stone From The Sun" de Jimi Hendrix no meio do solo???

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Na seqüência veio "I Feel Free" do Cream; "Cão de Guarda" (faixa de abertura do "Procurado"); "Dreams" do The Allman Brothers Band - aqui registrada em versão mais próxima a do auto-intitulado box set dedicado a Duanne; "Just Got Paid" do Z.Z.Top; "Palavras Erradas", outro trabalho próprio; "Minha Vida É Rock'N'Roll" do Made in Brazil; e novamente mais uma canção dos Allman Bro., "Blue Sky", com um excelente solo de guitarra de Rodrigo, que optou por não imitar o solo de Duane, mas sim criar o seu próprio, embora baseado no tema. Para encerrar o set, "Rock And Roll Hoochie Koo" de Rick Derringer, imortalizada por Johhny Winter, e "I'm Your Captain", talvez uma das mais sensíveis canções registradas pelo Grand Funk Railroad no álbum "Closer To Home".

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Pausa para os habituais bate-papos regados a litros de cerveja, ora de pessoas curtindo uma boa conversa, geralmente orbitando em torno da perfomance da banda e Rock em geral, ora de outras tentando uma aproximação maior com os membros do sexo oposto...

Quase duas da madrugada de sábado, e inicia-se o segundo set com uma seqüência matadora do Creedence Clearwater Revival: "Molina", "Born On The Bayou", "Suzie Q" e "Long As I Can See The Light". Depois houve uma seqüência, digamos, "dançante", iniciada e concluída com duas canções do Doobie Brothers: "Long Train Running", "Get Ready" do Smokey Robinson (aqui na levada do Rare Earth ao vivo - aquele que vinha em formato de mochila), "Oye Como Va" do Tito Puente mas imortalizada pelo Santana e por fim, a imortal "Listen To The Music", com direito a um trecho de "(That's The Way) I Like It" do... K.C.& The Sunshine Band! Confesso que jamais teria imaginado uma combinação destas - e não é que funcionou!

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Pouco antes do início do segundo set, meu xará, o baixista Marcos, havia prometido que teríamos muitas surpresas nesta noite, e ele realmente não mentira, pois na seqüência, atendendo a inúmeros pedidos (fazer o quê, têm nego que não gosta de ver a mulherada dançando, algumas em pé nas cadeiras, prefere ficar "batendo cabeça", né? :oP), veio a sessão "pauleira"...

... e que pauleira! Primeiro, uma versão acachapante de "War Pigs" do Black Sabbath, devidamente dedicada ao Luísão, responsável pela vinda da banda, fanático por Mr.Iommi & Cia, que literalmente deu um grito e pulou na frente do palco, parecendo que estava "incorporado" pelos Deuses do Metal, agitando todas e duelando numa guitarra imaginária com o Fábio, que resolvera descer do palco e tocar junto ao pessoal que estava próximo... depois "Hush" do Deep Purple, e em seguida, três clássicos Zepelinianos: primeiro "Rock And Roll", tocada de forma extremamente energética, servindo como introdução a um dos pontos altos da noite: um solo de bateria do João Bosco SIMPLESMENTE SOBERBO!!!!!! (se pouco antes os Deuses do Metal haviam incorporado no Luisão, provavelmente trouxeram de carona o espírito de Mr.Bonham, que devia estar ao lado da bateria, pensando consigo mesmo: "esse é dos nossos".

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Talvez para dar uma "acalmada" nos ânimos (senão a casa iria literalmente pegar fogo), dão seqüência com "All My Love" do Led e "Presence Of The Lord" do Blind Faith; mas voltam a mexer com o pessoal tocando "Roadhouse Blues" do The Doors, interpolada com riffs de "Black Night" do Deep Purple, e por fim, encerram o set com "Born To Be Wild", clássico dos clássicos.

Eu disse encerram o set? Sim, mas após cerca de 15 minutos resolvem voltar para duas encores: "Casa de Rock" do Casa das Máquinas, em homenagem ao Rubinho, proprietário do bar, que não se conteve e abriu um sorriso de orelha a orelha - nada mais justo, pois se existe algum local por aqui que possa ter esta denominação é justamente o Ferro Velho Bar.

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E para finalizar a noite, já beirando as quatro da matina, uma música cujo título exprime exatamente a sensação de todos nós naquele momento: "Sactisfaction" dos Rolling Stones. Mas, ao contrário do que canta Mr.Jagger, "Yes, we can get sactisfaction!" - pelo menos enquanto o Bando do Velho Jack estiver por aí...

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Sobre Marcos A. M. Cruz

Fanático por rock setentista.
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