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AC/DC: Brian Johnson não gostava de cantar as músicas de Bon Scott? (I)

Por Ricardo Rubell Bergmann
Postado em 03 de maio de 2016

Em seu livro de 2012 "AC/DC A Biografia" (título na verdade da edição Brasileira de 2014) o jornalista Mick Wall, nas páginas finais, jogou, insinuou a seguinte informação: Brian Johnson nunca, ou pelo menos a muito tempo, não gostava de ser obrigado a cantar, no setlist da banda, tantas músicas da fase Bon Scott, ou, músicas "do" Bon Scott.

Leia a primeira parte da matéria no link abaixo.

AC/DC: Brian Johnson não gostava de cantar as músicas de Bon Scott? (II)

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Importante, Mick Wall não falou com essas palavras, fique claro, mas é uma interpretação totalmente aceitável dentro do discurso de Mick na reta final de seu livro. Talvez você leu o livro e não interpretou dessa maneira, talvez nem mesmo deu atenção para esse ponto, talvez fosse algo para ser deixado de lado.

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Mas agora, quando Brian se despede da banda, 36 anos após substituir Bon, creio ser importante analisar a fundo essa informação, quase uma fofoca, sobre as duas vozes do AC/DC.

Não se trata de tentar desqualificar o livro nem seu autor, que no geral escreveu sim um livro muito bom, se trata de analisar apenas uma questão nele apresentada. Portanto, repetindo que Mick não usou essas palavras, a questão, a informação a ser destrinçada aqui é:

"Brian sempre e/ou a muito tempo se incomodava de ser obrigado a cantar tantas música da fase Bon".

Bem, para começar, o que podemos, ou, o que uma pessoa pode concluir ao ler, ao encontrar essa informação como se fosse uma verdade? Creio que se pode concluir alguns pontos:

1: Brian não gostava de cantar as músicas da fase Bon Scott, ou pelo menos de grande parte delas.

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2: Portanto, não gostando, Brian não se dedicava inteiramente em suas interpretações.

3: Sendo a fase Brian mais longa e de maior sucesso, era injusto a metade, pouco mais, pouco menos, do setlist ser da fase Bon.

Creio serem três pontos, três informações embutidas dentro da frase inicial. Não concordando com nenhuma das três, vamos em busca de desmenti-las, talvez não nessa mesma ordem.

Avisando desde já, primeiro, texto longo, segundo, pense por sua cabeça, não pela cabeça dos outros, mas se informe ao máximo.

Primeiro ponto: Desde o início e ao longo de toda fase Brian, cerca de metade do setlist sempre foi da fase Bon, isso é um fato. A questão é: Era isso injusto com a fase Brian?

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Com certeza não, pelo contrário, na verdade 50% do setlist ser da fase Bon só valorizada a fase Brian, pois na realidade a maioria das grandes músicas do AC/DC são da fase Bon, ou dos 70s. Portanto, se o setlist buscasse uma justiça por qualidade, mais da metade deveria ser do Bon. Importante falar que os fãs nunca questionaram essa divisão meio a meio no setlist, questionavam essa ou aquela escolha..

Evidentemente, essa é uma questão onde o gosto pessoal é fundamental, você pode considerar que a fase Brian é melhor, mas no geral, falando sempre apenas do lado autoral, da discografia, crítica e fãs consideram a fase Bon melhor.

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Conclusão aqui: Nada injusto o setlist ser dividido.

Segundo ponto: Fase Bon, fase Brian, mas a questão é: Estamos falando de qual banda?

Estamos falando do AC/DC, uma das bandas mais caracterizadas por guitarras, considerando apenas bandas do mesmo nível, ou semelhante, eles são a banda mais guitarra da história.

A banda foi formada, controlada e consagrada pelos irmãos guitarristas Young, todas as suas músicas trazem as guitarras em primeiro plano, todos os clássicos do AC/DC assim os são, em primeiro lugar, por causa das linhas de guitarra, dos intros, dos riffs, dos solos, enfim, do jogo feito entre Angus e Malcolm.

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Bastaria falar que o grande símbolo da banda, o seu frontman principal (talvez o maior da história), o líder da banda é o guitarrista nanico, o capeta de uniforme escolar e Gibson SG nas mãos.

Portanto, tudo no AC/DC sempre foi, é, e sempre será graças a Angus e Malcolm Young, tudo, sejam pontos positivos ou negativos.

É importante citar isso, apesar de na verdade ser algo bem óbvio, porque quando se fala que a "fase Bon" é superior a "fase Brian" a impressão que passa é que uma fase é melhor que a outra exclusivamente por causa das qualidades individuais de cada um dos vocalistas, quando na realidade os seus nomes apenas facilitam a distinção das fases.

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Os anos 70 do AC/DC são superiores, em termos autorais, por causa dos Young, enquanto de 1980 em diante a qualidade, autoral, caiu por causa dos mesmos irmãos. Os caras casaram, filhos, banda ficando gigante, outras preocupações e enfim, a criatividade diminuiu. Além do fato de que os primeiros anos sempre são os mais produtivos.

Mas claro, é obrigatório dizer que as letras e a personalidade de Bon Scott, assim como o caráter e a dedicação ( e algumas letras ) de Brian Johnson, e a performance de palco de ambos foram determinantes para a obra e a história do AC/DC.

Apesar de, nas palavras dos irmãos Young, Bon e Brian serem apenas "o cara do microfone". Apenas senso de humor da banda, outra de suas característica, e do Rock em geral.

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Conclusão aqui: A banda dos irmãos guitarristas contou com dois grandes frontman, dois camaradas que em épocas diferentes somadas a tornaram uma das maiores da história. É aquela conclusão conhecida: A banda teve os caras certos nos momentos certos.

Conclusão feita, vamos falar um pouco menos sério, um ponto extra aqui. Fase Bon, fase Brian, mas, e se Bon não tivesse morrido em 1980 e a banda estivesse com ele até hoje?

Esse é o "e se?" mais conhecido sobre o AC/DC e é válido como qualquer outro papo de boteco. Creio que qualquer conversa sobre um passado que não aconteceu deve se basear em fatos reais. E aqui um fato é que Bon sonhava, ou pelo menos tinha uma ideia inicial, de algum dia lançar um álbum solo, paralelo com o AC/DC.

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O vocalista buscar uma carreira solo, paralela não parece ser algo que seria facilmente aceito pelos irmãos Young, dentro do pensamento de "dedicação total pra banda", então, não é garantido que um Bon vivo passaria tantas décadas em paz com o, e só com o, AC/DC como Brian fez por 36 anos.

Mas falando nele, vamos inverter a brincadeira, e se Brian tivesse entrado pro AC/DC em seus primeiros anos?

Brian teve sua história nos anos 70, com uma identidade musical diferente da mostrada a partir de 1980. Falando de um modo mais fácil, alguns dizem que Bon era "mais loucão", acontece que nos 70s Brian também era "mais loucão", na realidade ambos eram "mais 70s".

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Nos 70s era um Brian diferente, vocalista da banda Inglesa Geordie, que teve seus minutos de sucesso entre 1972 e 1975. Um Brian diferente mas que parece combinar com o AC/DC "diferente" em seus primórdios, veja Brian com o Geordie e o AC/DC em 74, 75 e tente visualizar a união dos dois.

E esse "e se?" não é impossível, dentro claro da suposição de um passado inexistente, já que em 74 o Geordie fez uma pequena tour na Austrália e a passagem por Sydney está no video a seguir, detalhe para Brian carregando o baixista nos ombros, uma imagem familiar no AC/DC.

Quem garante que alguém ligado ao AC/DC não tenha convidado, ou pelo menos pensado em convidar Brian já em 1974? É um fato, quase certo, que Malcolm e Angus assistiram shows do Geordie nessa tour.

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Claro, seria bem difícil o vocalista de uma banda Inglesa, com certo sucesso, aceitar o convite de uma banda iniciante do fim do mundo. Talvez por isso ele não aceitou, mas o AC/DC seguiu de olho nele, ainda mais depois do fato garantido que Bon contar que viu e abriu shows do Geordie na Inglaterra em 1973, e que virou fã do vocalista deles. Anos depois tudo isso ajudou na escolha de Brian.

Por isso se diz que "Bon escolheu Brian". Substituir Bon era impossível, apenas os heróis fazem o impossível.

Lembre-se que esse trecho é sobre os "e se?" da banda, baseados em alguns fatos reais.

Deixando uma questão, quem era mais legal? Bon em seus trabalhos antes do AC/DC ou Brian antes do AC/DC?

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Segunda, e última, parte em breve. Seguem dois videos: Geordie em Sydney 74. E um Brian já diferente em seus primeiros anos no AC/DC, ao mesmo tempo um Brian diferente do conhecido pela maioria, T.N.T. em Landover 1981.

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